sexta-feira, 3 de maio de 2024

Taxas futuras de juros operam em queda, alinhadas ao cenário internacional

 O que é mercado futuro? - Fala, Tubarão

As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam em baixa nesta sexta-feira, 3, acompanhando de perto a movimentação no mercado internacional, com queda de juros e enfraquecimento do dólar. Os números mais fracos do relatório de empregos dos Estados Unidos em abril reacenderam apostas na possibilidade de o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) promover alguma redução nos juros básicos do país.

No Brasil, a produção industrial subiu 0,90%, abaixo da expectativa média dos analistas (1,4%), o que, apesar da frustração, também favorece a tese de um corte de juros mais significativo por parte do Banco Central brasileiro.

O ponto negativo ficou com o a divulgação do índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços dos Estados Unidos medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM). O índice caiu para 49,4 em abril, ante 51,4 em março. O resultado contrariou expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam alta do índice no mês passado, a 52. Após a divulgação do índice, as bolsas de Nova York reduziram o ritmo de alta, mas seguem com valorização significativa.

Os juros dos Treasuries, títulos do Tesouro americano, também reduziram o ritmo de queda, mas seguem em campo negativo em todos os vencimentos.

Aqui, às 11h41, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2025 tinha taxa de 10,150%, ante 10,201% do ajuste de ontem. O DI para janeiro de 2027 projetava 10,64%, ante 10,75% do ajuste anterior.

Indústria nacional avança 0,9% em março e cresce pelo 2º mês seguido, diz IBGE

 


Indústria nacional avança 0,9% em março

EIndústria nacional avança 0,9% em março (Crédito: José Paulo Lacerda/CNI)

A produção industrial brasileira cresceu 0,9% na passagem de fevereiro para março, no segundo mês consecutivo de avanço, segundo divulgou nesta sexta-feira, 3, o IBGE.

O setor ganhou ritmo em março após a variação de 0,1% verificada no mês anterior. Em relação a março de 2023, porém, a indústria teve retração de 2,8% na sua produção.

No ano, acumula alta de 1,9% e, em 12 meses, variação positiva de 0,7%.

Com esses resultados, a indústria se encontra 0,4% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 16,3% aquém do ponto mais alto da série histórica, obtido em maio de 2011.

O resultado veio um pouco abaixo do esperado. As expectativas em pesquisa da Reuters com economistas eram de alta de 1% na variação mensal e de queda de 2,6% na base anual.

 

 https://istoedinheiro.com.br/industria-nacional-avanca-09-em-marco-e-cresce-pelo-2o-mes-seguido-diz-ibge/

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Latam bate lucro recorde no 1º trimestre e revisa previsões para 2024

 B9 | TAM e LAN adotam novo nome e logotipo: LATAM • B9


No Brasil, aérea alcançou maior nível de participação de mercado em 11 anos 
 

A Latam revisou para cima as projeções para o ano de 2024 após os resultados do primeiro trimestre. Entre janeiro e março deste ano, a companhia área registrou lucro líquido consolidado de US$ 258 milhões, com alta de 112% em relação ao mesmo período em 2023. O número é recorde, segundo a empresa, e é atribuído ao desempenho da alta temporada do setor na América do Sul.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações, amortizações e aluguéis (Ebitdar, na sigla em inglês) ajustado da companhia foi de US$ 796 milhões. Na projeção atualizada para 2024, a empresa acredita que o indicador deve terminar o ano entre R$ 2,75 bilhões e R$ 3,05 bilhões (ante a projeção de dezembro, entre US$ 2,6 bilhões e US$ 2,9 bilhões).

As receitas operacionais cresceram 18,4%, para R$ 3,3 bilhões. O número foi impulsionado pelo avanço de 21% nas receitas de passageiros, para R$ 3,321 bilhões. A margem operacional da companhia no primeiro trimestre foi de 13,9%, com crescimento anual de 3,4 pontos percentuais.

Número recorde de passageiros

A empresa transportou 20,2 milhões de passageiros, número 19% maior que o do primeiro trimestre de 2023 e que representa um fluxo de 2 milhões a mais do que antes da pandemia. Segundo a Latam, foi o maior número de passageiros transportados pela companhia em um único trimestre.

O número de passageiros transportados para o exterior cresceu 32,5% na mesma base de comparação.

A capacidade de oferta de assentos (ASK) das operações consolidadas cresceu 17,5% em relação ao primeiro trimestre de 2023 e superou os níveis de 2019. O crescimento foi liderado pelas operações internacionais.

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A receita operacional gerada por assento a cada quilômetro voado (RASK) atingiu 7,5 centavos de dólar, com alta de 3%.

As despesas operacionais totais ajustado foram de US$2,9 bilhões durante o trimestre, aumentando 13,9% em relação a um ano antes, explicado principalmente pelo aumento nas operações de passageiros , e um aumento ainda maior nas operações
internacionais.

Os custos com combustível de aeronaves diminuíram 3,3% em relação ao mesmo período de 2023. Por outro lado, durante o primeiro trimestre de 2024, o grupo Latam relatou um CASK de passageiros ajustado ex-combustível de 4,3 centavos, um aumento de 7,5% em comparação com o mesmo trimestre de 2023.

A taxa de ocupação consolidada foi de 84,4%.

Nos três primeiros meses do ano, a Latam gerou US$ 137 milhões em caixa e encerrou o período com liquidez de US$ 3 bilhões. A relação dívida líquida/Ebitda da companhia ficou em 1,9x. A empresa espera terminar o ano de 2024 com alavancagem entre 1,6x e 1,8x.

Operações no Brasil

A participação da Latam no mercado aéreo brasileiro chegou a 39% no primeiro trimestre de 2024. Levando em conta o mês de março, o market share foi de 41%. “Foi a melhor participação de mercado dos últimos 11 anos”, afirmou Jerome Cardier, CEO da Latam no Brasil, em coletiva de imprensa sobre os resultados. Questionado ele destacou a captura de demanda por viagens corporativas.

“Que o momento de um concorrente influencia, nao tenha dúvida que influencia. mas quando vemos aumento do mercado corporativo, aumento de satisfação e redução de reclamações, podemos dizer que é um crescimento de market share com qualidade”, complementou.

O volume de passageiros transportados no Brasil, no mercado doméstico, cresceu 9% em relação ao primeiro trimestre de 2023. No mercado internacional, o crescimento foi 30%.

Com base nos números do primeiro trimestre, a companhia aérea também revisou para cima suas projeções de ASK para o mercado brasileiro, prevendo crescimento entre 8% e 10% (ante 7% a 9% na previsão anterior). A operação consolidada, por sua vez, prevê crescimento entre 14% e 16%.


CSN acerta exclusividade em negociação para compra de 100% da Intercement

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Período de exclusividade vai até o dia 12 de julho

Reuters 

 

 

SÃO PAULO (Reuters) – A CSN, segunda maior produtora de cimento do Brasil, anunciou nesta quinta-feira acordo de exclusividade nas negociações para aquisição de 100% da rival Intercement, que além do Brasil possui ativos na Argentina e é controlada pelo grupo Mover, ex-Camargo Corrêa.

A companhia, que tem planos de listar as ações de suas operações de cimento, afirmou que ainda não assinou acordos vinculantes para uma potencial transação e que o período de exclusividade vai até 12 de julho.

A Votorantim Cimentos, líder do mercado nacional, também era uma das interessadas na Intercement.

Além da fusão: Criando uma cultura empresarial resiliente

 Ella Fordham - Beyond ONE | LinkedIn


Insights  valiosos para criar uma cultura organizacional harmoniosa. Esse é o propósito do artigo publicado pela diretora de pessoas do Grupo Beyond One, Ella Fordham.

À medida que a cultura empresarial se torna um tema quente nas salas de reuniões e nas plataformas de contratação, fica claro que as empresas estão a tomar nota e os funcionários estão a tomar uma posição.

A Covid-19 pode ter acelerado a evolução para novas formas de trabalhar, mas o foco na cultura já vinha ganhando força antes mesmo da pandemia. Como resultado, há pressão sobre as empresas para que levem isso a sério.

Para as empresas, aproveitar uma cultura que prioriza as pessoas fala da estrutura da organização. Contudo, ao mesmo tempo, os mercados em desenvolvimento registam um boom na atividade de fusões e aquisições (F&A), o que apresenta um desafio diferente, integrando outras culturas empresariais.

Com a aquisição da Virgin Mobile Middle East and Africa e da Virgin Mobile Latin America pela Beyond ONE, este desafio tornou-se muito real. A fusão destas grandes empresas sob o mesmo teto, em diferentes geografias e culturas, proporcionou muitos aprendizados.

Esses insights serão valiosos para qualquer pessoa que esteja tentando criar uma cultura organizacional harmoniosa. Aqui estão algumas coisas a considerar:

1. A transparência é altamente valorizada e fácil de oferecer

Os acordos de fusões e aquisições são frequentemente processos demorados que trazem muita especulação e, em última análise, incerteza para os funcionários.

Explicar a visão do negócio, incluindo a razão pela qual esta aquisição específica foi estrategicamente importante, será um primeiro passo útil para proporcionar clareza e alinhamento com os novos funcionários e os existentes.

Comunicações internas fortes e envolventes desempenharão um papel fundamental.

2. Crie unidade por meio da marca após a fusão

Uma marca alinhada vai além do que o cliente vê, trata-se também de incutir um sentimento de pertencimento nos colegas. Unificar colegas entre locais exige reuni-los em torno de um propósito comum e de uma visão compartilhada. Isto cria uma ligação mais profunda para além das atividades quotidianas, enfatizando o impacto coletivo e a direção partilhada da empresa.

Além disso, uma estrutura de valores comuns estabelecida através da colaboração entre líderes e funcionários de diversas unidades de negócios cria uma cultura partilhada. Isto é crucial num ambiente pós-fusão, unificando colegas em empresas adquiridas através de comportamentos, princípios e estilos de trabalho partilhados.

Toques simples, como enviar materiais de apoio – como garrafas de água de marca, cadernos e outros itens úteis para o dia de trabalho – são formas impactantes de criar unidade.

No entanto, vá um passo além – incentive os funcionários a atualizar seu LinkedIn, fornecendo kits de ferramentas, fotos profissionais e workshops sobre como utilizar melhor o LinkedIn, por exemplo. Isto não só mostra vontade de apoiar os funcionários, mas também tem o benefício adicional de criar uma marca profissional.

3. O trabalho multifuncional pode ser fundamental para quebrar silos

O design organizacional criativo irá desbloquear uma maior colaboração em toda a organização, independentemente da função empresarial e da localização geográfica.

As equipas centrais, como as equipas financeiras, jurídicas e de pessoal, não se limitam a trabalhar dentro das suas funções; em vez disso, o seu trabalho diário envolve frequentemente o apoio a outras equipas. Isto aproveita a unidade através do alinhamento de metas e objectivos estratégicos partilhados.

Indo um passo adiante, os silos são quebrados através da organização de iniciativas estratégicas e projetos especiais como “missões”, onde uma força-tarefa multifuncional se reúne para resolver um problema empresarial complexo.

Uma equipe missionária pode estar lançando um novo produto ou serviço, otimizando um processo ou melhorando uma parte da jornada do cliente. Em vez de os esforços serem coordenados através de processos funcionais e hierarquias, estas equipas não são hierárquicas e consistem em colegas especialistas nas suas áreas que trabalham como uma equipa durante a missão e são movidos por objectivos partilhados.

4. A integração não acontece da noite para o dia

Compreender que a mudança pode ser perturbadora para muitos, especialmente para aqueles que já estão na empresa adquirida há algum tempo, é fundamental. Incentive a integração gradual, permitindo que os colegas experimentem a nova organização e a sua cultura sem trazer subitamente novas formas de trabalhar e desgastar uma marca com a qual muitos estarão familiarizados e na qual verão segurança.

É natural que haja um maior cepticismo entre os colegas, razão pela qual incutir uma cultura empresarial harmoniosa requer mudanças incrementais e tomadas de decisão partilhadas. Envolver todas as regiões e partes da empresa para terem uma palavra a dizer na nova direção permitirá que todos se sintam parte de uma missão.

Como acontece com qualquer negócio, seja ele integrado a outra organização ou não, a cultura de uma empresa precisa ser nutrida. Esses insights podem ter foco em aquisições, mas, como fundamentos, aplicam-se a empresas de qualquer tamanho.

Embora cada organização seja diferente, ter uma voz partilhada, objectivos partilhados e visão partilhada serão os pilares fundamentais para aproveitar a unidade e superar barreiras geográficas e culturais… leia mais em Gulf Business 01/05/2024

 

 https://gulfbusiness.com/beyond-the-merger-focus-on-company-culture/

 


Iguatemi: lucro líquido vai a R$ 81,1 milhões no primeiro trimestre de 2024, salto de 69,5% comparado a mesmo período de 2023

 Iguatemi S/A – Wikipédia, a enciclopédia livre

A Iguatemi, dona de uma rede de 16 shopping centers, reportou lucro líquido de R$ 81,1 milhões no primeiro trimestre de 2024, alta de 69,5% em relação ao mesmo período de 2023, de acordo com dados divulgados há pouco. Já o lucro líquido ajustado foi de R$ 108,4 milhões, crescimento de 63%.

O salto nos resultados se deve, principalmente, ao aumento das receitas, ganho de margem após ajustes na operação de varejo e redução das despesas financeiras.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado alcançou R$ 225,2 milhões, crescimento de 13,2%. A margem Ebitda foi a 74,1%, alta de 4,6 pontos porcentuais.

O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) ajustado chegou a R$ 153,6 milhões, aumento de 38,7%. A margem FFO foi a 50,5%, subida de 11,9 pontos porcentuais.

O critério ajustado exclui o efeito contábil da linearização dos aluguéis, a oscilação no valor da ação da Infracommerce (empresa investida da Iguatemi) e o mecanismo de swap de ações.

A receita líquida totalizou R$ 283,1 milhões, expansão de 4,8%. Já a receita de aluguel de espaços aos lojistas (composta por aluguel mínimo, porcentual e locações temporárias), teve crescimento de 1,4%, para R$ 234 milhões.

O que mais impulsionou a companhia no período foi a receita de estacionamento, que subiu 24,0%, para R$ 53,3 milhões.

As despesas administrativas aumentaram 14,1%, para R$ 28,2 milhões.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) gerou uma despesa de R$ 51,2 milhões. Essa despesa foi 28% menor que no ano anterior, que foi de R$ 71,5 milhões em função do menor endividamento.

A linha de ‘impostos e descontos’ caiu 6,2%, para R$ 36,1 milhões.

A Iguatemi encerrou o primeiro trimestre do ano com uma dívida total de R$ 3,3 bilhões, queda de 0,8% em relação ao quarto trimestre de 2023, com prazo médio em 4,3 anos e custo médio de 107,3% do CDI. A disponibilidade de caixa era de R$ 1,6 bilhão.

Já a dívida líquida ficou em R$ 1,7 bilhão, montante 1,2% menor que no quarto trimestre de 2023. A alavancagem (medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda anualizado) ficou em 1,84 vez, uma queda perante o dado de 1,92 vez no fim do ano passado.

Moody’s: Estratégia de negócios permitiu à Petrobras reduzir dívida e melhorar métricas

 

Análise: Governo assumiu gestão da Petrobras | Blogs CNN | CNN Brasil

A execução do programa de vendas de ativos da Petrobras e a estratégia de negócios dos últimos anos permitiram à estatal reduzir significativamente o nível de dívida e melhorar as métricas de crédito nos últimos anos, afirma a Moody’s.

Em relatório, a agência destaca que essa realidade deixou a companhia em posição “muito confortável” para lidar com eventual quadro de volatilidade. “As fortes métricas de crédito e liquidez da Petrobras sustentam seu rating, com a alavancagem caindo para 1,2x em 2023, de 4x em 2017, e um bom perfil de liquidez”, diz.

A instituição projeta que a petroleira terá geração de caixa de cerca de US$ 35 bilhões em 2024, o suficiente para cobrir o vencimento anual de cerca de US$ 3 bilhões em dívida e gasto de capital de US$ 19 bilhões no período. Assim, o passivo ficará abaixo de US$ 65 bilhões, de acordo com a análise.

“A Moody’s continua assumindo moderada dependência de default entre a Petrobras e o governo”, acrescenta.