sábado, 15 de fevereiro de 2025

Reunião do Brics em julho será no Rio de Janeiro, anunciam Paes e Mauro Vieira

 

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciaram que a capital fluminense sediará a reunião dos chefes de Estado do Brics, nos dias 6 e 7 de julho deste ano. Na postagem, neste sábado, 15, na rede social X, Paes incluiu um vídeo em que Vieira dá a notícia.

“Agora é oficial! Brics no Rio! Obrigado presidente Lula e ministro Mauro Vieira! Estamos muito orgulhosos de receber esse grande encontro em nome de todos os brasileiros e brasileiras”, escreveu o prefeito.

No vídeo, Paes aparece ao lado de Vieira e diz que o anúncio é uma “grande notícia” e um “presente” para o Rio. Em seguida, Vieira afirma ter “grande prazer” em estar com o prefeito e em “estreitar essa colaboração, essa parceria, entre o governo federal e o Rio de Janeiro”.

“Receberemos na cidade do Rio de Janeiro chefes dos 20 países que integram o Brics, nas duas categorias de membros plenos e parceiros”, declarou o ministro. Vieira prosseguiu: “Vamos tomar decisões muito importantes para o desenvolvimento de todos esses países, para a cooperação e a melhoria da condição de vida de todos os habitantes desses países”.

Na sequência, Vieira afirmou que o Rio será, mais uma vez, “palco de uma reunião internacional”. Paes agradeceu ao governo pelo reconhecimento do “protagonismo” e da “face internacional” da capital fluminense. O prefeito também aproveitou para pedir que o governo decrete o Rio de Janeiro como a “capital honorária do Brasil”.

“A gente se sente muito orgulhoso de representar todos os brasileiros com as belezas da nossa cidade, com os seus desafios, ninguém aqui é inocente nem ingênuo, mas é uma cidade muito especial”, afirmou Paes. “Rio, mais uma vez, capital do mundo. Foi G20 ano passado, agora Brics. E quem sabe eu consiga o decreto presidencial dizendo Rio, capital honorária do Brasil”, completou.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025

Unilever Brasil nomeia Daniela Pereira como nova líder de mídia




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Crédito: Divulgação / Unilever



 Na companhia desde 2023, Daniela Pereira passa a liderar, a partir de março, a área de mídia como um todo da Unilever Brasil. Atualmente, a executiva é diretora de digital e mídia para a unidade de negócio de Cuidados com a Casa na América Latina. 

Em sua nova função, a profissional terá a missão de seguir no comando de projetos de mensuração de mídia, para garantir assertividade e eficiência dos trabalhos para as marcas. Ainda, Daniela estará a frente da Unicell, hub de inteligência de mídia do anunciante que atende todas as suas unidades de negócio, centralizando a negociação com os diferentes canais. 

Antes da Unilever, a executiva teve passagens pela Sanofi, Danone, Boehinger Ingelheim e agência Grey Group.


Fonte: Meio e Mensagem 

 

Sem citar Margem Equatorial, Marina defende investimentos em energia limpa e papel do Ibama

 Brazilian presidential candidate for the REDE party, Marina Silva, speaks during a technological forum in Sao Paulo, Brazil, on August 7, 2018

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, defendeu, nesta sexta-feira, 14, que o Brasil invista em energia limpa e na transição energética. Também citou dados de redução do desmatamento e a importância do Ibama e do ICMBio nessas ações de combate. O discurso, realizado em cerimônia ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, foi feito em meio a embates no governo sobre a liberação da pesquisa para a exploração de petróleo na Margem Equatorial, na Bacia da Foz do Amazonas.

Lula passou a defender publicamente e de forma enfática a liberação para a pesquisa na região. Tem o apoio do Ministério de Minas e Energia e de vários políticos importantes, como o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Nesta semana, o presidente chegou a dizer que há um “lenga-lenga”, que seria por parte do Ibama, para liberar os estudos.

Apesar de não citar a Margem Equatorial em nenhum momento em seu discurso, Marina Silva fez questão de enaltecer o trabalho do mesmo Ibama nas ações de combate ao desmatamento.

“Nós assumimos o compromisso de desmatamento zero até 2030. Já tivemos redução de 45% na Amazônia, 27% na Mata Atlântica, de 77% no Pantanal e de 48% no Cerrado. Isso é o esforço inicial para que a gente chegue ao desmatamento zero, fazendo com que o desmatamento, que estava fora de controle, voltasse a ter combate, aumentando as ações de fiscalização do Ibama em 96%, do ICMBio em quase 200%”, disse a ministra. “O Brasil é o País que pode dar uma grande contribuição para o desenvolvimento sustentável, como a gente pode fazer as coisas provando que é possível compatibilizar a proteção da floresta e o seu uso”, declarou.

Na quinta-feira, 13, Lula disse que sonha com o fim do uso de combustíveis fósseis, mas que “esse dia está longe ainda”. “Eu sou favorável e sonho que um dia a gente não precise de combustível fóssil. Acho que um dia não vamos precisar. Mas esse dia está longe ainda. A humanidade vai precisar (de) muito tempo”, disse o presidente em entrevista a uma rádio do Amapá.

Para a ministra do Meio Ambiente, no entanto, o Brasil tem a oportunidade de receber grandes aportes de recursos justamente em empreendimentos de energia limpa, não de combustíveis fósseis.

“Podemos dizer que o Brasil pode ser o endereço dos melhores investimentos. A China se constitui hoje como o País de maior contribuição em tecnologia para transição climática. O Brasil pode ser o endereço dos melhores investimentos, porque tem energia limpa e tem que continuar investindo na descarbonização da sua matriz energética, inclusive com hidrogênio verde. Não apenas para exportar, mas usar essa energia limpa para transformar nossa matéria-prima em riqueza e produtos materiais”, declarou Marina.

Nesta sexta-feira, 14, em entrevista a uma rádio de Belém, o presidente Lula disse que Marina é “muito inteligente” e “jamais será contra” a exploração de petróleo na Margem Equatorial, mas que a questão é “como fazer” a pesquisa e a exploração de modo a não causar danos ambientais. “Tenho certeza de que a Marina jamais será contra, porque ela é muito inteligente. Não é que ela não queira fazer, mas é como fazer. Esse como fazer é uma coisa que eu quero, ela quer e você quer. Como fazer para não sermos predatórios com a nossa querida Amazônia. Por isso vamos fazer com muita responsabilidade. E se tiver petróleo, vamos ter mais dinheiro para fazer educação, saúde, ciência e tecnologia, mais gente no Ibama, professor, médico”, afirmou.

Desde que o presidente intensificou a pressão em relação à liberação para pesquisas na Margem Equatorial, Marina não deu declarações públicas sobre o tema, seja para ser a favor ou contra.

Luiza Trajano provoca Galípolo em evento na Fiesp e pede que BC pare de aumentar juros

 

A empresária Luiza Trajano, do Magazine Luiza, pediu ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, que não comunique novos aumentos na taxa básica de juros, a Selic.

“Eu vou pedir pra ele não comunicar mais que vai ter aumentos de juros, porque aí já atrapalha tudo desde o começo”, disse Trajano durante um encontro entre o chefe de política monetária e empresários na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) nesta sexta-feira, 14. O pedido, em tom espontâneo e bem humorado, provocou risadas dos presentes.

Durante o encontro, Gabriel Galípolo buscou defender o papel técnico do Banco Central, comentou o cenário internacional e os dados da economia brasileira. Em seguida, foi aberto para comentários de empresários.

Trajano não estava sozinha

Outros empresários queixaram-se do patamar dos juros. O primeiro a falar e a criticar foi Eugênio Staub, dono da Gradiente. “O segmento industrial declinou e não tem perspectiva de uma reação do mercado a curto prazo por diversas razões, e uma delas é custo financeiro. Não é possível investir em indústria a uma taxa real de 8, 10 ou mais por cento.”

Staub elogiou o trabalho de Galípolo, porém disse acreditar que “problemas estruturais” necessitam de um “pacto nacional” para serem resolvidos e alavancarem novamente a indústria.

Trajano afirmou concordar com Staub e comentou o impacto dos juros no seu setor de atuação. “O varejo é o primeiro que sofre e o primeiro que demanda. A pequena e média empresa não aguenta mais viver com isso. Não tem condição, e é ela que gera emprego”, disse. “Essa forma não está dando certo. A gente tem que pensar fora da caixa. Nós temos que sair do diagnóstico e ir pra ação, se não vamos ter pra sempre o Brasil do futuro.”

Galípolo defende BC

Em sua fala de encerramento, Galípolo não respondeu diretamente às críticas, porém defendeu as decisões da autarquia como importantes para combater a inflação. “A defesa da moeda é o mandato do Banco Central e é um mandato que o Banco Central não vai se desviar”, disse.

Assim como Staub, o presidente do BC  também citou “problemas estruturais” e disse ser necessário buscar soluções para além da política monetária. “Tenho certeza que todo mundo tem o mesmo objetivo e o diálogo, a troca de ideias e ouvir as opiniões sempre é muito importante para que a gente possa fazer essa construção”, concluiu.

CVM inicia processo que acusa KPMG no caso de fraude contábil da Americanas

 


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Crédito: Divulgação / Americanas


A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) iniciou o processo administrativo sancionador que acusa a auditoria KPMG e uma de suas sócias, Carla Bellangero, no caso de fraude contábil da Americanas. A auditoria era responsável pela análise do balanço da varejista durante parte do período. A abertura do processo ocorreu em 26 de novembro de 2024 e já conta com acusação formulada e vai a julgamento. Mas como a peça acusatória não é pública, ainda não há detalhes sobre o texto da acusação. 

A fase atual, iniciada na última quinta-feira (13), é de citação dos acusados com comunicação externa. Agora, o processo está na Gerência de Controle de Processos Sancionadores. Esse novo processo se soma a outros dois que já estavam em curso no órgão regulador envolvendo ex-diretores da companhia.


Fonte: Valor Econômico



Grupo St Marche tenta realizar reestruturação extrajudicial

 


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Crédito: Reprodução / Marcas Mais


  O St Marche está trabalhando com assessores para tentar reestruturar a sua dívida com credores, que chega a cerca de R$ 314 milhões, de acordo com suas demonstrações financeiras de 2023, as últimas disponíveis. Atualmente, segundo pessoas familiarizadas no assunto, a rede de supermercados premium tenta realizar uma reestruturação extrajudicial. O BTG Pactual é um dos principais credores da empresa.

 A rede varejista é controlada pela L Catterton, empresa de private equity, que tenta vender a sua participação no negócio. O St Marche registrou um prejuízo de R$ 62 milhões em 2023, após perder mais de R$ 66 milhões em 2022. Uma explicação para o cenário do grupo pode estar nas altas taxas de juros e inflação persistente, que têm afetado todas as empresas de varejo. O Banco Central prevê que a inflação anual permanecerá acima da meta de 3% nos próximos meses, o que exige uma política monetária mais apertada.  


Fonte: Bloomberg

Guerra tarifária é prejudicial, mas pode afetar Brasil em menor intensidade, diz Galípolo

 

O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou que as taxas impostas por Donald Trump em seu segundo mandato presidencial são prejudiciais, porém terão impacto maior em parceiros comerciais mais próximos dos Estados Unidos, como o México.

“Perceba que há uma sutileza aqui. Eu não estou dizendo que com as tarifas é melhor para o Brasil. Não, com certeza não há dúvida de que em qualquer condição do comércio é melhor sem a gente ter uma guerra tarifária. O que eu estou colocando aqui simplesmente é que no relativo, ou seja, comparativamente, talvez para o Brasil seja menos prejudicial do que, por exemplo, para o México”, disse.

O motivo do cenário relativamente melhor para o Brasil seria o fato de o país ser menos dependente do que o México do comércio com os Estados Unidos. A fala ocorreu durante encontro com empresários organizado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na manhã desta sexta-feira, 14.

Galípolo chegou a se escusar por falar “como cidadão” e não como presidente da autarquia ao criticar, sem citar nomes, a política realizada por Donald Trump.

“Quanto indivíduo, não sinto qualquer tipo de satisfação em pensar no desenvolvimento do meu país em detrimento do desenvolvimento de algum outro”, disse Galípolo. “Eu acho que é importante que a gente tente ser um canalizador e agente para discutir quais são os patamares possíveis de uma nova globalização que busque essas outras dimensões, como a dimensão da sustentabilidade ambiental, social e esfera de governança.”

Galípolo defende atuação ‘técnica’ do BC

Segundo o presidente do Banco Central, as tarifas adicionam ainda um cenário de “incerteza” nas decisões de política monetária. “Essa incerteza, em função de ocorrer ou não ocorrer, tem influenciado o preço dos ativos”, disse.

O presidente do Banco Central falou pouco sobre as decisões de política monetária da autarquia, e destacou que buscaria se limitar ao que já foi dito nas comunicações oficiais. “Quem está na mesa ou na plateia acompanhando tenta fazer alguma pergunta para extrair alguma informação adicional da comunicação oficial e o banqueiro central tenta murmurar com grande incoerência para não dar nenhum formação adicional da comunicação oficial. Essa é mais ou menos mais ou menos a coreografia que é esperada aqui”, brincou.

Galípolo repetiu assim fala já feita em outras ocasiões sobre como o Banco Central deve ter “agressividade” nos momentos de aumentar os juros, e “parcimônia” nos momentos de desaceleração. “Do ponto de vista na função de reação do Banco Central, a gente foi bastante assertivo e claro”, disse.

A taxa básica de juros está atualmente em 13,25% após o Comitê de Política Monetária (Copom) promover um aumento de um ponto percentual em sua primeira reunião do ano. O órgão já sinalizou que fará  outra alta da mesma magnitude em seu próximo encontro, a ser realizado nos dias 18 e 19 de março.

“O mandato do Banco Central é colocar a taxa de juros em um patamar restritivo suficiente, pelo tempo que for necessário, para que possa convergir a inflação para o centro da meta”, defendeu. “O remédio vai funcionar. O Banco Central tem as ferramentas para conduzir a política monetária, para perseguir a meta, e não vai se esquivar.”

Galípolo respondia uma pergunta sobre se há um problema de dominância fiscal no país, conceito atribuído aos momentos em que o descontrole dos gastos do governo passa a restringir o efeito da política monetária.

“O papel do Banco Central sempre é entender como que a leitura que existe sobre a política fiscal por parte dos agentes influencia os preços dos ativos”, disse. “Há uma posição majoritária por parte dos agentes que entende que sim, que a política monetária vai dar conta de produzir uma desaceleração da economia, por isso que a gente vê inclusive nas projeções econômicas um crescimento menor.”

O crescimento incompatível com a capacidade produtiva do país foi apontado por analistas do mercado financeiro como uma das possíveis causas para a inflação acima da meta em 2024. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano em 4,83%. A meta era de 3%, com 1,5 ponto percentual de tolerância para cima ou para baixo.