
O dólar apresentou queda frente a moedas rivais nesta terça-feira, 11, pressionado por preocupações com a deterioração do mercado de trabalho dos Estados Unidos. Investidores também acompanharam expectativas de reabertura do governo americano, além de pressão sobre o setor de tecnologia em Nova York.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, encerrou o dia com baixa de 0,15%, a 99,443 pontos. Por volta das 17h50 (de Brasília), o dólar operava próximo da estabilidade ante a moeda japonesa, a 154,14 ienes, enquanto o euro se valorizava a US$ 1,1587 e a libra recuava a US$ 1,3164.
Em dia de feriado do Dia dos Veteranos, que deixou o mercado de títulos públicos sem negócios, o movimento do câmbio ocorreu após relatório da ADP indicar que o setor privado eliminou, em média, 11.250 vagas por semana nas quatro semanas até 25 de outubro, reforçando a percepção de fragilidade na economia americana.
A expectativa também cresce com a iminente reabertura das atividades do governo federal, que deve liberar uma série de indicadores econômicos represados durante a paralisação. “Quando o governo está fechado, o fluxo de notícias é inexistente. Com a reabertura, acho que começaremos a ver mais fragilidades”, afirmou Marc Chandler, estrategista-chefe da Bannockburn Global Forex.
Chris Turner, diretor global de mercados do ING, observou que a paralisação parece perto do fim, restando apenas a votação na Câmara dos Representantes. “As implicações para o câmbio são mais visíveis em moedas de alta volatilidade, e não há uma direção clara para o dólar”, disse em nota.
Entre outras moedas, o euro foi sustentado por sinais de riscos equilibrados para a inflação na zona do euro e crescimento econômico acima do esperado. Por sua vez, a libra esterlina terminou o dia em queda, após dados mostrarem arrefecimento do mercado de trabalho britânico no terceiro trimestre.




