Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
As
vendas no comércio varejista no país cresceram 1% na passagem de
janeiro para fevereiro e atingiram o maior patamar da série histórica
iniciada em janeiro de 2000, informou nesta quinta-feira, 11, o IBGE.
Foi
a segunda alta consecutiva, após o índice ter registrado crescimento de
2,8% em janeiro. A última vez que o varejo registrou dois meses
consecutivos de alta foi em setembro de 2022 (0,5% em agosto e 0,7% em
setembro). Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC).
Com
o resultado, o comércio brasileiro superou em 0,5% o nível de atividade
recorde anterior (outubro de 2020), e atingiu um patamar ficando 7,1%
acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.
“Entre
os destaques dessa passagem é termos observados dois meses consecutivos
de altas, o que não acontece desde meados de 2022. No entanto, naquele
momento o crescimento combinado dos dois meses foi menor, menos intenso.
Outro aspecto a ser destacado é que nos últimos dois anos ou janeiro ou
fevereiro vieram mais fortes, mas com posterior queda. Em 2024, houve
alta tanto em janeiro quanto em fevereiro”, avaliou o gerente da
pesquisa, Cristiano Santos.
Alta de 2,3% em 12 meses
O varejo brasileiro acumulou alta de 6,1% no bimestre e registrou crescimento de 2,3% em 2 meses.
No
comércio varejista ampliado, que inclui veículos, motos, partes e peças
e material de construção, o volume de vendas no acumulado no ano
avançou 8,2%, enquanto o acumulado em 12 meses a variação foi de 3,6%.
Resultado acima do esperado
O
resultado superou o teto das estimativas dos analistas ouvidos pelo
Projeções Broadcast, que esperavam desde uma queda de 2,2% a alta de
0,3%, com mediana negativa de 1,3%.
Seis das oito atividades
pesquisadas pelo IBGE avançaram em fevereiro. Dentre elas, os destaques
foram os setores de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de
perfumaria (9,9%) e de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,8%),
que exerceram as principais influências sobre o resultado total do
comércio varejista.
“Estes resultados reiteram uma leitura de PIB
mais forte em 2024 pelo peso que o Varejo tem nas contas nacionais.
Mantenho projeção de PIB em 2,2% em 2024. O mercado deve revisar ainda
um pouco mais para cima o PIB desse ano no Focus”, avaliou o economista
André Perfeito.
Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB
Investimentos, o varejo será “uma das surpresas responsáveis por
impulsionar o crescimento do PIB” no ano. “Ainda não observamos um
impulso significativo no segmento de vestuário, ao qual as pessoas
frequentemente associam o varejo. Acreditamos que isso possa ocorrer
mais no segundo semestre, visto que atualmente o foco está mais
concentrado em supermercados, produtos farmacêuticos e equipamentos de
escritório”, afirmou.
A DHL Tratores é uma rede de concessionárias de tratores e equipamentos agrícolas Valtra (Crédito: Valtra)
Estadão Conteúdoi
A
Vamos informou que a sua subsidiária integral Vamos Máquinas e
Equipamentos assinou na terça-feira, 25, um contrato para adquirir 100%
da DHL Tratores por R$ 93 milhões, sendo 34% deste valor pago à vista e
66% parcelado em 4 parcelas anuais corrigidas a 90% do CDI.
“Com a
aquisição, a Vamos se consolida como maior rede de concessionárias
Valtra da América do Sul, adicionando 6 lojas ao seu portfólio de
concessionárias de máquinas e equipamentos agrícolas, todas localizadas
no Paraná, Estado com o 2º maior valor de atividade agropecuária do
Brasil”, afirma a empresa, acrescentando que será nomeada como
concessionária exclusiva da marca FENDT na região do sul do Estado do
Paraná.+ Como entender a agricultura brasileira antes e depois da Embrapa
A
DHL Tratores é uma rede de concessionárias de tratores e equipamentos
agrícolas Valtra, com lojas nas cidades paranaenses de Ponta Grossa,
Araucária, Cambará, Londrina, Ivaiporã e Cornélio Procópio.
Ao fim
do exercício social de 2022, a DHL Tratores apresentou os seguintes
números reportados, não auditados: receita bruta de R$ 230 milhões,
Ebitda de R$ 37 milhões, lucro líquido de R$ 22 milhões e dívida líquida
de R$ 33,0 milhões.
Os aportes em aquisição de terras e na preparação da primeira fazenda para a produção já consumiram cerca de R$ 200 milhões
Da redaçãoi
O
Grupo Cedro, que tem como atividade principal a mineração, está
investindo também em fazendas de café através da Cedro Agro. Comprou
três em uma das mais novas fronteiras agrícolas do país, a Serra do
Cabral, no Centro Norte de Minas Gerais, e começou a estruturá-las para
produção. O objetivo, segundo Lucas Kallas, presidente e fundador, e seu
sócio Luis Carlos Casim, diretor e sócio responsável pelo negócio, é
tornar o grupo um dos maiores produtores de café do país, nos próximos
anos.
Os aportes em aquisição de terras e na preparação da
primeira fazenda para a produção já consumiram cerca de R$ 200 milhões.
Até que as demais estejam prontas e produzindo, a previsão é de que
serão necessários mais R$ 500 milhões, dizem.
Com
área total de 1550 hectares para plantio, a Fazenda Cedro I, em
Francisco Dumont, será a primeira a produzir. Depois de dois anos de
preparação da infraestrutura e de plantio, a primeira “cata”, como é
chamada a colheita manual dos frutos do café, foi feita nos meses de
junho e julho deste ano. A primeira safra de fato, porém, só será
colhida em meados do ano que vem. Um tempo recorde para esse setor, que
chama atenção dos mais experientes agricultores.
Até lá, segundo
Casim, a empresa vai aproveitar a entressafra, e as cerca de 300 sacas
colhidas, para promover e validar a qualidade do café; expandir a área
plantada dos atuais 900 hectares para 1550 hectares adjacentes, e obter o
selo Rainforest Alliance, de sustentabilidade. “É um selo que abre
portas para exportação. Já começamos a consultoria, para que a
certificação possa sair quando iniciarmos a colheita”, afirma Casim.
Localizadas
nas cidades de Joaquim Felício e Lassance, as outras duas fazendas do
grupo na Serra do Cabral possibilitarão o plantio de mais 2550 hectares.
Somados aos 900 hectares atuais, e aos 650 que ainda serão plantados na
Cedro I, a Cedro chegará aos 4100 hectares e estará entre os dez
maiores produtores do país.
De
acordo com Casim, a expectativa é de que a Fazenda Cedro II seja
liberada em janeiro ou fevereiro, para o início dos trabalhos de limpeza
de área e construção de barramento e reservatórios e obras de
infraestrutura. Com isso, poderá estar pronta no final de 2024. Já a
Fazenda Cedro III deve ter a licença liberada apenas no fim de 2024, diz
o executivo.
Padrão Cedro
Um dos
principais diferenciais dos projetos, segundo Lucas Kallas, presidente
do Grupo, é o cuidado com a qualidade e a sustentabilidade dentro dos
padrões do Grupo Cedro. “Na Cedro, falamos que o modo certo de se fazer
negócios precisa transformar vidas de forma sustentável e é isso que
estamos fazendo na região. Todos os projetos são iniciados com o suporte
de consultores para atendermos os mais altos padrões de qualidade.
Antes de mexer com qualquer árvore, o grupo tira todas as licenças
necessárias e a outorga de água. Preferimos tomar cuidado extra, para
evitar qualquer dano”, diz.
Na
Cedro I, por exemplo, foram encontradas pinturas rupestres em pedras.
Por isso, antes de iniciar a preparação da fazenda, diz Casim, o grupo
aguardou a anuência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional (Iphan). A área de preservação ambiental na fazenda protegerá
as pinturas e será equivalente a 50% da propriedade, bem superior à
média adotada no Estado de Minas Gerais, de 20%, afirma.
Como a
região tem muitas áreas com pedras, nas quais não é possível plantar, a
Cedro I fica um pouco distante e isolada de outras fazendas. O
distanciamento, segundo Kallas, permitiu ao grupo trabalhar um ano e
meio sem precisar usar herbicidas, porque o risco de contaminação por
doenças é menor. Além disso, cerca de 80% do adubo usado foi orgânico.
Para
garantir a qualidade da produção, o grupo preparou toda a área de
plantio para irrigação por gotejamento, construiu dois barramentos e
dois reservatórios, na Cedro I. Um tem 500 milhões de litros, o outro
900 milhões de litros. “O café precisa de água no período da florada,
nos meses de setembro e outubro. Nossos reservatórios têm água
suficiente para irrigar nossa área plantada, mesmo que não chova por até
90 dias”, diz Kallas.
Na área trabalhista, o grupo também segue
normas rígidas para garantir o bem estar e a dignidade dos
trabalhadores. Nada é feito por freelancers. Todos são contratados com
carteira assinada. A fazenda tem alojamento e refeitório com
nutricionista. Na hora das refeições, um ônibus faz o transporte entre
os talhões e o refeitório, para que todos tenham o ambiente adequado
para as refeições e descanso. Todos são contratados nas cidades da
região, recebem uniformes para trabalhar, equipamentos de segurança e
treinamento. “São diferenciais que, inclusive, facilitam as
contratações, porque a notícia de que é bom trabalhar para a Cedro
circula nas redondezas”, diz Kallas.
Serra do Cabral
A
região onde estão localizadas as fazendas foi escolhida para o
investimento da Cedro pelas condições climáticas, hídricas e
topográficas favoráveis. Até 2017, a Serra do Cabral era conhecida pela
produção de eucaliptos. Desde então, porém, alguns grandes produtores
perceberam que havia potencial para o plantio de café e se instalaram na
região, hoje vista como uma das principais novas fronteiras agrícolas
do país.
Segundo Casim, entre as vantagens da Serra do Cabral para
o plantio do café, estão a altitude elevada, que proporciona noites
frias e dias quentes; água abundante; topografia plana, que permite a
mecanização da produção; e a ausência de geadas. “Há produtores da
região com cafés entre os melhores do mundo. E nós, com toda a qualidade
que estamos implementando, esperamos alcançar o mesmo patamar de
qualidade”, afirma Casim.
A seguir, destacamos um trecho da entrevista em que Lucas Kallas trata de sua visão para o negócio da Cedro Agro:
A Cedro é uma empresa com origem na mineração. Por que plantar café? E por que na Serra do Cabral?
Definimos
o cultivo de café em função da nossa convicção de que o setor do agro
está em pleno desenvolvimento no Brasil. Somos um grupo que tem por
definição o empreendedorismo e a vontade incessante de novos desafios.
Considerando que o Brasil é o maior produtor de café do mundo, e que
Minas Gerias representa 56% deste volume produzido, tínhamos a certeza
de que deveríamos fazer desta frente de atuação. Porque a Serra do
Cabral possui inúmeros benefícios climáticos e geográficos que o
distinguem de outras regiões. Dentre estes, podemos destacar a elevada
altitude, topografia plana e amplitudes térmicas que promovem o
desenvolvimento gradual dos frutos do café, resultando assim em grãos
mais densos e complexos em sabor. Além do exposto, a água em abundância
contribui enormemente para o crescimento saudável das mudas do café, bem
como para a qualidade dos frutos colhidos. A Serra do Cabral surge
assim como uma nova fronteira agrícola para o cultivo de alta qualidade.
O projeto da Cedro Agro com o plantio do café sendo 100% irrigado não é
apenas um investimento no presente, mas também um legado para o futuro.
A
Cedro Agro vai se tornar um dos maiores produtores de Café Brasileiro,
nos próximos anos. O que permite que estruturem negócios tão grandes em
tão pouco tempo? O que está por trás desse “jeito” Cedro, desse modelo
de gestão do grupo?
A Cedro Participações tem suas
origens na Cedro Mineração, que por sua vez, e em função do caixa gerado
pela mesma, permite que parte destes valores sejam destinados para
projetos como da Cedro Agro. Sendo assim, os investimentos realizados
pela Cedro Participações na Cedro Agro permitirão que tenhamos em breve
um plantio de aproximadamente 4.100 hectares de café. Tudo isto, aliado a
um planejamento extremamente bem elaborado, com uma equipe
multidisciplinar, selecionada e qualificada para superarmos todas as
barreiras e desenvolvermos nossas áreas com a máxima eficiência e
produtividade. Sabemos do volume de trabalho que temos pela frente. Mas,
sem dúvidas, temos a coragem para investir. A Cedro Participações
incluindo as demais empresas do grupo econômico, possuem o “Padrão
Cedro” de atuação, organização, estruturação e planejamento aliados a
busca continua por sustentabilidade, cuidando constantemente do Meio
Ambiente e valorizando todos os colaboradores que fazem parte desta
jornada.
De que forma os princípios do ESG da Cedro
Participações aparecem na Fazenda Cedro I? E por que a sustentabilidade é
importante dentro da estratégia e do jeito Cedro de fazer negócios?
Temos
como base os princípios da integridade, respeito e prudência. A Cedro
Participações tem um sólido compromisso com o meio ambiente,
investimento social e governança em todos os seus negócios. Temos como
premissa garantir o desenvolvimento sustentável de nossos negócios na
Fazenda Cedro I e o desenvolvimento socioeconômico na Serra do Cabral.
Nosso trabalho é orientado pela responsabilidade ambiental. A Cedro
Participações realiza constantemente investimentos em P&D para
garantir um desenvolvimento de uma produção sustentável nos setores em
que atua. Implantamos as melhores práticas para uma constante evolução
da gestão ambiental dos nossos negócios. A responsabilidade social está
no DNA da Cedro, seja no apoio das ações sociais, culturais e
esportivas, seja no fomento ao turismo, à economia local e ao bem-estar
da sociedade. Apoiamos mais de 50 projetos sociais, culturais,
esportivos e de saúde, além de gerarmos empregos em novas frentes de
atuação. Para a Cedro, o termo “compliance” significa estar em
conformidade com as leis, regras e regulamentos externos e internos,
executando as operações de acordo com as regulamentações aplicáveis aos
nossos negócios e atuando em conformidade com os padrões éticos e
legais.
Normalmente, a China compra principalmente soja dos EUA no quarto
trimestre do ano, devido à colheita da safra norte-americana - Crédito:
Agência Brasil
Reutersi
PEQUIM
(Reuters) -As importações de soja brasileira pela China aumentaram 108%
em novembro em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo dados
divulgados nesta quarta-feira, com o país sul-americano ultrapassando os
Estados Unidos em um período tradicionalmente dominado pelos
suprimentos norte-americanos.
A China importou 5,29 milhões de
toneladas de sementes oleaginosas do Brasil em novembro, segundo dados
da Administração Geral de Alfândega.
Os
compradores chineses aumentaram as compras da safra recorde do Brasil
deste ano devido aos preços atrativos, enquanto as remessas dos EUA, o
segundo maior fornecedor da China, desaceleraram pela seca no Canal do
Panamá e no Rio Mississippi.
Normalmente, a China compra principalmente soja dos EUA no quarto trimestre do ano, devido à colheita da safra norte-americana.
Mas as chegadas de novembro dos EUA encolheram 30%, para 2,3 milhões de toneladas, de 3,29 milhões de toneladas no ano anterior.
O total de importações de soja da China em novembro foi de 7,92 milhões de toneladas.
Nos
primeiros 11 meses de 2023, o total de embarques do Brasil para a China
foi de 64,97 milhões de toneladas, um aumento de 25% em comparação com o
mesmo período do ano passado.
As importações totais dos EUA até agora neste ano caíram 8%, para 20,36 milhões de toneladas, segundo os dados.
O Brasil também dominou as importações de milho da China, com 3,22 milhões de toneladas em novembro.
A
China registrou um recorde de importações de milho de 3,59 milhões de
toneladas em novembro, segundo dados da alfândega, somando-se a uma
safra doméstica recorde e pressionando ainda mais os preços no segundo
maior produtor do mundo.
A fazenda Sete Lagoas tem 3,6 mil hectares e produz soja e milho
Reutersi
SÃO
PAULO (Reuters) – O conglomerado do agronegócio brasileiro Amaggi
anunciou nesta quinta-feira que o biodiesel puro (B100) deverá ser o
único combustível utilizado nos maquinários das operações da sua fazenda
Sete Lagoas, em Diamantino (MT), a partir de março de 2024.Em parceria
com a fabricante de máquinas agrícolas John Deere, a iniciativa pioneira
segue a estratégia de descarbonização das operações da Amaggi, disse a
empresa.
A companhia anunciou em novembro aquisição de 100
veículos adaptados para rodar com biodiesel puro produzido pela própria
empresa, que inaugurou uma fábrica do biocombustível neste ano em Mato
Grosso.
No
Brasil, o diesel vendido nos postos tem atualmente mistura de 12% de
biodiesel (B12). A partir de março do ano que vem, o país passará a usar
o B14, conforme decisão do governo nesta semana.
A fazenda Sete
Lagoas tem 3,6 mil hectares e produz soja e milho. O B100 será produzido
na fábrica da Amaggi em Lucas do Rio Verde (MT).
“Uma
das nossas metas é a descarbonização dos nossos negócios, reduzindo as
emissões de gases de efeito estufa”, disse o presidente executivo da
Amaggi, Judiney Carvalho, em nota.
A operação com B100 na Fazenda
Sete Lagoas terá início após anuência da Agência Nacional do Petróleo,
Gás e Biocombustíveis (ANP).
O
pedido da Amaggi à autarquia será feito em breve, após devida
autorização a ser emitida por órgão ambiental, acrescentou a empresa.
“Esse
mesmo combustível vai ser usado para abastecer nossa frota rodoviária a
partir do ano que vem e, em breve, vamos estender essa utilização para a
nossa frota fluvial”, acrescentou o executivo, confirmando estratégia
divulgada anteriormente.
Os testes da empresa para operar com o
B100 começaram em março de 2022, na Fazenda Itamarati, a maior da
companhia, em Campo Novo do Parecis (MT).
Ao todo, foram quase 20
mil horas de operação de máquinas com o biocombustível, o que atesta a
segurança e eficácia para sua utilização.
A
Raízen registrou lucro líquido ajustado de R$ 754,4 milhões no terceiro
trimestre do exercício 2023/2024 – o equivalente ao quarto trimestre do
ano -, alta de 195% ante os R$ 255,7 milhões apurados em igual período
de 2023.
A receita líquida da Raízen caiu 3,1% na comparação
anual, chegando a R$ 58,491 bilhões no trimestre encerrado em dezembro.
Na mesma base de comparação, o resultado operacional medido pelo Ebitda
(lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$
3,929 bilhões, alta de 32,5%.
Ao
longo do trimestre, a Raízen processou 18,8 milhões de toneladas de
cana-de-açúcar, alta de 36,2% sobre igual período de 2022. O mix foi de
50% de açúcar e 50% etanol, contra índices de 48% e 52%,
respectivamente, um ano antes. Segundo a companhia, houve queda de 5,4%
no ATR, para 130,5 quilogramas por tonelada e aumento de 12,5% no TCH,
para 77,2 toneladas por hectare.
A Raízen também relatou a venda
de 1,416 milhão de metros cúbicos de etanol, queda anualizada de 17,6%. O
preço médio do etanol comercializado caiu 31%, para R$ 2.599 por metro
cúbico. O volume de vendas do açúcar caiu 7,2%, para 2,655 milhões de
toneladas. Mas o preço médio realizado cresceu 42,9%, para R$
2.720/tonelada.
Em mensagem publicada no release de resultados, o
CEO da Raízen, Ricardo Mussa, classifica o trimestre como um “dos
melhores resultados da história” da empresa. “Em Renováveis &
Açúcar, batemos recorde de moagem com substancial recuperação da
produtividade. Temos comercializado nosso açúcar em um novo patamar de
preços com importante melhora nos resultados. No etanol, mesmo neste
ambiente de preços mais pressionados, nosso portfólio diferenciado
sustentou preços superiores à média do mercado e nossa estratégia de
comercialização vem se mostrando acertada”, disse.
A
Raízen ainda reafirmou o guidance para o ano-safra 2023/24. A empresa
manteve a projeção de Ebitda ajustado entre R$ 13,5 bilhões e R$ 14,5
bilhões para o período. O investimento previsto fica entre R$ 13 bilhões
e R$ 14 bilhões.
As exportações de carne de frango
do Brasil somaram 397,7 mil toneladas em fevereiro, alta de 4,7% ante o
total embarcado no mesmo mês de 2023, o que resultou no melhor
resultado para o período na história, com forte demanda de países
muçulmanos, afirmou a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)
nesta quinta-feira.
Segundo o presidente da ABPA, Ricardo Santin,
as vendas do maior exportador global de carne de frango no mês passado
poderiam ter sido ainda melhores, não fossem os atrasos gerados pela
operação padrão dos ficais agropecuários, atualmente em curso.
“De
qualquer forma, segue a expectativa de um ano positivo pela influência,
em especial, das vendas para as nações islâmicas e determinados
destinos da Ásia”, disse Santin, em nota.
A receita de exportações
gerada com as exportações de carne de frango (in natura e processada)
somou 707 milhões de dólares, queda de 4% ante o período do ano
anterior.
No acumulado do primeiro bimestre deste ano, as
exportações de carne de frango somam 802,2 mil toneladas, praticamente
estável na comparação anual. Já a receita caiu 12,7% para 1,39 bilhão de
dólares.
“O
início do ano é um período que é fortemente influenciado pelo fluxo de
importação pré Ramadã, o período sagrado para a religião islâmica. Neste
contexto, além de Emirados Árabes Unidos e Arábia Saudita, vimos o
notável crescimento das exportações para o Iraque, Catar, Kuwait…”,
disse o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.
Entre os cinco
principais destinos das exportações brasileiras de carne de frango no
primeiro bimestre estão a China, com 80,4 mil toneladas (-28% em relação
ao ano anterior), Emirados Árabes Unidos, com 78,2 mil toneladas
(+27,7%), Japão, com 76,6 mil toneladas (+26,2%), Arábia Saudita, com
67,6 mil toneladas (+8,4%) e África do Sul, com 50 mil toneladas (-19%).