terça-feira, 17 de setembro de 2024

Bets terão regulamentação de tudo, como endividamento e uso do cartão de crédito, diz Haddad

 


O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta terça-feira, 17, que a portaria publicada mais cedo sobre o funcionamento das empresas de apostas de quota fixa no Brasil é só um primeiro passo de ampla regulamentação das bets, diante da preocupação crescente sobre a dependência que as pessoas podem criar em relação a essa atividade.

Além do aspecto relacionado a saúde, Haddad citou questões sobre endividamento e uso de cartão de crédito – pontos que já entraram no radar dos bancos.

“Estamos começando hoje com essa primeira medida, mas eu já determinei que tudo isso seja regulamentado adequadamente. A questão do endividamento com a finalidade do jogo, a questão do uso do cartão de crédito, a questão da publicidade, do patrocínio, também tem chegado até nós a questão do fiado para jogar… Tudo isso vai passar agora nessas próximas semanas por um pente fino bastante rigoroso, porque o objetivo da lei é fazer o que não foi feito nos quatro anos do governo anterior”, afirmou Haddad a jornalistas, segundo quem também será pedido o apoio da sociedade civil para enfrentar o problema.

Na portaria publicada nesta terça-feira, a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda dá prazo até 1º de outubro para o fim do funcionamento no país das empresas de apostas de quota fixa que ainda não iniciaram sua regularização junto ao governo.

Há um prazo adicional até 10 de outubro para o levantamento dos depósitos dos apostadores e, a partir de 11 de outubro, o órgão solicitará o bloqueio dos sites e a exclusão dos aplicativos das casas irregulares.

“O nosso objetivo aqui é tratar desse assunto com a cautela devida. A distância entre entretenimento e a dependência nesses casos é muito tênue. O mundo está aprendendo a lidar com isso, o Brasil até saiu na frente do ponto de vista da regulamentação e nós vamos antecipar as ações governamentais com o amparo da lei que foi aprovada pelo Congresso”, comentou.

Haddad classificou o que está acontecendo em relação as bets como “uma pandemia” que precisa do enfrentamento do Estado. Ele descartou que a medida publicada nesta terça tenha relação com a arrecadação do governo.

“Isso tem a ver com a pandemia que está instalada no país e que nós temos que começar a enfrentar, que é essa questão da dependência psicológica dos jogos”, disse, citando o envolvimento que o Ministério da Saúde também terá sobre o assunto.

“O objetivo da regulamentação é esse, né, criar as condições para que nós possamos dar amparo. Está começando hoje uma ação governamental para passar isso tudo a limpo”, afirmou.

Na semana passada, o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney, voltou a defender a antecipação da proibição do uso de cartões de crédito para o pagamento de apostas esportivas eletrônicas, feitas nas chamadas bets. De acordo com ele, os bancos estão preocupados com o comprometimento da renda das famílias que esse uso pode trazer.

Reunião do Copom começa com aposta majoritária de alta da Selic e com ‘dois presidentes’

 


Copom

A decisão do Copom será divulgada nesta quarta-feira, 18 (Crédito: Divulgação/ Banco Central)

 

Começa nesta terça-feira, 17, a primeira parte da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que deve iniciar um ciclo de aperto dos juros. Pelo levantamento feito pelo Projeções Broadcast, 53 de 61 instituições financeiras consultadas projetam uma elevação da Selic para 10,75% ao ano, ou seja, uma alta de 0,25 ponto porcentual.

O descolamento das expectativas de inflação em relação à meta tem sido apontado como o principal fator para o aumento da taxa, já que até os porta-vozes do BC têm dito que estão desconfortáveis com esse movimento – que não retrocede. Para piorar, os agentes têm se mostrado ainda mais desconfiados em relação à questão fiscal, que, se por um lado pode ter ajudado o crescimento surpreendente do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre, de outro é visto como um redutor da eficiência da política monetária.

Nesta segunda, 16, a pesquisa Focus revelou que a mediana das estimativas para a Selic no fim do ano seguiu em 11,25% aa, mas que subiu de 10,25% para 10,50% aa no encerramento de 2025. O mesmo relatório mostrou que a projeção suavizada para o IPCA de 12 meses à frente ultrapassou a marca dos 4,00% e que a relação entre déficit primário e PIB seguiu em 0,6% para o fim de 2024 e em 0,75% em dezembro do ano que vem.

As previsões para a alta do juro em setembro chegaram a ser maiores, lambendo, inclusive, aumentos de 0,75 pp, depois que o Copom escreveu em sua ata que tudo estaria em aberto até a reunião de hoje e quarta-feira, inclusive uma elevação da taxa. Com as falas intensas dos diretores e do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, as estimativas foram aparadas. Vale ressaltar que, além de se dizer altamente dependente dos dados macroeconômicos recentes para tomar a decisão, a cúpula do BC fez questão de frisar a importância do que apontam os resultados de seus modelos em relação à inflação e à meta.

Dois presidentes

Além da grande expectativa pela confirmação do início de um novo ciclo de aperto, a reunião que se encerra nesta quarta-feira, 18, contará com “dois presidentes” do BC. Além do oficial, vem ganhando cada vez mais lupa a comunicação feita pelo atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, que foi indicado no fim de agosto pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, como o novo comandante do BC a partir de 2025.

Galípolo tomará posse do cargo em janeiro se for aprovado em sabatina da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, marcada para 8 de outubro. Nas últimas semanas, o postulante percorreu gabinetes da Casa para se reapresentar aos parlamentares. Ele contou também com a ajuda de Campos Neto. Esta é a primeira vez que ocorre uma transição deste tipo por causa da lei de autonomia operacional do BC, de 2021.

segunda-feira, 16 de setembro de 2024

Operação contra o desmatamento da Mata Atlântica começa em 17 estados

 Mata Atlântica sofre com queimadas e números superam os de 2019


Realizada anualmente, a maior ação de combate ao desmatamento na Mata Atlântica teve início nesta segunda-feira (16) em 17 estados. Chamada de Operação Mata Atlântica em Pé, a iniciativa é coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa).

A operação ocorre simultaneamente em todos os estados em que o bioma está presente: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

Resultado de uma ação conjunta entre os ministérios públicos estaduais e os órgãos ambientais relacionados, a ação tem quatro fases. Na primeira, são levantadas as áreas desmatadas com base em informações da Fundação SOS Mata Atlântica e do Mapbiomas Alerta. Em seguida, os proprietários são identificados pelos ministérios públicos, e as áreas são fiscalizadas pelos órgãos públicos e pelas polícias ambientais. Se detectado o desmatamento, os responsáveis são autuados e podem responder judicialmente nas esferas cível e criminal.

Mata Atlântica

De 2022 para 2023, o desmatamento no bioma teve uma diminuição de 27%, passando de 20.075 hectares para 14.697. Os dados são do Atlas da Mata Atlântica, coordenado pela SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que também mostram a queda do desmatamento em 13 dos 17 estados com cobertura do bioma — Piauí, Ceará, Mato Grosso do Sul e Pernambuco foram as exceções. No último ano, também foi identificada a retirada ilegal de 17.931 hectares de vegetação nativa de Mata Atlântica pela Operação Nacional conduzida pelos ministérios públicos.

Em nota, o promotor de justiça do Ministério Público do Paraná e presidente da Abrampa, Alexandre Gaio. defendeu que a operação consolidou uma cultura de fiscalização do desmatamento ilegal no bioma, por meio da utilização de inteligência e contínuo engajamento dos Ministérios Públicos e órgãos de fiscalização ambiental, “o que também tem contribuído para a redução dos índices de supressão ilegal e enfrentamento às mudanças climáticas”.

O resultado da edição da operação deste ano será apresentado ao final das ações de fiscalização, em 27 de setembro, com transmissão on-line e ao vivo pelo Ministério Público de Minas Gerais.

*Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa

Fazenda aumenta para 3,2% estimativa para o PIB no ano

 


Previsão oficial de inflação passou para 4,25% 
 
 
O cenário de bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica no final do ano contribuiu para o crescimento das estimativas para a inflação

 

A Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda aumentou, de 2,5% para 3,2%, a estimativa de crescimento da economia brasileira neste ano. A previsão consta do Boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. Em relação à inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o documento aumentou de 3,9% para 4,25% a projeção para 2024. Em relação ao desempenho da economia, a projeção para o PIB foi revisada após a divulgação do crescimento de 1,4% no indicador no segundo trimestre.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tinha informado que a equipe econômica revisaria para mais de 3% a previsão de crescimento para o PIB em 2024. Apesar de ter elevado a previsão de crescimento para o PIB, a SPE prevê desaceleração no segundo semestre. Para o terceiro trimestre (julho a setembro), o documento prevê expansão de 0,6% do PIB, contra 1,4% registrado no trimestre anterior. Para 2025, a estimativa de crescimento caiu de 2,6% para 2,5%. A SPE atribui o menor crescimento no próximo ano à perspectiva de um novo ciclo de aumentos na Taxa Selic (juros básicos da economia).

A projeção para o IPCA está próxima do teto da meta de inflação para o ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%. Para 2025, a estimativa avançou de 3,2% para 3,3%. Segundo a SPE, contribuíram para o crescimento das estimativas para a inflação os impactos da alta do dólar, o reajuste no piso mínimo para os preços de cigarro e o cenário de bandeira amarela para as tarifas de energia elétrica no final do ano. Desde o fim de agosto, a bandeira tarifária para a energia está vermelha, por causa da estiagem em boa parte do país.

 

Rio Grande do Sul

 
Na edição anterior, em julho, o Boletim Macrofiscal tinha informado que as enchentes no Rio Grande do Sul impactariam o PIB em 0,25 ponto percentual em 2024. O número não foi revisado, mas a SPE detalhou que a menor contribuição das políticas de auxílio ao estado contribuirá para a desaceleração da economia no terceiro trimestre. Os números do Boletim Macrofiscal são usados no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado no próximo dia 20. Publicado a cada dois meses, o relatório traz previsões para a execução do orçamento com base no desempenho das receitas e da previsão de gastos do governo, com o PIB e a inflação entrando em alguns cálculos. Com base no cumprimento da meta de déficit primário e do limite de gastos do novo arcabouço fiscal, o governo bloqueia alguns gastos não obrigatórios.

Com ABR

O juro precisa mesmo subir?

 


Copom determinará a Selic em reuniões na terça e na quarta 
 
 
Um fator que pode influenciar a decisão do Copom são as perspectivas para o câmbio. E a relação entre real e dólar pode mudar justamente por causa das decisões de política monetária

 

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) se reunirá em um cenário de incertezas e expectativas na próxima terça-feira (17) e quarta-feira (18). O colegiado iniciou em agosto do ano passado um movimento de afrouxamento monetário, que levou a Selic de 13,75% para 10,5% nesse ano. Os cortes foram pausados na reunião de junho e julho. Agora, no entanto, o mercado e os próprios dirigentes do Copom levantam a possibilidade de um novo ciclo de altas ser necessário. Mas o que mudou no cenário da última reunião até agora que explica essa necessidade de novo aperto?

Para Luciano Sobral, economista-chefe da Neo Investimentos, o crescimento forte da demanda interna é um vetor significativo de inflação. No início de setembro, o resultado do PIB do segundo trimestre surpreendeu ao mostrar crescimento de 1,4% – acima da mediana das estimativas, que indicava uma elevação de 0,9%, e perto do teto das projeções de analistas, que iam de 0,4% a 1,6%. "A principal mensagem do PIB é que a demanda interna está muito aquecida", explica Sobral. Segundo ele, tanto o consumo das famílias e o gasto do governo têm impulsionado o crescimento a um nível incompatível com a queda da inflação. Outro indicador que aponta uma economia mais forte e que pode pressionar a inflação para cima é o desemprego, que está no menor patamar da última década. Quando o desemprego está baixo, há maior demanda por bens e serviços, o que pode pressionar os preços para cima, alimentando a inflação.

A desancoragem das expectativas de inflação é um dos argumentos mais fortes para aqueles que defendem uma alta da Selic, destaca Andrea Damico, economista-chefe da Armor Capital. "As expectativas seguem desancoradas, o que tem sido um desconforto para o Banco Central", afirma. Apesar de haver sinais de uma inflexão nas projeções de inflação de mais longo prazo nos últimos meses, ela destaca que o Banco Central (BC) continua observando o comportamento das expectativas com cautela. Na última segunda-feira (9), a mediana das expectativas dos analistas ouvidos pelo relatório Focus indicava uma inflação de 3,92% em 2025 e de 3,6% em 2026 – ambos acima do centro da meta, de 3%.

O modelo do BC

 
Para Andrea Damico, um dos fortes argumentos contra a elevação da Selic é justamente o modelo do Banco Central para o horizonte relevante, que é do início de 2026. "[Na última reunião] o BC divulgou, no cenário que tem juros estáveis, uma projeção de inflação de 3,2% e disse que está acima da meta", recorda. "O que a gente viu da comunicação depois, principalmente pelo Galípolo, é que 3,1% seria considerado ao redor da meta. E geralmente, quanto a projeção indica uma inflação ao redor da meta, a autoridade monetária não mexe na política monetária", afirma a economista. "É uma linha muito tênue, está muito próximo, se estivesse 3,4% ou 3,5%, ninguém teria dúvida de que tem de subir", argumenta. Ainda segundo ela, mesmo atualizando o modelo do BC com as novidades desde a última reunião – como o fortalecimento do dólar e a surpresa positiva do PIB – há um componente que compensa esses fatores: os preços das commodities. "O petróleo caiu mais de 10% entre uma reunião e outra, e isso tem um peso grande na inflação pelo modelo do BC", destaca.


Inflação corrente

 
A avaliação de economistas sobre os dados correntes de inflação é mista. Em agosto, o IPCA mostrou uma leve deflação de 0,02%. Para Andrea Damico, o cenário de inflação corrente é mais favorável do que o esperado, pois aponta que o IPCA mais recente veio melhor, o que poderia dar ao BC uma margem para manter a Selic inalterada. Ou seja, ainda que exista um possível risco de maior inflação por causa do mercado de trabalho apertado e economia aquecida, esse risco não está se materializando, pelo menos por enquanto. Sobral, no entanto, discorda que esse alívio seja sustentável. Ele menciona que a queda nos preços de alimentos e nas tarifas de energia elétrica foram fatores temporários, que não se repetirão nos próximos meses. "A energia elétrica já reverte em setembro", alerta ele, com a determinação da bandeira vermelha de energia. Além disso, Sobral argumenta que a inflação de serviços, um componente sensível à política monetária, continua elevada e acelerando. "Estamos vendo a inflação de serviços rodar a 5% nos últimos 12 meses, o que é bem alto", completa.

 

Troca de comando no Banco Central

 
O mandato do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, se encerra no fim deste ano, e o governo já indicou Gabriel Galípolo como seu sucessor. Embora a nomeação ainda precise passar pelo crivo do Congresso, muito se especula que ele esteja buscando uma elevação da Selic para conquistar credibilidade no mercado. E desde a última reunião, o dirigente tem adotado um tom mais duro em suas falas. "Galípolo se posicionou de forma mais dura e acabou se colocando numa situação que o mercado precificou, e agora vai ser difícil voltar atrás", opina Marco Bismarchi, da TAG Investimentos. Ou seja, agora, que a maior parte do mercado acredita na alta, uma manutenção da taxa poderia assustar. Sobral sugere que a decisão de elevar os juros já estava, em parte, precificada: "No início parecia que o principal elemento por trás da alta era uma tentativa do novo presidente ganhar um pouco de credibilidade, mas depois ficou mais consensual."

Um fator que pode influenciar a decisão do Copom são as perspectivas para o câmbio. E a relação entre real e dólar pode mudar justamente por causa das decisões de política monetária. Isso porque, se confirmado o movimento para cima da Selic e para baixo dos juros nos Estados Unidos, aumenta o diferencial de juros entre os dois países – o que tende a atrair investimentos para cá. "A gente está vendo o real voltando a ser de longe a moeda que mais paga juros no mundo", comenta Sobral. Embora essa apreciação ainda não tenha se materializado, ele sugere que, caso aconteça, poderia facilitar o trabalho do Banco Central no controle da inflação. Para Bismarchi, isso pode ser um importante vetor de desinflação no Brasil e pode fazer com que, mesmo confirmado o ciclo de elevação da Selic, o movimento seja mais sutil.

Com Redação da B3

Quem são os candidatos a prefeito de São José dos Campos nas eleições municipais de 2024

 


Eleições para a Prefeitura de São José dos Campos contará com 6 candidatos

 

Jacidio Junior
 

candidatos a prefeito de São José dos Campos
Prefeitura de São José dos Campos / Crédito: Claudio Vieira/PMSJC

 

São seis os candidatos a prefeito de São José dos Campos (SP), município a 86 quilômetros da capital paulista. A expectativa é que as eleições municipais de 2024 em São José dos Campos sejam disputadas.

O atual prefeito, Anderson (PSD), busca a reeleição. Também é candidato à Prefeitura de São José dos Campos o ex-prefeito Eduardo Cury (PL), que comandou a cidade de 2005 a 2012.

Outros candidatos com tradição política na cidade que também buscam se tornar prefeito de São José dos Campos são Wagner Balieiro (PT), Dr Elton (União Brasil) e Toninho Ferreira (PSTU), três candidatos que já conquistaram mandatos para a Câmara de Vereadores.

Completando a lista, está o estreante Prof Wilson Cabral (PDT).

O primeiro turno das eleições municipais para candidatos a prefeito de São José dos Campos em 2024 será realizado em 6 de outubro, assim como em todo o Brasil. O segundo turno, caso necessário, deve ser em 27 de outubro.

Lista dos candidatos à Prefeitura de São José dos Campos (SP) em 2024

  • Anderson (PSD)
  • Dr Elton (União Brasil)
  • Eduardo Cury (PL)
  • Prof Wilson Cabral (PDT)
  • Toninho Ferreira (PSTU)
  • Wagner Balieiro (PT)

Quem são os candidatos a prefeito de São José dos Campos (SP) nas eleições municipais 2024

Anderson (PSD)

O atual prefeito, Anderson Farias, 49 anos, nas últimas eleições foi candidato a vice-prefeito de São José dos Campos, na chapa encabeçada por Felício Ramuth (PSD). Após a ida de Ramuth como vice para a chapa que disputou e venceu a eleição para o governo estadual, Anderson assumiu a Prefeitura de São José dos Campos e agora busca a reeleição com o Cel. Wilker, do MDB, como vice.

Dr Elton (União Brasil)

Elton Alves Ribeiro De Carvalho Júnior, conhecido como Dr. Elton, 50 anos, é médico, cirurgião geral e intensivista. Eleito vereador de São José dos Campos em 2014, foi reeleito no pleito seguinte, mas perdeu o mandato por infidelidade partidária, dois anos depois. No mesmo período foi eleito deputado estadual. Em sua trajetória política já esteve filiado ao MDB, PSC e Podemos. Dr Elton é candidato a prefeito de São José dos Campos e conta com Dulce Maria, do União Brasil, como vice.

Eduardo Cury (PL)

Eduardo Cury, 60 anos, é formado em engenharia industrial pela Escola de Engenharia Industrial (ETEP). Começou a carreira política, ainda na década de 90, quando assumiu as secretarias de Governo e de Transportes de São José dos Campos. Em 2004 foi candidato à Prefeitura de São José dos Campos e venceu. Ele exerceu o cargo por dois mandatos, de 2005 a 2012. Em 2014 venceu sua primeira eleição para a Câmara dos Deputados, onde também ficou por dois mandatos. Agora Eduardo Cury é candidato a prefeito de São José dos Campos e conta com José Mello, do PSDB, como vice. 

Prof Wilson Cabral (PDT)

Wilson Cabral, 55 anos, é oceanógrafo, doutor em Economia e professor do ITA. Estreante em eleições, Cabral já fez parte de Conselhos de Saneamento Básico e Meio Ambiente e da Fundação Cultural Cassiano Ricardo. Já foi filiado à Rede Sustentabilidade e agora é candidato a prefeito de São José dos Campos, em uma chapa pura, que conta com Nadia Assad, também do PDT, como vice.

Toninho Ferreira (PSTU)

O advogado, Toninho Ferreira, 66 anos participa é candidato pela terceira vez a prefeito de São José dos Campos. Ele também foi candidato em 2008 e 2016 e é presidente municipal do partido e foi presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da cidade, por duas vezes. Sua disputa eleitoral mais recente foi o pleito pelo Governo do Estado de São Paulo, em 2018. Em 2024, Janaina dos Reis, também do PSTU, completa a chapa.

Wagner Balieiro (PT) 

Wagner Balieiro 46 anos, é engenheiro eletricista e tem uma longa história política local. Vereador da cidade por quatro mandatos, foi candidato a prefeito de São José dos Campos em 2020, e agora retorna mais uma vez para a disputa. Durante sua trajetória política também foi secretário de Transporte e de Governo do município. Nas eleições municipais de 2024 conta dom Marina Sassi, do PSL, como vice.

 

Jacidio Junior

Repórter freelancer 

 

 https://www.jota.info/eleicoes/quem-sao-os-candidatos-a-prefeito-de-sao-jose-dos-campos-nas-eleicoes-municipais-de-2024?utm_campaign=jota_info__ultimas_noticias__destaques__1692024&utm_medium=email&utm_source=RD+Station

Dino e Planalto reduzem poder do Congresso com gastos com incêndios fora da meta fiscal

 


O arcabouço fiscal já prevê que em situações excepcionais o Executivo proponha despesas fora do limite de gastos

 

Fabio Graner

 


dino incêndios fora meta
 
 
O ministro Flávio Dino, do STF, entre o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira / Crédito: Gustavo Moreno-SCO-STF

A decisão do ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), de determinar a retirada dos gastos para combate às queimadas das regras fiscais é mais uma manobra que enseja dúvidas sobre o comprometimento fiscal do governo.

Trata-se também de mais um capítulo da dobradinha Executivo-STF para diminuir o poderio do Congresso. Outrora ministro da Justiça do presidente Lula, Dino numa canetada usurpou atribuições do Congresso, ao garantir um salvo-conduto para o governo gastar fora das amarras fiscais.

O arcabouço fiscal já prevê que em situações excepcionais o Executivo proponha despesas fora do limite de gastos por meio de crédito extraordinário, mas não dá licença para que isso seja feito sem critério.

Por isso, a regra fiscal, patrocinada pelo ministro Fernando Haddad, não retira gastos extraordinários da meta de resultado primário. O espírito da lei é forçar o governo a fazer escolhas, o que mais uma vez Lula se mostra refratário.

A rigor, mesmo a retirada da meta poderia ser feita, mediante a aprovação do Congresso, como ocorreu no episódio do Rio Grande do Sul. O governo, no entanto, negociou um atalho com seu ex-ministro. Dino tentou passar um verniz de respeito ao Congresso ao dizer que deputados e senadores terão o controle sobre os valores. Puro jogo de cena, afinal os parlamentares já tinham essa prerrogativa e agora ficam politicamente enfraquecidos.

Seja como for, a questão chave agora de fato é quanto o governo vai fazer de gastos extras. Com a palavra, o ministro Fernando Haddad, que conseguiu introjetar a agenda de gastos na pauta do Planalto, mas a cada dia tem uma polêmica fiscal nova para explicar e o desafio de mostrar que a sombra do Dilmismo não vai crescer.


Fabio Graner

Analista de economia do JOTA em Brasília. Foi repórter e colunista de economia no Valor Econômico e também atuou no Estadão, DCI e Gazeta Mercantil, com mais de 20 anos de experiência, incluindo setor público. E-mail: fabio.graner@jota.info 

 

 https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/coluna-do-graner/dino-e-planalto-reduzem-poder-do-congresso-com-gastos-com-incendios-fora-da-meta-fiscal?utm_campaign=jota_info__ultimas_noticias__destaques__1692024&utm_medium=email&utm_source=RD+Station