quinta-feira, 13 de novembro de 2025

Brasil fará seu 1º lançamento comercial de um veículo espacial; entenda

 

O Brasil fará seu primeiro lançamento comercial de um veículo espacial a partir do território nacional no próximo dia 22. De acordo com a Força Aérea Brasileira (FAB), o evento marca a entrada do Brasil no mercado global de lançamentos espaciais, abrindo novos caminhos para geração de renda e investimento no segmento.

Trata-se da Operação Spaceward 2025, responsável pelo lançamento do foguete sul-coreano HANBIT-Nano a partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão (MA). Também estão definidas as cargas úteis que estarão embarcadas no HANBIT-Nano: são cinco satélites e três experimentos, desenvolvidos por entidades do Brasil e da Índia. Clique aqui para saber mais sobre o projeto da FAB.

Antes restrita a órgãos públicos civis e militares, a corrida espacial tem envolvido cada vez mais a iniciativa privada. Esse movimento (“new space”) ainda dá seus primeiros passos no Brasil, e tem Elon Musk e Jeff Bezos entre seus nomes mais famosos.

Nas últimas décadas, o Brasil foi ultrapassado por outros países emergentes, como China e Índia, na corrida espacial. Dominar esse tipo de tecnologia, dizem especialistas, ajuda o País a se desenvolver em diversas áreas, como telecomunicações, monitoramento por satélites e aviação.

O lançamento comercial de um veículo espacial no próximo dia 22 servirá para confirmar se satélites e experimentos interagem corretamente com o veículo lançador, garantindo compatibilidade e segurança para o lançamento. A integração das cargas úteis no foguete HANBIT-Nano, da Innospace, teve início na segunda-feira, 10, marcando uma das etapas decisivas antes do lançamento, durante a operação.

“Nessa fase, são realizados testes e verificações que asseguram uma conexão correta entre a carga útil – satélites e experimentos – e o veículo lançador, confirmando que cada equipamento está estabilizado e funcional para o momento do voo”, explicou a FAB.

Como é a Base de Lançamento de Alcântara

Com uma área que corresponde a 40% da cidade de São Paulo, o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) é uma base militar construída para o envio de foguetes ao espaço. Em quatro décadas de história, a base soma mais de 500 lançamentos.

O Centro de Lançamento de Alcântara, na cidade de Alcântara, fica a uma distância de 30 quilômetros (em linha reta) de São Luís. Para chegar até o local, é necessário usar uma embarcação, principal meio de transporte usado por quem trabalha no centro e mora na capital.

Por estar próximo da Linha do Equador, o CLA é considerado um dos principais locais para se lançar foguetes do mundo. A rota para o espaço fica mais curta, o que ajuda na economia de combustível e permite que o veículo carregue mais carga útil. A região também sofre pouco com terremotos, tornados e outros eventos climáticos extremos que podem colocar uma operação em risco. Além disso, o tráfego aéreo na localização é baixo.

Por ser uma área de lançamento de foguetes, o centro foi construído próximo a costa como forma de assegurar que eventuais destroços de veículos lançadores (nome técnico dado para foguetes) caíam na água e não em terra. Embora a base tenha uma área de 62 mil hectares, apenas 15% do território concentram as instalações principais para o funcionamento da unidade. O restante do terreno é composto por vegetação e uma faixa litorânea ao norte da cidade.

Há 20 anos, porém, ocorreu na base um dos acidentes mais letais da história aeroespacial. Em 22 de agosto de 2003, 21 pessoas que trabalhavam na Operação São Luís, que tinha como missão colocar em órbita o foguete VLS-1, Veículo Lançador de Satélites, com carga útil nacional, morreram em um incêndio que atingiu a Torre Móvel de Integração (TMI) – usada para a montagem do foguete – há três dias do lançamento. Todas as vítimas eram civis, técnicos e engenheiros do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), de São José dos Campos, interior de São Paulo.

Cury avalia que reforma do IR deve ‘ajudar bastante’ nas vendas de imóveis

 

A Cury deve se beneficiar das mudanças no Imposto de Renda, uma vez que a ampliação da faixa de isenção incrementará o poder de compra das famílias de menor renda e “ajudar bastante” nas vendas da construtora e incorporadora, afirmaram nesta quarta-feira executivos da companhia.

A partir do ano que vem, pessoas com renda mensal até R$ 5.000 estarão isentas de pagar imposto, enquanto o tributo será reduzido para quem ganha entre R$ 5.000,01 e R$ 7.350.

Em teleconferência com analistas sobre o balanço divulgado na véspera, os executivos acrescentaram que as mudanças na tributação dão um “incentivo maior ainda” para fazer dividendo extraordinário, mas que ainda falta avaliar a capacidade de distribuição.

Os executivos também destacaram que as melhorias no programa Minha Casa Minha Vida são fundamentais para manter as margens. A Cury tem de 15% a 20% das vendas para famílias na faixa um e dois do MCMV, disseram.

Por volta de 11h30, as ações da empresa valorizavam-se mais de 1%, a R$ 37,23, a caminho do sétimo pregão consecutivo de alta. No ano, sobem cerca de 128%.'

Família Diniz vende participação no Carrefour da França e Saadé se torna principal acionista

 


Imagem destaque: Família Diniz vende participação no Carrefour da França e Saadé se torna principal acionista


 A família Diniz, através da gestora Península, vendeu sua participação no Carrefour na França, que detinha há 10 anos. Com isso, os brasileiros, que eram os segundos maiores acionistas da companhia, atrás apenas dos donos franceses, deixam o controle do grupo. Em seu lugar, entrou a família Saadé, tornando-se a acionista principal da companhia. 

A Península tinha participação de 8,4% no grupo francês. Segundo informações da IstoÉ Dinheiro, o Carrefour vale cerca de 9,35 bilhões de euros em Paris, o que avalia a participação da família Diniz perto de 800 milhões de euros - aproximadamente R$ 5 bilhões pelo câmbio atual.

 

 

 https://gironews.com/supermercado/familia-diniz-vende-participacao-no-carrefour-da-franca-e-saade-se-torna-principal-acionista/

 

quarta-feira, 12 de novembro de 2025

Petrobras pressiona Lula por veto que tira quase R$ 1 bi da transição energética

 

Enquanto Lula promete na COP30 ampliar os investimentos em transição energética, a Petrobras atua nos bastidores para convencer o governo a vetar um dispositivo que garantiria quase R$ 1 bilhão a mais para essa mesma finalidade.

O ponto de conflito é um trecho da medida provisória aprovada pelo Congresso que altera a forma de cálculo do preço de referência do petróleo — base para definir quanto as petroleiras pagam de royalties e participações especiais. A mudança elevaria em cerca de 4,7% o valor do barril usado como referência, o que renderia ao país R$ 6 bilhões extras por ano.

Pela fórmula legal, cerca de R$ 2 bilhões desse total iriam direto para o Fundo Social, abastecido com parte das receitas do petróleo. Desse reforço, R$ 923 milhões seriam destinados a projetos de habitação e transição energética em 2026, áreas priorizadas pelo Conselho Deliberativo do Fundo Social.

Mas o dinheiro pode não vir. A Petrobras tem sinalizado preocupação com o trecho da MP que altera o cálculo do preço de referência do petróleo. A diretora de Transição Energética e Sustentabilidade da companhia, Angélica Laureano, afirmou que a mudança “alerta” a companhia porque o aumento dos royalties seria “um problema para o setor”. A declaração foi dada durante um painel da OTC Brasil, um dos principais eventos da área de energia.

O prazo para decisão de Lula termina no dia 24, três dias após o encerramento da conferência climática. Caso o veto pedido pela estatal se confirme, o governo deixará de reforçar justamente o fundo que financia políticas ambientais e climáticas.

Criado em 2010, o Fundo Social canaliza parte das receitas do pré-sal para áreas sociais e ambientais. Hoje, 46% das participações especiais e até 25% dos royalties do petróleo alimentam o caixa do fundo, que pode ser aplicado em educação, habitação e transição energética.

A proposta aprovada no Congresso foi relatada pelo senador Eduardo Braga, que defendeu o texto como forma de “dar mais realismo” aos preços e “contribuir para o equilíbrio fiscal”.

Leia mais na Coluna Guilherme Amado no PlatôBR

 

Galípolo diz que BC não indicou próximos passos: ‘Se entendeu algum sinal, entendeu errado’

 

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reafirmou nesta quarta-feira, 12, o compromisso da autarquia com a meta de inflação e reforçou que não há sinais na comunicação do BC sobre os passos futuros na condução da política monetária. “Se você entendeu algum sinal na comunicação sobre o futuro, entendeu errado”, disse Galípolo.

Ele destacou que a comunicação da autarquia reflete a leitura atual do colegiado, em uma postura “humilde e modesta perante a incerteza”.

Galípolo disse que entende ser normal o debate sobre o que será – e o que não será feito – nos próximos passos do Banco Central e reforçou a atuação da instituição. “Esse é um BC que tem calcado a sua comunicação em fatos e dependência de dados”, afirmou, durante apresentação do Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do primeiro semestre, em São Paulo.

Ele ainda afirmou que, no serviço público, talvez o Banco Central tenha o objetivo “mais claro de todos”, que é perseguir a meta de inflação. “Está bem claro porque estamos com taxa de juros em patamar restritivo”, reiterou.

Efeito lento e gradual

O presidente do Banco Central reiterou que a política monetária está surtindo efeito na economia, ainda que de forma lenta e gradual.

De acordo com ele, a taxa de juros aumentou o custo de capital para famílias e empresas.

“O aumento do custo de capital não gerou uma queda, mas uma desaceleração no crescimento”, disse Galípolo.

Isenção do IR

Galípolo enfatizou que a decisão do BC de incorporar um efeito da isenção do Imposto de Renda (IR) no cenário de referência é preliminar e reflete a postura dependente de dados do BC. “Existe claramente um trade-off entre estar mais dependente de dados e coletá-los para que a gente vá aprendendo com ele e incorporando. Até agora, essa estratégia se pagou”, afirmou.

Ele comparou a incorporação preliminar da medida nas projeções do BC com a incorporação de medidas como o pagamento de precatórios e a liberação de crédito consignado privado. “Vamos continuar assistindo para entender qual é o desdobramento e qual é o impacto efetivo de uma medida como essa, em uma conjuntura como essa descrita no relatório”, ressaltou.

O presidente do BC ainda voltou a repetir que o colegiado segue desconfortável com a desancoragem das expectativas de inflação em todos os horizontes.

 


IBM apresenta novo processador quântico e mira vantagem sobre computadores clássicos até 2026

 

A IBM anunciou nesta quarta-feira, 12, novos avanços em sua linha de processadores e softwares de computação quântica, com o objetivo de alcançar a chamada “vantagem quântica” até o fim de 2026 e desenvolver um computador quântico tolerante a falhas até 2029. Segundo comunicado da empresa, o novo processador IBM Quantum Nighthawk permitirá executar “circuitos com 30% mais complexidade” do que o modelo anterior, graças a uma arquitetura com 120 qubits, que processam informação quântica, e 218 acopladores de última geração, que permitem a interação entre eles para executar cálculos complexos.

A companhia afirmou que o chip deve ser entregue a usuários até o fim de 2025 e que futuras versões poderão chegar a 15 mil portas quânticas até 2028. O comunicado também destaca o processador experimental Quantum Loon, que “demonstra todos os elementos de hardware necessários” para a computação quântica tolerante a falhas. A IBM diz ter conseguido “decodificação eficiente de erros quânticos” dez vezes mais rápida que as técnicas anteriores, resultado alcançado um ano antes do previsto.

Além do hardware, a empresa anunciou novas capacidades em seu software Qiskit, com aumento de 24% na precisão e redução em mais de 100 vezes no custo de extração de resultados exatos, graças à integração com supercomputadores. A IBM também informou ter dobrado a velocidade de desenvolvimento de seus chips com a migração da produção para uma fábrica de placas (wafers) de 300 milímetros – capaz de produzir mais processadores por lote e acelerar o desenvolvimento dos dispositivos – no complexo Albany NanoTech, em Nova York.

BRAZIL JOURNAL: a carta de despedida de Warren Buffett para emoldurar

 

Warren Buffett se despediu do cargo de CEO da Berkshire Hathaway da mesma forma como conduziu sua trajetória espetacular: quietly and wisely.

Em sua última carta anual do Dia de Ação de Graças como CEO da empresa, publicada ontem, Buffett fez uma série de relatos pessoais, compartilhou lições que aprendeu ao longo de seus 95 anos, falou dos filhos – que têm 72, 70 e 67 anos – lembrou do valor da amizade e dos erros cometidos, e disse que a grandeza não está em ter bilhões.

Um dos trechos da carta:

“A grandeza não vem pelo acúmulo de grandes quantias de dinheiro, de muita fama ou poder político. Quando você ajuda alguém, de milhares de maneiras possíveis, você ajuda o mundo. A gentileza não custa nada, mas também não tem preço. Seja você religioso ou não, é difícil superar a Regra de Ouro como guia de comportamento”.

Leia a matéria completa no Brazil Journal.