terça-feira, 30 de setembro de 2025

Nubank solicita licença bancária nacional nos Estados Unidos

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O Nubank anunciou nesta terça-feira, 30, que solicitou uma licença de banco nacional ao Escritório do Controlador da Moeda (OCC, na sigla em inglês) dos Estados Unidos. A iniciativa está relacionada à intenção da empresa de explorar oportunidades internacionais no futuro, evoluindo sua plataforma regional para um modelo global.

Segundo a fintech, a busca pela autorização para operar como banco nacional nos Estados Unidos prepara o Nubank para acessar novas possibilidades no mercado financeiro norte-americano.

“Hoje, nosso foco principal continua sendo gerar crescimento em nossos mercados atuais, onde seguimos observando amplas oportunidades de expansão. Ao mesmo tempo, a solicitação da licença de banco nacional nos EUA nos ajuda a atender melhor nossos clientes já estabelecidos no país e, no futuro, a nos conectar com pessoas que têm necessidades financeiras semelhantes e que poderiam se beneficiar de nossos produtos e serviços”, disse David Vélez, fundador e CEO da Nu Holdings, em nota.

O Nubank destaca que a licença de banco nacional junto ao OCC reforçará sua capacidade de inovar com responsabilidade e escalar de forma eficiente no mercado dos EUA, eventualmente oferecendo no futuro contas de depósito, cartão de crédito, empréstimos e custódia de ativos digitais, refletindo a atuação em conformidade com as regulações vigentes, que orienta suas operações no Brasil, no México e na Colômbia.

No México, a subsidiária Nu México recebeu autorização para se tornar um banco pela Comisión Nacional Bancaria y de Valores (CNBV) em abril de 2025 e aguarda aprovação operacional final.

O Conselho de Administração da operação nos EUA será composto por:

– Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central do Brasil, que atuará como presidente do conselho;

– Cristina Junqueira, que é cofundadora, Chief Growth Officer da Nu Holdings e CEO da nova operação nos EUA;

– Youssef Lahrech, ex-presidente e COO do Nu e atual observador do Comitê de Auditoria e Risco do Nu;

– Brian Brooks, ex-Comptroller of the Currency interino e atualmente presidente do conselho e CEO da Meridian Capital Group; e

– Kelley Morrell, ex-diretora geral sênior da Blackstone, ex-diretora-chefe de estratégia do CIT Group e ex-executiva do Departamento do Tesouro dos EUA, atualmente fundadora e sócia-gestora da Highline Capital Management.

Tarcísio descarta envolvimento do PCC em adulteração de bebidas

 

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) descartou o envolvimento do PCC na adulteração de bebidas alcoólicas. Em coletiva de imprensa nesta terça, 30, ele afirmou que “não há evidências de participação do crime organizado.”

“Pessoas que trabalham nas destilarias investigadas não tem ligação com o crime e não têm ligação entre si”, completou.

A hipótese de elo com a facção foi levantada pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação. Em nota divulgada no domingo, 28, a entidade apontou que a substância usada para adulterar as bebidas pode ser a mesma importada ilegalmente pelo PCC para misturar aos combustíveis.

A gestão estadual anunciou a interdição dos estabelecimentos suspeitos de vender bebidas contaminadas. A medida é cautelar e foi tomada após o Estado registrar cinco mortes suspeitas de intoxicação por metanol. Outros 15 casos de contaminação são investigados.

PF abre investigação

Mais cedo, o governo federal anunciou que a Polícia Federal abriu inquérito para investigar a contaminação de bebidas alcoólicas com metanol.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que pediu a abertura do inquérito após indícios de que haja distribuição de bebidas contaminadas para outros Estados do País.

“No momento, (as ocorrências) estão concentradas em São Paulo, mas tudo indica que há distribuição para além do Estado de São Paulo e, portanto, por ser ocorrência que transcende o limite de um Estado atrai a competência da Polícia Federal”, disse o ministro.

SP investiga 5 mortes e 15 casos de intoxicação com Metanol

 

 

 

O Estado de São Paulo investiga cinco mortes e 15 casos de contaminação com suspeita de intoxicação por metanol. O governo paulista também vai fechar estabelecimentos suspeitos de vender bebidas contaminadas e descartou envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas adulterações.

A hipótese de elo com a facção foi levantada pela Associação Brasileira de Combate à Falsificação. No domingo, 28, a entidade havia apontado que a substância usada para adulterar as bebidas poderia ser a mesma importada ilegalmente pela facção para ser misturada nos combustíveis.

Na segunda-feira, 29, mais de cem garrafas foram apreendidas na Mooca e nos Jardins. Um dos alvos da ação foi o bar Ministro, na Alameda Lorena, nos Jardins, onde uma das vítimas disse ter consumido bebida alcoólica antes de passar mal e perder a visão. Ela continua hospitalizada.

O endereço é citado no Boletim de Ocorrência registrado por familiares da vítima, documento ao qual o Estadão teve acesso. As autoridades não divulgaram a lista de estabelecimentos suspeitos – são três e ao menos dois terão o bloqueio temporários pelas autoridades.

Os primeiros sintomas da intoxicação por metanol aparecem logo após a ingestão da substância, geralmente usada ilegalmente para adulterar bebidas alcoólicas como gim, whisky e vodka.

Essas manifestações iniciais são parecidas com os sinais de embriaguez, como fala pastosa e reflexos diminuídos. Mas a contaminação pode levar a efeitos mais graves, como alterações no sistema nervoso central que podem variar da sonolência à cegueira.

PF abre investigação

Mais cedo, o governo federal anunciou que a Polícia Federal abriu inquérito para investigar a contaminação de bebidas alcoólicas com metanol.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, afirmou que pediu a abertura do inquérito após indícios de que haja distribuição de bebidas contaminadas para outros Estados.

“No momento, (as ocorrências) estão concentradas em São Paulo, mas tudo indica que há distribuição para além do Estado de São Paulo e, portanto, por ser ocorrência que transcende o limite de um Estado atrai a competência da Polícia Federal”, disse o ministro.

Serasa Experian: recuperação judicial no Agro sobe 32% no 2º trimestre ante 2024

 Agro 10 Brasil

São Paulo, 30 – O número de pedidos de recuperação judicial no agronegócio brasileiro cresceu 31,7% no segundo trimestre, para 565 solicitações, de acordo com o Indicador de Recuperação Judicial Agro da Serasa Experian. Em igual período de 2024, haviam sido registrados 429 pedidos.

No trimestre aumentou a participação de produtores rurais que atuam como pessoa jurídica, que responderam por 243 pedidos, quase o dobro em relação a 2024 (121).

“A surpresa foi o fato de produtores que atuam como PJ, que possuem maior porte e são mais organizados em sua maioria, terem uma quantidade superior de RJs do que produtores que atuam como PF. É a primeira vez que isso acontece desde o último trimestre de 2023”, afirmou o head de Agronegócio da Serasa Experian, Marcelo Pimenta.

Entre os produtores PJ, os sojicultores lideraram os requerimentos, com 192 pedidos, seguidos pelos criadores de bovinos, com 26. Já entre os produtores que atuam como pessoa física, foram 220 solicitações, ante 214 no igual período do ano passado.

Os grandes proprietários responderam pela maior parte (55), seguidos pelos médios (43) e pequenos (39). Arrendatários e grupos econômicos ou familiares também tiveram forte participação, somando 83 pedidos.

As empresas do setor agro registraram 102 solicitações, o maior volume recente e acima das 94 do igual período de 2024. O processamento de agroderivados, como óleo e farelo de soja, açúcar, etanol e laticínios, foi o segmento mais afetado, com 32 pedidos, seguido pela agroindústria da transformação primária (22) e o comércio atacadista de produtos agropecuários primários (18).

O levantamento da Serasa Experian é construído a partir das estatísticas de processos do número de documentos que solicitam recuperação judicial no agronegócio registradas mensalmente na base de dados da companhia e provenientes dos tribunais de justiça de todos os Estados. Estão contemplados neste levantamento proprietários e produtores rurais de todos os portes que atuam como pessoas físicas e jurídicas, além de empresas demandantes do recurso analisado que possuem Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) principal constante no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da cadeia agro. Além disso, as análises estaduais são realizadas de acordo com a unidade federativa atrelada ao cadastro do demandante.

Itaúsa mantém governança como pilar e Itaú mira R$ 1 trilhão em crédito sustentável até 2030

 

Durante o Panorama Itaúsa 2025, executivos da holding frisaram por diversas vezes que a governança segue sendo uma prioridade e um critério comum para todas as empresas da holding.

“Procuramos sempre levar as melhores práticas de governança. Com boa governança é possível crescer mais e administrar melhor os riscos. Isso para nós é um pilar que não abrimos mão em nenhum investimento que já temos”, disse Alfredo Setubal, CEO da Itaúsa.

O executivo também observou que a empresa tem um ‘controle sólido’ e que analisa com precisão o que considera ‘risco reputacional’ – uma das prioridades da holding, dada a base de 920 mil acionistas.

Sobre empresas específicas da holding, o CEO do Itaú, Milton Maluhy Filho destacou que ao fim do ano de 2024 o banco firmou como meta R$ 1 trilhão em crédito sustentável até 2030.

“Lançamos o programa porque batemos a meta anterior, que era mais de R$ 400 bilhões em financiamento e estruturações no mercado de capitais. Nós batemos essa meta um ano e meio antes”, disse o CEO.

Itaú passou a integrar aliança vinculada à ONU

Além disso, o executivo frisou que a companhia passou a integrar a Aliança Bancária Net-Zero (NZBA, na sigla em inglês) – uma aliança global de bancos, promovida pela UNEP Finance Initiative (UNEP FI), vinculada à ONU, que ajuda os bancos a alinharem atividades de crédito e investimento com trajetórias de emissão líquida zero de gases de efeito estufa até 2050.

Dentre as metas firmadas pela aliança que o Itaú passou a integrar estão alcançar neutralidade de carbono nas suas operações de financiamento e investimento e também nas emissões atribuíveis de seus portfólios até 2050 ou antes.

O banco também deve firmar metas para 2030 (ou antes) para os setores que mais emitem, priorizando os portfólios com maiores impactos de gases de efeito estufa, e criar estratégias para transição climática nos portfólios.

Atualmente o NZBA tem bancos de todo o mundo, somando cerca de 140 bancos de 45 países.

Itegram a aliança também Santander, CaixaBank, BBVA, Intesa Sanpaolo, dentre outros. Há também um grupo diretivo dentro da aliança, formado por alguns bancos eleitos para liderar – contemplando players como Bank of America, Banorte, Maybank e Royal Bank of Canada.

Banco quer ser ESG sem ser ‘policialesco’

O CEO do Itaú declarou que a da companhia meta é ‘ser o banco da transição para uma economia com menos carbono’, mas que a gestão não quer ‘ter uma postura policialesca’. Maluhy falou durante o evento Panorama Itaúsa 2025, que ocorreu nesta terça-feira, 30.

A visão da gestão, segundo o executivo, é que essa postura ‘prejudica a empresa e prejudica também os clientes’.

Taxa de desemprego estaciona na mínima histórica de 5,6% em agosto, mostra IBGE

 Carteira de trabalho


segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Com fábrica destruída, Toyota deixará de produzir 25 mil carros no Brasil em 2025

 

A Toyota deixará de produzir cerca de 25 mil carros no Brasil até o final de 2025, após uma tempestade com ventos de 90 km/h destruir sua fábrica de motores em Porto Feliz (SP) na tarde de segunda-feira, 22. A informação foi confirmada com interlocutores da montadora.

A unidade fornece propulsores 1.5 e 2.0 às demais plantas. Em Sorocaba (SP) são feitos o Corolla Cross, Yaris (exportação) e Yaris Cross (que seria lançado no dia 16 de outubro, mas foi adiado); e em Indaiatuba (SP) é montado o Corolla sedã.

Houve a paralisação total da companhia no país, desde quarta-feira, 24. No entanto, a fabricante estuda importar motores de outros países para mitigar a situação, mas a previsão, por enquanto, é que a produção retome em 2026.

Fábrica da Toyota em Porto Feliz é parcialmente destruída após tempestade
Fábrica da Toyota em Porto Feliz é parcialmente destruída após tempestade

Lançamento do Yaris Cross adiado

O lançamento do Yaris Cross, previsto para outubro, foi adiado oficialmente pela Toyota. A montadora confirmou a informação na quarta-feira, 24.

Questionada, a fabricante afirma que “o lançamento do veículo será reprogramado”. Ainda não há uma nova previsão.

Uma visão de drone mostra uma fábrica da Toyota após sua produção ter sido forçada a parar devido a danos causados ​​por uma tempestade, em Porto Feliz, no estado de São Paulo, Brasil, em 24 de setembro de 2025 – Foto: REUTERS/Jorge Silva

Yaris Cross

Com o fim da venda do Yaris hatch e sedã no mercado brasileiro, o SUV será o modelo mais barato da Toyota no país. Ele é parte do investimento de R$ 11,5 bilhões anunciado em março de 2024.

De acordo com lojistas, o produto será comercializado entre R$ 130 mil e 190 mil e vai enfrentar Volkswagen T-Cross, Chevrolet Tracker, Nissan Kicks, Hyundai Creta e Honda HR-V, para citar.

Mesmo adiado, a pré-venda dele ocorre normalmente nas lojas paulistanas. Os interessados devem dar um sinal de R$ 10 mil para reservá-lo.

Yaris Cross será um dos lançamentos da Toyota no Brasil em 2025 e cotado para o Salão do Automóvel
Yaris Cross será um dos lançamentos da Toyota no Brasil em 2025 e cotado para o Salão do Automóvel – Foto: Divulgação

Trabalhadores da Toyota aprovam layoff em assembleia

Durante a reconstrução da fábrica de Porto Feliz, os trabalhadores, tanto do local quanto de Sorocaba e Indaiatuba, terão os empregos mantidos. Essa é a promessa da montadora, que se reuniu com os sindicatos de Sorocaba e Itu, na quarta-feira, 24.

No domingo, 28, os trabalhadores da fábrica da Toyota de Sorocaba (SP) aprovaram o layoff proposto pela montadora. O resultado foi divulgado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Sorocaba e Região.

A proposta foi aprovada por 96,28% dos votantes. Dos 4.492 trabalhadores aptos a votar, 3.709 participaram da votação.

“Mesmo diante das dificuldades, conseguimos assegurar conquistas importantes, como o pagamento integral do PPR e a estabilidade no emprego durante o período do layoff. Esse resultado mostra a confiança da categoria no trabalho do Sindicato e reafirma nosso compromisso com a defesa dos direitos e dos empregos”, afirmou Leandro Soares, presidente do sindicato.

Com a aprovação, o acordo entra em vigor já na sequência das férias emergenciais de 20 dias, que terão início em 1º de outubro de 2025. A partir de 21 de outubro, será implementado o layoff, com possibilidade de prorrogação mensal por até 150 dias.

De acordo com o sindicato, um dos pontos centrais da negociação foi a garantia de que todos os trabalhadores que recebem salário bruto de até R$ 10.000 terão 100% do pagamento líquido preservado durante o período do layoff, assegurando estabilidade financeira às famílias.

“O desafio agora é acompanhar de perto a execução do acordo e garantir que os compromissos assumidos sejam cumpridos. Continuaremos firmes na luta por soluções que preservem os empregos e valorizem a categoria”, concluiu Leandro.

Ainda não há informações atualizadas sobre a situação dos demais empregados de Indaiatuba e Porto Feliz. A Toyota conta com aproximadamente 7 mil trabalhadores nas três plantas.