quinta-feira, 2 de maio de 2024

Maior empregadora do Brasil, JBS tem 5 mil vagas abertas; veja como se candidatar

 


Colaboradores da JBS - Crédito: Divulgação/Paulo Vitale

A JBS, maior empregadora do Brasil, promete abrir 7 mil novos postos de trabalho em 2024. As oportunidades de emprego são para todo o país.

Vale destacar que atualmente a companhia emprega mais de 270 mil pessoas em todo o mundo, sendo 155 mil apenas em solo nacional.

Hoje, estão abertas 5 mil vagas, entre novas e posições de reposição, destinadas às áreas de segurança do trabalho, operação, garantia da qualidade, logística, manutenção e administrativo. Há opções para diversos níveis de escolaridade.

Vagas para novas fábricas

Do total de novas vagas, 1,5 mil serão criadas para as duas fábricas inauguradas pela JBS em outubro de 2023, na cidade de Rolândia, no Paraná.

Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, a expansão da Seara adicionará mil novos empregos. Também no estado, a duplicação da produção da Friboi em Campo Grande resultará na criação de 2,3 mil postos de trabalho.

Em Mato Grosso, a ampliação da unidade de Diamantino vai gerar 1,6 mil novos empregos.

Inscrições

As inscrições ocorrem pelo site da empresa, onde é possível selecionar a vaga pelo departamento e local.

 

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La Casserole comemora 70 anos com menu especial até o fim do ano

 


Um dos restaurantes mais icônicos da cidade, no mesmo endereço desde 1954, traz menu degustação, drinques, música e artes para celebrar seu aniversário 

 

 

Quenelle, sururu, molho champagne do La Casserole/Créditos: Tales Hidequi

Quenelle, sururu, molho champagne do La Casserole/Créditos: Tales Hidequi

Em maio, o La Casserole (@lacasserole1954) completa setenta anos de sua inauguração, consolidando-se como um dos restaurantes mais longevos de São Paulo. Para celebrar este marco em grande estilo, Marie-France e Leo Henry prepararam uma série de novidades para os próximos sete meses – um para cada década de história. 

A homenagem tem como foco os pilares do restaurante, como o estreito laço com as artes plásticas e a música, o fato de ser um bistrô francês de alma paulistana, a localização histórica em frente às flores no Arouche e a valorização do serviço à mesa. Tudo isso faz do La Casserole um verdadeiro patrimônio da cidade.

Agenda 

Maio: Menu degustação com 7 chefs convidados 

Junho: Carta de drinques, assinada por Chula Barmaid 

Julho: Menu Flambados à Mesa 

Agosto: Noites musicais com curadoria de Suzana Salles 

Setembro: Exposição de obras de artistas nacionais 

Outubro: Lançamento de três rótulos comemorativos de vinhos franceses

Novembro: Baile de máscaras 

Maio 

Menu degustação

As festividades se iniciam em maio com o lançamento do Menu Degustação criado por sete chefs que passaram pela cozinha do La Casserole. O menu ficará disponível ao público nos jantares de terça a quinta, até o fim do mês. Assim como o restaurante, o cardápio traz tradição e modernidade ao equilibrar a essência de sua cozinha com o trabalho autoral dos chefs convidados: 

Dani França Pinto, La Casserole, Infini e Cortés 

Erisvaldo Gomes, ex-chef de cozinha do La Casserole 

Flávia Geraldini, FLÁ Gastronomia (Jundiaí) 

Giovanni Renê, Braza Gastronomia e La Coppa Neo Trattoria 

Maurício Santi, Ping Yang Thai Bar & Food 

Scheila Antunes, Aspas (Santa Catarina) 

Thalita Barros, Conceição Discos 

Cada chef assina uma etapa do menu. Confira!

Junho 

Carta de drinques: A convite de Marie-France e Leo Henry, a premiada Chula Barmaid criou uma carta de drinques autorais inspirados nos clássicos franceses. Fugindo das queridinhas bases cítricas e sours espalhadas pela cidade, Chula buscou nos anos 50 as referências para chegar em um resultado fino, com apresentações minimalistas e elegantes. 

Trazendo a cozinha para a taça, a nova carta é estruturada como um cardápio, dividindo os coquetéis entre entrada, principal e sobremesa – seção na qual aparecem criações inspiradas pelos emblemáticos petit four e crème brûlée. 

Julho

Pratos flambados: A finalização de pratos à mesa, uma das marcas do La Casserole, encontra o encanto do fogo em um dos cardápios mais queridos do restaurante. Ao longo do mês de julho, no inverno paulistano, os garçons são responsáveis por levar aos clientes a última etapa dos preparos iniciados na cozinha. Com opções como escargots flambados na cachaça e steak au poivre au cognac, o cardápio de Flambados é uma experiência que agrada todos os sentidos. 

Agosto

Noites musicais: A tradição musical que acompanha o La Casserole desde sua inauguração também marcará presença nas comemorações: ao longo do mês de agosto, a casa receberá nomes da cena musical paulistana, sempre nas noites de terça-feira e com curadoria de Suzana Salles, cantora ligada ao movimento cultural Vanguarda Paulista. 

Setembro

Artes plásticas: Celebrando as artes plásticas e artistas nacionais, em setembro o La Casserole dedica parte de seu espaço para aumentar a visibilidade do trabalho de sete artistas plásticas brasileiras. Com isso, o restaurante honra eventos que marcaram sua trajetória como “À

Mesa com Picasso” e a abertura exclusiva do MASP para visita guiada na exposição de Toulouse-Lautrec seguida de menu temático no restaurante. 

Outubro

Vinhos: Em outubro, serão lançados três rótulos de vinhos comemorativos dos 70 anos do La Casserole. O primeiro, bordalês, é batizado com o nome do restaurante e se tornará o “vinho da casa”. Os outros dois, da região de Meursault, prestam homenagem a Roger e Fortunée Henry, em edição limitada com apenas 70 garrafas de cada. 

Novembro

Baile de máscaras: Uma soirée especial vai fechar com chave de ouro as comemorações: um baile de máscara inspirado nas festas que Roger e Fortunée frequentavam nos cruzeiros e na Europa. 

Serviço

Endereço: Largo do Arouche, 346 – República, São Paulo
Horários: Segunda-feira, das 12h às 15h. Terça e quarta-feira, das 12h às 15h e das 19h às 23h. Quinta e sexta-feira, das 12h às 15h e das 19h às 00h. Sábado das 12h30 às 16h e das 19h às 00h. Domingo das 12h30 às 16h30.

Para mais informações, acesse: www.lacasserole.com.br

Reajuste da tabela do IR: veja alíquotas para cada faixa salarial e limite de isenção

 


Neste ano, segundo a Receita Federal, o prazo para a entrega da declaração do Imposto de Renda 2024 vai até 31 de maio. (Crédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, sancionou nesta quarta-feira, 1º, o reajuste da tabela do Imposto de Renda. A nova lei aprovada pelo Congresso ampliou a faixa de isenção para quem ganha até dois salários mínimos, R$ 2.824.

O texto da nova lei replica o teor de uma medida provisória, editada por Lula em fevereiro e que já estava em vigor.

A nova lei altera os valores da tabela progressiva mensal do Imposto de Renda, utilizada para o recolhimento do tributo nas folhas de pagamento dos trabalhadores assalariados, mas para efeitos de declaração do IR só terá efeitos a partir de 2025.

A lei reajusta para R$ 2.259,20 o limite de renda mensal que não precisa pagar Imposto de Renda. A lei que instituiu a nova política de valorização do salário mínimo, de 2023, autoriza um desconto sobre o imposto de 25% sobre o valor do limite de isenção, no caso, R$ 564,80, valor que somado a R$ 2.259,20 resulta em R$ 2.824, o que corresponde ao valor atual de dois salários mínimos.

Veja como ficou a tabela mensal do IR e as faixas de isenção

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Lula promete isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil

O presidente voltou a se comprometer, até o final de seu mandato, a elevar esse valor para R$ 5.000.

Segundo Lula, sua ideia é “despenalizar” a população de baixa renda “e fazer com que o muito rico pague imposto de renda nesse País”.

Mesmo assim, o presidente afirmou que “o que é importante” neste momento é destacar o aumento do salário e a diminuição da inflação. “Hoje eu posso olhar na cara de vocês e dizer que nós vamos fazer um mandato melhor que os outros dois”, disse o presidente.

 

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terça-feira, 30 de abril de 2024

Vale e Caterpillar têm acordo para testar caminhões elétricos e estudo com etanol

 

Marc Cameron

Rio, 30 – A Vale e a Caterpillar assinaram um acordo para descarbonização de operações de mina, que inclui a realização de testes com caminhões de grande porte movidos a bateria elétrica e com sistemas de transferência de energia, informou a mineradora mais cedo.

O entendimento também abrange a realização de estudos conjuntos para caminhões movidos a etanol. O objetivo é apoiar a Vale no atingimento das suas metas de redução de emissões de carbono diretas e indiretas (escopos 1 e 2) em 33% até 2030 e zerar as emissões líquidas até 2050.

Os caminhões fora de estrada movidos a bateria estão em fase de desenvolvimento pela Caterpillar, de acordo com a mineradora. “Uma unidade com capacidade de 240 toneladas será testada pela Vale em suas operações em Minas Gerais”, informou a companhia. “A Caterpillar também desenvolve um sistema de transferência de energia para caminhões, que será testado nas operações da mineradora no Pará nos próximos anos.”

As duas empresas iniciarão também um estudo conjunto para um motor a bicombustível para caminhões fora de estrada, que funcione com etanol e diesel, de acordo com comunicado da Vale.

A mineradora informou ainda que as emissões de diesel das operações de mina respondem por 15% de suas emissões diretas de gases de efeito estufa. E, entre os equipamentos de mina, o caminhão fora de estrada é o maior consumidor de diesel e o maior emissor.

De acordo com Ludmila Nascimento, diretora de Energia e Descarbonização da Vale, a mineradora está desenvolvendo “um portfólio de opções para descarbonizar as operações”, como a eletrificação e o uso de combustíveis alternativos nas minas. “As soluções mais viáveis serão adotadas”, afirma a executiva.

“Acreditamos que o etanol tem um grande potencial de contribuir para a meta de 2030 por ser um combustível já adotado em larga escala no Brasil, com uma rede estabelecida de fornecimento, e que requer uma parceria ativa com fabricantes”, acrescentou Ludmila Nascimento.

O diretor de Engenharia para Operações de Mina e Usina da Vale, José Baltazar, destacou que “houve avanços relevantes no desenvolvimento da tecnologia dos caminhões elétricos nos últimos anos” e que as inovações contribuirão para zerar as emissões líquidas até 2050. “Estamos oferecendo como campo de testes as nossas minas no Brasil, com suas características bem específicas, de forma a contribuir para o atingimento das nossas metas e para a construção de uma indústria de mineração mais limpa.”

Denise Johnson, presidente do segmento de Indústrias de Recursos da Caterpillar, disse que “a Vale tem sido uma voz-chave durante nossa longa história de colaboração em tecnologia e implementação de produtos”.

Jornais dos EUA processam OpenAI e Microsoft por violação de direitos autorais

 


OpenAI, criadora do ChatGPT, está no meio de uma disputa com o jornal The New York Times - AFP

Oito jornais americanos, incluindo o Chicago Tribune, estão processando a OpenAI e a Microsoft por violação de direitos autorais, conforme ação judicial protocolada na terça-feira, 30, no Distrito Sul de Nova York. Os jornais são pertencentes à empresa de investimentos Alden Global Capital. De acordo com fontes ouvidas pelo site Axios, a Alden cogita envolver seus mais de 60 jornais regionais na ação.

A ação se soma a um caso semelhante movido pelo jornal americano The New York Times contra ambas as empresas. Até então, o Times era o único grande jornal a tomar medidas legais contra empresas de IA por violação de direitos autorais. A nova ação da Alden Global Capital é representada pela mesma empresa de advocacia que representa o Times e foi protocolada no mesmo distrito de Nova York. Caso o juiz escolhido para supervisionar ambos os casos seja o mesmo, ele poderá combinar as duas reivindicações

Tal como a ação movida pelo Times, os jornais acusam a OpenAI e a Microsoft de apropriarem-se de milhões de artigos protegidos por direitos autorais sem permissão e pagamento para treinar e alimentar suas inteligências artificiais generativas ChatGPT e Copilot.

Os jornais também dizem que os chatbots creditaram falsamente as publicações por reportagens imprecisas ou enganosas, em função das “alucinações” da IA generativa, “manchando a reputação dos jornais e espalhando informações perigosas”. Eles citam exemplos de falsas atribuições, como um caso em que o ChatGPT inventou que o Denver Post publicou pesquisas e observações médicas de que fumar pode ser uma cura para a asma.

Futuro incerto

 
O resultado desses processos pode afetar substancialmente o uso de conteúdos jornalísticos por IAs generativas. Para serem sustentáveis, veículos de mídia digitais dependem das receitas de publicidades, parte delas resultantes do tráfego vindo dos buscadores, como Google. As ferramentas de IA generativa podem eliminar uma parte considerável deste tráfego. Além disso, fazem uso de seu conteúdo sem qualquer forma de compensação, ameaçando os negócios dos jornais e veículos de mídia.

Em um movimento contrário, na segunda-feira, 29, o jornal inglês Financial Times anunciou um acordo de licenciamento com a OpenAI, permitindo que a empresa use seu conteúdo para treinar seus modelos de IA e incluí-los em respostas do ChatGPT. A companhia americana já fechou parcerias com outros veículos de mídia, incluindo a editora alemã Axel Springer, a agência de notícias Associated Press, com o jornal francês Le Monde, o espanhol El País e o conglomerado Prisa Media.

Tributação de dividendos pode render arrecadação de R$ 160 bilhões, estima estudo

 


Segundo Unafisco, montante viabilizaria a compensação da correção da tabela do IRPF e permitiria redução das alíquotas do IRPJ e da futura CBS, a ser implementada com a regulamentação da reforma tributária

 

Estudo da Associação Nacional dos Auditores da Receita Federal (Unafisco Nacional) traz proposta que prevê que a tributação de lucros e dividendos no País poderia render arrecadação de R$ 160,1 bilhões para o exercício 2025. Esse montante viabilizaria a compensação da correção da tabela do IRPF e permitiria redução das alíquotas do IRPJ e da futura CBS, a ser implementada com a regulamentação da reforma dos impostos sobre consumo. O dado consta em nota técnica, antecipada ao Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), que analisa a distribuição de lucros e dividendos, comparando experiências internacionais.

A proposta da Unafisco é de inclusão parcial, com tributação de 75% dos lucros e dividendos recebidos, uma maneira que mitigaria a sensação de injustiça tributária. A tributação de dividendos teria uma alíquota efetiva média de 14,47% – intermediária entre o sistema atual, de isenção dessa cobrança, e do clássico, que todo montante seria tributável. Seguindo esses parâmetros, a arrecadação no IRPF para o exercício de 2025 totalizaria R$ 472,3 bilhões, sendo que R$ 160,1 bilhões corresponderiam a um incremento nas receitas.

Apesar de ressalvas sobre a comparação das alíquotas nominais, a nota técnica da Unafisco verificou que, independentemente do sistema adotado, a alíquota global nominal média nos Países analisados é de 48,5% sobre os lucros da empresa e do mesmo patamar para o lucro dos sócios. Foram analisadas a tributação nos Estados Unidos, China, Alemanha, Reino Unido e França.

Impacto distribuído

A avaliação é de que a tributação parcial de lucros e dividendos dá um passo importante para se alcançar a justiça tributária. Para que essa mudança não implique em elevação da carga tributária, a Unafisco faz uma proposta de redistribuição de tributação.

Para corrigir a tabela do IRPF, a sugestão é de correção de 37% da faixa de isenção, que passaria os atuais R$ 2.259,20 para R$ 3.095,10 mensais, com ajustes nas demais faixas. Pela proposta, seriam quatro faixas de alíquotas – 7,50%, 15%, 22% e 27,5% -, sendo que a base de cálculo da última faixa seria para ganhos acima de R$ 6.390,61 mensais.

“A correção de 37% no índice de ajuste, ainda que não corresponda à correção total da defasagem acumulada desde 1996, resultaria no alívio de R$ 100 bilhões na arrecadação, afetando positiva e indistintamente os contribuintes recebedores e não recebedores de lucros e dividendos”, diz o documento.

A alíquota de IRPJ teria redução de 2,5 pontos porcentuais. Atualmente, a incidência é de 15% sobre o lucro apurado, com adicional de 10% sobre o que exceder R$ 20 mil ao mês, o que pode fazer o imposto chegar a 25%. Com a redução proposta pela Unafisco, o IRPJ chegaria a 22,50%, compensados com R$ 30 bilhões de arrecadação adicional.

No caso da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), que ainda será regulamentada pela reforma tributária em andamento, a Unafisco pontua que só será possível estimar redução em alíquota após a sua definição. Mas, levando em consideração a carga tributária federal que incide sobre consumo, que seria de 4,57% do PIB, seria possível reduzi-la em 0,28 p.p., passando para 4,37% do PIB, com a destinação de R$ 30 bilhões.

Dupla não-tributação

A Unafisco avalia que, apesar de uma das críticas à tributação dos dividendos ser o argumento de que haveria uma bitributação dos lucros, caso incidam impostos sobre as empresas e pessoas físicas, não se fala da não tributação de parte desses ganhos. Para os auditores, o que ocorre é uma “dupla não-tributação”. Apesar de as alíquotas de tributos para empresas alcançarem patamar de 34%, a carga efetiva, na prática, é menor após usar todos os dispositivos disponíveis, como benefícios fiscais, para abater impostos.

“Com isso, há evidente parcela do lucro apurado e não tributado que é objeto de distribuição aos sócios e acionistas, configurando-se, assim, uma renda distribuída que não é submetida ao IRPJ e, ao ser distribuída, não é tributada também no IRPF. Essa sistemática da dupla não tributação da renda ocorre não apenas no lucro real, mas também para as pessoas jurídicas optantes pelo lucro presumido e pelo Simples Nacional”, diz a nota.

A Unafisco sugere o fim da distinção entre empresas grandes e do Simples, o que combateria, também, a distorção da “pejotização”. A avaliação da entidade é de que a adoção dessas medidas trazem mais justiça fiscal, reduzindo a regressividade do sistema e estimulando o reinvestimento dos lucros, o que geraria mais emprego e renda.

Campos Neto diz não concordar com visão de que BC serve apenas ao mercado

 Roberto Campos Neto | Brasília, 01/10/2020. Presidente do Ba ...


O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta segunda-feira, 29, que discorda da visão de que a atuação da instituição serve apenas ao mercado. “Essa é uma tese antiga e ultrapassada”, disse, durante palestra no Painel Econômico, promovido pelo Insper, em São Paulo.

Em relação à agenda de inovação, por exemplo, Campos Neto disse que o trabalho do BC contribuiu para tornar o Brasil campeão em fintechs, além de ter colaborado no avanço da transparência e na eficiência do sistema de pagamentos.

Ele também rebateu a crítica no que diz respeito ao trabalho em torno da política monetária. “Todo resto da taxa de juros são vocês que determinam com a vontade ou não de emprestar dinheiro para o governo”, disse o presidente do BC.

Durante o evento, Campos Neto defendeu o avanço da agenda de digitalização do sistema de pagamentos, inclusive para controle das fraudes. “Se todo dinheiro for digital e rastreável, só vai conseguir fazer (fraude) se conseguir transferir o dinheiro de uma conta para outra conta. Se no Brasil não tivesse conta laranja e nem conta fantasma, a fraude do PIX ia ser zero”, disse.

O presidente do BC afirmou ainda que, se houver controle no processo de abertura de contas bancárias, estas ocorrências de fraude tendem a ir a zero. “Hoje grande parte das fraudes é por falta de transparência”, avaliou. Em relação ao spread bancário, Campos Neto disse que o papel do BC visa diminuir a assimetria de informações.