quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Família Diniz vende participação no Carrefour da França e Saadé se torna principal acionista

 


Imagem destaque: Família Diniz vende participação no Carrefour da França e Saadé se torna principal acionista


 A família Diniz, através da gestora Península, vendeu sua participação no Carrefour na França, que detinha há 10 anos. Com isso, os brasileiros, que eram os segundos maiores acionistas da companhia, atrás apenas dos donos franceses, deixam o controle do grupo. Em seu lugar, entrou a família Saadé, tornando-se a acionista principal da companhia. 

A Península tinha participação de 8,4% no grupo francês. Segundo informações da IstoÉ Dinheiro, o Carrefour vale cerca de 9,35 bilhões de euros em Paris, o que avalia a participação da família Diniz perto de 800 milhões de euros - aproximadamente R$ 5 bilhões pelo câmbio atual.

 

 

 https://gironews.com/supermercado/familia-diniz-vende-participacao-no-carrefour-da-franca-e-saade-se-torna-principal-acionista/

 

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Petrobras pressiona Lula por veto que tira quase R$ 1 bi da transição energética

 

Enquanto Lula promete na COP30 ampliar os investimentos em transição energética, a Petrobras atua nos bastidores para convencer o governo a vetar um dispositivo que garantiria quase R$ 1 bilhão a mais para essa mesma finalidade.

O ponto de conflito é um trecho da medida provisória aprovada pelo Congresso que altera a forma de cálculo do preço de referência do petróleo — base para definir quanto as petroleiras pagam de royalties e participações especiais. A mudança elevaria em cerca de 4,7% o valor do barril usado como referência, o que renderia ao país R$ 6 bilhões extras por ano.

Pela fórmula legal, cerca de R$ 2 bilhões desse total iriam direto para o Fundo Social, abastecido com parte das receitas do petróleo. Desse reforço, R$ 923 milhões seriam destinados a projetos de habitação e transição energética em 2026, áreas priorizadas pelo Conselho Deliberativo do Fundo Social.

Mas o dinheiro pode não vir. A Petrobras tem sinalizado preocupação com o trecho da MP que altera o cálculo do preço de referência do petróleo. A diretora de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia, Angélica Laureano, afirmou que a mudança “alerta” a companhia porque o aumento dos royalties seria “um problema para o setor”. A declaração foi dada durante um painel da OTC Brasil, um dos principais eventos da área de energia.

O prazo para decisão de Lula termina no dia 24, três dias após o encerramento da conferência climática. Caso o veto pedido pela estatal se confirme, o governo deixará de reforçar justamente o fundo que financia políticas ambientais e climáticas.

Criado em 2010, o Fundo Social canaliza parte das receitas do pré-sal para áreas sociais e ambientais. Hoje, 46% das participações especiais e até 25% dos royalties do petróleo alimentam o caixa do fundo, que pode ser aplicado em educação, habitação e transição energética.

A proposta aprovada no Congresso foi relatada pelo senador Eduardo Braga, que defendeu o texto como forma de “dar mais realismo” aos preços e “contribuir para o equilíbrio fiscal”.

Leia mais na Coluna Guilherme Amado no PlatôBR

 

Galípolo diz que BC não indicou próximos passos: ‘Se entendeu algum sinal, entendeu errado’

 

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reafirmou nesta quarta-feira, 12, o compromisso da autarquia com a meta de inflação e reforçou que não há sinais na comunicação do BC sobre os passos futuros na condução da política monetária. “Se você entendeu algum sinal na comunicação sobre o futuro, entendeu errado”, disse Galípolo.

Ele destacou que a comunicação da autarquia reflete a leitura atual do colegiado, em uma postura “humilde e modesta perante a incerteza”.

Galípolo disse que entende ser normal o debate sobre o que será – e o que não será feito – nos próximos passos do Banco Central e reforçou a atuação da instituição. “Esse é um BC que tem calcado a sua comunicação em fatos e dependência de dados”, afirmou, durante apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do primeiro semestre, em São Paulo.

Ele ainda afirmou que, no serviço público, talvez o Banco Central tenha o objetivo “mais claro de todos”, que é perseguir a meta de inflação. “Está bem claro porque estamos com taxa de juros em patamar restritivo”, reiterou.

Efeito lento e gradual

O presidente do Banco Central reiterou que a política monetária está surtindo efeito na economia, ainda que de forma lenta e gradual.

De acordo com ele, a taxa de juros aumentou o custo de capital para famílias e empresas.

“O aumento do custo de capital não gerou uma queda, mas uma desaceleração no crescimento”, disse Galípolo.

Isenção do IR

Galípolo enfatizou que a decisão do BC de incorporar um efeito da isenção do Imposto de Renda (IR) no cenário de referência é preliminar e reflete a postura dependente de dados do BC. “Existe claramente um trade-off entre estar mais dependente de dados e coletá-los para que a gente vá aprendendo com ele e incorporando. Até agora, essa estratégia se pagou”, afirmou.

Ele comparou a incorporação preliminar da medida nas projeções do BC com a incorporação de medidas como o pagamento de precatórios e a liberação de crédito consignado privado. “Vamos continuar assistindo para entender qual é o desdobramento e qual é o impacto efetivo de uma medida como essa, em uma conjuntura como essa descrita no relatório”, ressaltou.

O presidente do BC ainda voltou a repetir que o colegiado segue desconfortável com a desancoragem das expectativas de inflação em todos os horizontes.

 


IBM apresenta novo processador quântico e mira vantagem sobre computadores clássicos até 2026

 

A IBM anunciou nesta quarta-feira, 12, novos avanços em sua linha de processadores e softwares de computação quântica, com o objetivo de alcançar a chamada “vantagem quântica” até o fim de 2026 e desenvolver um computador quântico tolerante a falhas até 2029. Segundo comunicado da empresa, o novo processador IBM Quantum Nighthawk permitirá executar “circuitos com 30% mais complexidade” do que o modelo anterior, graças a uma arquitetura com 120 qubits, que processam informação quântica, e 218 acopladores de última geração, que permitem a interação entre eles para executar cálculos complexos.

A companhia afirmou que o chip deve ser entregue a usuários até o fim de 2025 e que futuras versões poderão chegar a 15 mil portas quânticas até 2028. O comunicado também destaca o processador experimental Quantum Loon, que “demonstra todos os elementos de hardware necessários” para a computação quântica tolerante a falhas. A IBM diz ter conseguido “decodificação eficiente de erros quânticos” dez vezes mais rápida que as técnicas anteriores, resultado alcançado um ano antes do previsto.

Além do hardware, a empresa anunciou novas capacidades em seu software Qiskit, com aumento de 24% na precisão e redução em mais de 100 vezes no custo de extração de resultados exatos, graças à integração com supercomputadores. A IBM também informou ter dobrado a velocidade de desenvolvimento de seus chips com a migração da produção para uma fábrica de placas (wafers) de 300 milímetros – capaz de produzir mais processadores por lote e acelerar o desenvolvimento dos dispositivos – no complexo Albany NanoTech, em Nova York.

BRAZIL JOURNAL: a carta de despedida de Warren Buffett para emoldurar

 

Warren Buffett se despediu do cargo de CEO da Berkshire Hathaway da mesma forma como conduziu sua trajetória espetacular: quietly and wisely.

Em sua última carta anual do Dia de Ação de Graças como CEO da empresa, publicada ontem, Buffett fez uma série de relatos pessoais, compartilhou lições que aprendeu ao longo de seus 95 anos, falou dos filhos – que têm 72, 70 e 67 anos – lembrou do valor da amizade e dos erros cometidos, e disse que a grandeza não está em ter bilhões.

Um dos trechos da carta:

“A grandeza não vem pelo acúmulo de grandes quantias de dinheiro, de muita fama ou poder político. Quando você ajuda alguém, de milhares de maneiras possíveis, você ajuda o mundo. A gentileza não custa nada, mas também não tem preço. Seja você religioso ou não, é difícil superar a Regra de Ouro como guia de comportamento”.

Leia a matéria completa no Brazil Journal. 

 

 

Produtor da TV Globo é agredido durante reportagem; assista ao vídeo

 


Repórter e cinegrafista que acompanhavam o produtor reagiram rapidamente e conseguiram conter a situação

 


Reprodução
Produtor da TV Globo é agredido durante reportagem
Foto: Reprodução

Um produtor da TV Globo foi agredido na tarde desta terça-feira, 11, em Brasília, enquanto acompanhava a gravação de uma reportagem para o ‘Jornal Nacional’. A equipe registrava imagens nas proximidades de uma agência do INSS quando o profissional foi surpreendido por um homem que o imobilizou com um golpe conhecido como “mata-leão”.

De acordo com a emissora, o agressor ainda não foi identificado. O repórter e o cinegrafista que acompanhavam o produtor reagiram rapidamente e conseguiram conter a situação antes que ela se agravasse.

Após o ataque, a equipe deixou o local e procurou uma delegacia para registrar boletim de ocorrência. reportagem tratava da atuação de “puxadores”, pessoas que abordam segurados do INSS oferecendo, de forma irregular, ajuda para acelerar a liberação de benefícios.

Em nota, a TV Globo lamentou o episódio e informou que o profissional passa bem. O caso será investigado pelas autoridades do Distrito Federal.

 

 https://istoe.com.br/produtor-da-tv-globo-agredido-video

Setor de serviços do Brasil cresce acima do esperado em setembro e atinge novo recorde

 

O volume do setor de serviços do Brasil cresceu mais que o esperado por economistas em setembro, marcando o oitavo mês consecutivo de alta e renovando o ápice da série histórica, mostraram dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira, 12.

O setor, que tem sido importante pilar de sustentação da atividade no país em meio ao aperto monetário, cresceu 0,6% sobre agosto, na série com ajuste sazonal, e avançou 4,1% na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Em pesquisa da Reuters, economistas previam alta de 0,4% frente a setembro e de 3,6% no ano.

Três das cinco atividades pesquisadas cresceram em setembro frente a agosto, com destaque para a alta de 1,2% de transportes, impulsionado principalmente pelo transporte rodoviário de carga.

“A recuperação do transporte rodoviário de cargas tem sido determinante para essa sustentação do setor de serviços em patamares elevados”, disse o gerente da pesquisa do IBGE, Rodrigo Lobo, em nota. “Há uma correlação direta do aumento da receita das empresas do transporte de cargas, especialmente o rodoviário, com o aumento do escoamento da safra agrícola.”

Os serviços de informação e comunicação e o grupo “outros serviços”, que inclui seguros, planos de saúde e previdência, entre outros, cresceram respectivamente 1,2% e 0,6%.

Já os serviços profissionais e administrativos encolheram 0,6% no mês, enquanto os serviços prestados às famílias sofreram queda de 0,5%, sob o impacto de uma menor receita do setor de restaurantes.

“A difusão dos ganhos, com três dos cinco grupos em alta, sugere continuidade do crescimento em ritmo gradual, com informação, comunicação e logística como principais vetores positivos”, disse o economista do ASA Leonardo Costa, em nota.

Em entrevista à imprensa, Lobo disse não ver efeitos do tarifaço dos Estados Unidos — que elevou a 50% o imposto de importação sobre boa parte dos produtos exportados pelo Brasil — sobre o setor de serviços.

“O tarifaço dos Estados Unidos afetou segmentos da indústria, mas isso não se refletiu no setor de serviços em perda dos fretes”, disse.

O setor de serviços, que acumulou alta de 3,3% nos oito meses até setembro, tem sido foco de preocupação do Banco Central no que diz respeito à inflação, ainda que na ata de reunião de política monetária da semana passada, divulgada na terça-feira, os diretores da autarquia tenham destacado “algum arrefecimento” na alta de preços do setor, a despeito da resiliência.

O BC voltou a sinalizar a intenção de manter a taxa básica de juros em 15% por tempo prolongado para esfriar a atividade e trazer a inflação de volta à meta de 3%.