quarta-feira, 10 de abril de 2024

Governo anuncia 112 mil casas para área rural e movimentos por moradia

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O governo federal destinará R$ 11,6 bilhões para a construção de 112,5 mil moradias, no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida (MCMV) nas modalidades Rural e Entidades. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (10) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo o Planalto, o total de unidades selecionadas supera em mais de 140% a meta inicial prevista pelo Ministério das Cidades. O programa dará teto a 440 mil pessoas em áreas rurais e urbanas. Muitas delas localizadas em comunidades tradicionais como quilombolas e povos indígenas; e famílias organizadas pelos movimentos de luta por moradia.

O MCMV Rural selecionou e habilitou para atuar no programa 2.105 de propostas de 1.137 de entidades organizadoras ligadas aos movimentos de luta por moradia, bem como organizações de representação de agricultores e trabalhadores rurais, além de entes públicos locais. Já para o MCMV Entidades, foram 443 propostas de 206 entidades organizadoras.

Os grupos mais vulneráveis, como mulheres chefes de família, famílias de áreas de risco, terão prioridades. O Planalto informa que o prazo de contratação das propostas selecionadas será de 180 dias, contados a partir da data de publicação da portaria, mas que poderá ser prorrogado pelo Ministério das Cidades.

A ampliação da meta se deve ao grande volume de propostas apresentadas, bem como à meta do presidente Lula de contratar 2 milhões de novas moradias até 2026. Na avaliação do governo, há uma demanda represada após a interrupção do MCMV nos últimos anos.

Ao discursar durante o anúncio desses números, Lula lembrou de algumas situações problemáticas que teve nos anos iniciais do programa, em especial devido algumas entregas de imóveis de baixa qualidade, motivo pelo qual buscou dar cada vez mais qualidade às habitações construídas pelo programa.

“Tive muito problema com o MCMV. Nem tudo é a maravilha que é hoje. Quando fui inaugurar umas casas em João Monlevade, [em Minas Gerais], minha vontade era a de pegar um cara do governo de lá, que cuidou daquela casa, e jogar na parede, de tanta falta de respeito com o povo pobre, na construção daquela casa”, disse o presidente.

“Foi ali que descobri que uma parte das pessoas não tem a menor noção de que pobre gosta de coisas boas. A casa não tinha nem quintal. Eu fiquei revoltado. Não é possível fazer casa sem varanda ou apartamento sem espaço para a pessoa sair para respirar e ver a lua cheia”, acrescentou.

O presidente explicou que este foi exatamente o motivo de se precisar de um prazo maior para o anúncio de hoje. “Não havia projeto na prateleira, com varanda ou sacada. Por isso exigi casas com varanda e que tenha sacada no apartamento. É preciso que as pessoas tenham um espaço de liberdade. Não custa caro fazer um metro e meio de varanda”.

MCMV Entidades

Segundo o ministro das Cidades, Jader Barbalho Filho, as unidades construídas por meio do MCMV Entidades têm apresentado qualidade bastante superior, na comparação com as feitas por empresas construtoras.

“Pude constatar em cada uma das inaugurações do MCMV Entidades que as casas são maiores, os equipamentos são melhores. Elas têm até elevadores. Sou testemunha disso e tenho falado com cada um dos movimentos sobre a qualidade superior que é a construção, quando feita pelas entidades”, disse o ministro. “Sem nenhum preconceito com as construtoras, mas é um reconhecimento que eu faço: o Minha Casa Minha Vida Entidades feito por vocês são melhores”.

Lula aproveitou a fala de Barbalho para lembrar que, no início do programa, havia, até mesmo dentro das equipes de governo, muita dúvida sobre se essa modalidade do programa seria bem-sucedida.

“Fiquei orgulhoso quando ouvi o Jader dizer que as entidades fazem casa melhor do que os empresários. Quando o cara faz [a própria casa], ele está construindo para ele. Não é alguém que tá fazendo para vender e acabou”, disse o presidente.

“De vez em quando aparece uma denúncia de corrupção em uma cooperativa de trabalhador. Essa denúncia é em geral feita para desacreditar o povo. Para não dar a ele o direito de fazer, sob o argumento de que ele não sabe lidar com dinheiro, e que quem sabe lidar com dinheiro é apenas o rico”, acrescentou.

O presidente antecipou que deverá ampliar o público-alvo beneficiado pelo MCMV. “Estou preocupado com as pessoas que ganham acima de dois ou três salários mínimos. Eles também são trabalhadores. Ganham R$ 4 ou R$ 5 mil e não têm casa. A gente faz casa para pobre e o rico tem financiamento. Mas não tem casa para quem ganha R$ 7 mil”, disse.

“Por isso vamos lançar na semana que vem um programa de crédito habitacional para essas pessoas. E precisamos também criar um programa de reforma de casa”, informou.

 


Com safra de grãos recorde em 2023, o agronegócio puxou o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro novamente pra cima. Na esteira do avanço da participação do setor na economia, o mercado de eventos para o setor e turismo de negócios vêm crescendo ano após ano em centros importantes que demandam cada vez mais uma rede hoteleira maior.

De olho nesse mercado, a gigante multinacional de hotéis Accor tem colocado o agro no centro do seu plano se expansão no país. Já são 15 hotéis em operação no Centro Oeste e mais 14 em planejamento em cidades ligadas ao agronegócio em diversas regiões do país. Os novos empreendimentos representarão quase um terço da expansão do grupo no país.

Proprietária das redes de hotéis Ibis, Mercure, Grand Mercure e Novotel, a companhia pretende saltar dos atuais 350 no Brasil para 400 hotéis nos próximos três anos.

“As pessoas viajam por três motivos: trabalhar, lazer e participar de feiras e eventos. Quanto mais o agro cresce, mais essas cidades precisam investir mais em uma infraestrutura de apoio, como a construção de shoppings e hotéis. A pessoa quando vê que existe um Ibis na cidade pra qual ela vai, ela já sabe o que vai encontrar”, disse Abel Castro, Chief Development Officer Accor Américas da companhia. Para exemplificar o sucesso da estratégia, o executivo explicou que o Ibis Sinop, no Mato Grosso, foi uma das maiores ocupações da rede no Brasil ano passado. 

Agro
Parte interna do hotel Ibis em Barra do Garças (MT)

A rede também conta com hotéis funcionando nas cidades de: Goiânia, Jataí e Catalão, em Goiás; Sinop, Cuiabá e Barra do Garças, no Mato Grosso; e Campo Grande e Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul; e unidades planejadas para as cidades de Primavera do Leste (MT), Tangará da Serra (MT), Rio Verde (GO), Lucas do Rio Verde (MT) e Araguaína (TO). 

Hotéis em construção 

A companhia também destaca que polos do agro fora do Centro-Oeste também são alvo de investimentos. Segundo Castro, há planejamento de um hotel na cidade mineira de Araxá, onde existe, desde 2022, a primeira fábrica das batatas McCain no Brasil. Outro empreendimento está sendo construído na cidade baiana de Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano, que faz parte da região conhecida como Matopiba, por abranger cidades nos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. 

Outros hotéis que já estão em fase de obras em cidades que tem o agronegócio como principal setor são: Pouso Alegre e Lavras, em Minas Gerais; e Caruaru, Serra Talhada, Arcoverde, Petrolina e Vitória de Santo Antão, no estado de Pernambuco. 

“Estamos de olho no crescimento de centros do agro no país para abrir novos mercados pra gente”, encerrou. 

terça-feira, 9 de abril de 2024

Suzano envia à China maior carga de celulose já transportada em navio no mundo

 


Empresa deve receber novos navios com grande capacidade para escoar produção de nova fábrica no MS

 

 

Green Santos, maior navio de transporte de celulose do mundo, com capacidade para transportar 77 mil toneladas.

Green Santos, maior navio de transporte de celulose do mundo, com capacidade para transportar 77 mil toneladas. (Crédito: Divulgação)

 

A Suzano anunciou que vai chegar à China nesta terça-feira, 9, sua carga de 72 mil toneladas de celulose – o maior volume desse produto já transportado por uma empresa no mundo em um único embarque. Para os próximos meses, com expectativa de aumento de produção após uma nova fábrica entrar em operação, a empresa se prepara para iniciar mais transportes com novos navios de magnitude semelhante.

O transporte marítimo à China foi feito pela Cosco Shipping Specialized Carriers no Green Santos, anunciado como o maior navio de transporte de celulose do mundo, com capacidade para transportar 77 mil toneladas. Ele deixou o porto de Santos (SP) no dia 4 de março com destino à Ásia. 

A projeção é de que os envios robustos de carga continuem. Isso porque o navio, que foi entregue no final de 2023, faz parte de uma frota de embarcações com porte semelhante que serão entregues em 2024, segundo a Suzano.

“A iniciativa visa atender o aumento previsto das exportações de celulose proveniente da fábrica da Suzano em construção em Ribas do Rio Pardo (MS)”, comentou a empresa em nota. 

“Conhecida como Projeto Cerrado, a unidade, que entrará em operação até junho de 2024, elevará a capacidade total da Suzano para 13,5 milhões de toneladas anuais”, acrescenta a empresa. A empresa havia informado que o aumento da capacidade produtiva seria de mais de 20%. Toda a produção da nova unidade será escoada a partir de Santos.

A celulose é a base dos negócios da Suzano, uma das principais exportadoras do país. Em 2023, esse produto representou 77% da receita líquida da empresa, sendo que o mercado externo absorveu 93% das vendas totais.

No Brasil, a celulose tem uma participação de 2,8% das exportações, considerando dados de março do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços. Do total, quase 30% tem como destino a China – o maior importador de celulose do Brasil, bem à frente dos 13,5% do segundo colocado, Estados Unidos.

Petrobras informa descoberta de petróleo em águas da Bacia Potiguar, na Margem Equatorial

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A Petrobras comunicou há pouco que descobriu uma acumulação de petróleo em águas ultra profundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, da Concessão POT-M-762_R15.

O poço está situado próximo à fronteira entre Ceará e Rio Grande do Norte, a cerca de 190 quilômetros de Fortaleza e 250 quilômetros de Natal, a 2.196 metros de profundidade, na Margem Equatorial brasileira.

Segundo comunicado da companhia, esta é a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024 e foi precedida pela comprovação da presença de hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste, localizado na Concessão BM-POT-17, a cerca de 24 quilômetros de Anhangá. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões com 100% de participação. As descobertas ainda necessitam de avaliações complementares.

“As atividades exploratórias na Margem Equatorial representam mais um passo no compromisso da Petrobras em buscar a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética”, diz o comunicado.

A estatal acrescenta que a constatação de reservatórios turbidíticos de idade Albiana portador de petróleo é inédita na Bacia Potiguar.

A companhia pretende investir US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028, sendo US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Está prevista a perfuração de 50 novos poços exploratórios no período, sendo 16 na região da Margem Equatorial.

“Caso o Brasil mantenha a demanda de petróleo nos patamares atuais e não sejam incorporadas novas reservas, o País poderá se tornar um importador de petróleo, daí a importância da diversificação energética, garantindo tanto a oferta de petróleo, como também investimentos em novas energias de baixo carbono”, conclui o documento.

Governo habilita primeiras 23 empresas no Mover, programa de mobilidade verde

 Carro elétrico da frota dos Correios


O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) publicou nesta terça-feira, 9, 23 portarias de habilitação de empresas do setor automotivo no programa de Mobilidade Verde e Inovação (Mover). Outros 18 pedidos permanecem em análise técnica, informou a pasta. O Mover foi lançado pelo governo em medida provisória editada no final do ano passado e prevê que o IPI dos veículos será diferenciado a partir de quatro critérios: fonte de energia usada na propulsão, consumo energético, potência do motor e reciclabilidade.

O programa também prevê créditos financeiros para quem investir em pesquisas, desenvolvimento e produção tecnológica que contribuam para a descarbonização da frota de carros, ônibus e caminhões.

As empresas já habilitadas são: Toyota, Horse, Renault, Peugeot-Citroen, Volks, Sodecia, GM, Mercedes-Benz, Nissan, Honda, Weg Drive & Controls, Marcopolo, FCA Fiat Chrysler, Weg equipamentos elétricos, FTP, Eaton, On-Highway, Volks Truck & Bus, Bosch, Faurecia, FMM, Schulz e Ford (centro de pesquisa).

De acordo com o Mdic, podem se habilitar no programa empresas que produzam ou tenham projeto de desenvolvimento no País. A maioria das autorizações iniciais são para fabricantes de veículos e autopeças que já produzem no país.

“Das que permanecem sob análise, 11 são para projetos de desenvolvimento, incluindo novas plantas, novos modelos e relocalização de fábricas; e três são para serviços de pesquisa de empresas que não fazem carros nem componentes, mas têm centros de P&D e laboratórios no país. As outras quatro são empresas com fábricas já em funcionamento”, informou o Mdic.

As empresas habilitadas no Mover precisam apresentar seus projetos para requisitar os créditos proporcionais aos investimentos – que variam de R$ 0,50 a R$ 3,20 por real investido acima de um patamar mínimo. Quanto maior o conteúdo nacional de inovação presente nas etapas produtivas, maior o crédito, destacou o Ministério. A busca por mercados externos também cria incentivos adicionais.

Investimento de US$ 6,9 tri ao ano é necessário para infraestruturas sustentáveis, diz OCDE

 OCDE | Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico Social


 

Temperaturas recordes provocaram temporadas mais longas de incêndios florestais e mais ondas de calor, inundações e secas em 2023, apontou a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório divulgado nesta terça-feira, 9. O documento sustenta que investimentos “massivos” serão necessários para desenvolver uma infraestrutura sustentável resiliente e capaz de mitigar riscos climáticos, o que representa uma soma anual de US$ 6,9 trilhões até 2030 para ser compatível com os objetivos do Acordo de Paris, segundo estudo da OCDE.

O relatório detalha a pressão crescente destes fenômenos climáticos sobre as infraestruturas em todos os setores, desde as redes de eletricidade, comunicações e transportes até à água e ao tratamento de resíduos, sendo os países em desenvolvimento particularmente atingidos.

 As nações terão de tomar medidas para resolver esta questão, desempenhando os governos regionais e locais um papel essencial, sendo responsáveis por 69% do investimento público significativo para o clima nos países da OCDE.

Paralelamente, os ativos de infraestruturas constituem uma parte importante dos danos, tendo as perdas econômicas resultantes de catástrofes aumentado sete vezes entre as décadas de 1970 e 2010, passando de uma média de US$ 198 bilhões para US$ 1,6 trilhões.

Grupo alemão DVA retoma negócios com agroquímicos no Brasil com marca Agroallianz

 Agroallianz | LinkedIn


O Grupo alemão DVA retorna ao mercado de agroquímicos no Brasil com a estreia de uma nova marca, a Agroallianz, após nove anos, período em que a companhia não poderia atuar no segmento de defensivos agrícolas em território nacional. Em 2021, porém, a empresa já atuava no cenário nacional, mas com soluções de especialidades, tecnologias para fertilizantes e adjuvantes, com foco em bioestimulantes fabricados na Espanha. Recentemente, a companhia investiu em fábrica no Brasil.

A estimativa da Agroallinanz no mercado brasileiro de defensivos é atingir 44 produtos até 2028 (a companhia já chega com 22 produtos, entre fungicidas, inseticidas e herbicidas) e, em cinco anos, pretende faturar no País perto de US$ 100 milhões. “Em 2023, foram US$ 8 milhões somente com o segmento de especialidades, que é recente também. Contudo, para 2025, a expectativa com os agroquímicos é de saltarmos para US$ 25 milhões. Ou seja, três vezes mais a cada ano”, disse em nota o diretor geral da Agroallianz, Fernando Fernandes.

Nos outros países de atuação, o setor de defensivos agrícolas é o grande faturamento da companhia, sendo mais de 800 registros de crop protection. Somente no Brasil eles não estavam sendo comercializados.

“Aqui, nesta retomada, temos ciência de que é um ano atípico, ainda mais difícil. Entretanto, enxergamos o Brasil como uma das maiores potências para nossas soluções e objetivos. A ideia é que, de 8% hoje, o mercado brasileiro passe a representar metade do faturamento anual da DVA toda”, destacou o executivo.

Paralelamente, a companhia entendeu que o mercado de especialidades também era uma demanda importante e com um crescimento muito rápido no Brasil. “Frente a isso, ao longo dessa jornada, o Grupo DVA investiu cerca de US$ 80 milhões para ofertar ao mercado a linha especialidades, distribuídos em Incentia – bioestimulantes e fertilizantes, Adyuvia – adjuvantes, e Esencys – biológicos, além dos protocolos de registros de agroquímicos”, detalhou.