segunda-feira, 14 de maio de 2018

Por que o Walmart busca um sócio para a sua operação brasileira



 Por que o Walmart busca um sócio para a sua operação brasileira



 Ralphe Manzoni Jr.


Desde que decidiu unificar as operações online e offline, a varejista americana Walmart convive com os rumores de que vai deixar o Brasil, conforme antecipou a coluna MOEDA FORTE, da DINHEIRO.

Ao que tudo indica, ela está em busca de um sócio para o mercado brasileiro, segundo publicou a coluna Radar, do jornal O Globo, neste fim de semana.

O principal candidato, segundo a coluna, é o fundo de private equity Advent. O jornal Valor cita também os fundos Catterton, Carlyle e General Atlantic como interessados no ativo. Ninguém comenta o assunto.

Por que o Walmart busca um sócio no mercado brasileiro? A resposta é simples. Desde que começou a operar localmente, nos anos 1990, o Walmart nunca conseguir ser bem-sucedido.

“A situação do Walmart está complicada há muitos anos”, diz um ex-executivo, que trabalhou na operação brasileira e tinha acesso aos detalhes do negócio local.

Por complicada, entenda-se que a operação está no prejuízo há anos e que a matriz de Bentonville, no Arkansas, perdeu a paciência com todos esses anos de resultados negativos.

A visão desse ex-executivo é de que o Walmart cometeu muitos erros de estratégia. Um deles é que os dirigentes locais precisam seguir as regras da matriz americana. “A cabeça do americano tem um viés muito equivocado sobre o varejo brasileiro”, diz essa fonte.

Um exemplo é a aposta do Walmart em hipermercados, em um momento que os formatos de atacarejo e de supermercado de vizinhança são os modelos mais bem-sucedidos da varejo local. “Eles estão apostando em um formato que é o contrário do que todos os rivais estão fazendo no Brasil.”

Outro exemplo que, na visão desse executivo, ilustra a falta de estratégia é a unificação da marca no Brasil. Uma delas é a Bompreço, forte na região Nordeste, que está sumindo do mapa. “O Walmart patina, patina, patina e não sai do lugar”, diz.

É cedo para saber se o Walmart conseguirá um sócio no Brasil, modelo que só tem na China, onde conta com um parceiro minoritário. Com pouco menos de 500 lojas e faturamento de R$ 29,5 bilhões, a varejista americana nunca foi páreo para o Pão de Açúcar e o Carrefour. Para quem é o maior do mundo, não se trata de um desempenho a ser comemorado.


 https://www.istoedinheiro.com.br/por-que-o-walmart-busca-um-socio-para-sua-operacao-brasileira/




Dotz cria empresa independente de incentivos

A Dotz Incentivos nasce com 30 clientes e mais de 150 mil participantes. Em três anos, a meta é faturar R$ 100 milhões

 

 Dotz cria empresa independente de incentivos

 Ralphe Manzoni Jr.

O programa de fidelidade Dotz decidiu separar sua unidade de incentivos, tornando-a uma empresa independente. A nova companhia passa a se chamar Dotz Incentivos e já nasce com 30 clientes e mais de 150 mil participantes. Os investimentos previstos, nessa primeira fase, são estimados em R$ 10 milhões.

“Queremos intensificar o foco nessa área com a criação de uma empresa independente”, afirmou Fábio Santoro, presidente da Dotz Incentivos. “Com isso, passaremos a ter mais autonomia e agilidade.”

Fábio Santoro, presidente da Dotz Incentivos
A meta é faturar R$ 30 milhões em 2018. Daqui a dois anos, o objetivo é atingir uma receita de R$ 100 milhões, representando aproximadamente de 15% do tamanho da Dotz, cujo faturamento foi de R$ 450 milhões no ano passado.

Entre os atuais clientes da Dotz Incentivos estão as construtoras Gafisa, MRV e Queiróz Galvão Desenvolvimento Imobiliários, a rede de hotéis Atlântica e a Bosh.

No caso da Gafisa, o objetivo da construtora paulista é se relacionar com seus corretores, fornecendo treinamento e premiando aqueles com melhores desempenhos, que ganham dotz, a moeda virtual da empresa, para trocar por prêmios, que podem ser desde a compra em supermercados até eletrodomésticos e passagens aéreas.

“São campanhas de incentivos para funcionários das empresas, principalmente para o canal de vendas”, explica Santoro.

O tamanho do mercado de marketing promocional é estimado em R$ 8,5 bilhões, segundo dados da Ampro, associação que representa as empresas do setor. Com a nova lei trabalhista, que entrou em vigor em novembro do ano passado, esse tem potencial de crescimento acelerado.

A Dotz é um programa de fidelidade focado no varejo que conta com 24 milhões de pessoas. Está presente em 14 regiões metropolitanas e estreou na cidade de São Paulo, em março deste ano, conforme publicou com exclusividade o blog BASTIDORES DAS EMPRESAS.


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Lush fechará lojas no Brasil pela segunda vez e vende itens com desconto


Até o fechamento, produtos estarão à venda pela metade do preço nas lojas da marca de cosméticos

 




São Paulo – A Lush, empresa britânica de cosméticos e conhecida pelos seus sabonetes, acabou de anunciar que fechará sua operação no país até o dia 20 de junho. Até lá, os produtos serão vendidos pela metade do preço nas lojas da marca, exceto a linha Charity Pot e acessórios.

“Adoramos atendê-los e gostaríamos de agradecer toda a paixão e entusiasmo de vocês sobre nossa marca ao longo desses anos”, afirmou a marca em sua página no Facebook.

Não é a primeira vez que a companhia anuncia sua saída do país. Depois de chegar ao Brasil em 1999, ela fechou, em 2007, suas mais de 25 franquias. Retornou em 2014, com planos para abrir mais de 30 unidades. Não foi dessa vez.

A companhia tinha cinco lojas, todas no estado de São Paulo: nos shoppings Pátio Higienópolis, Center Norte, Morumbi, Iguatemi Campinas e uma loja de rua, no bairro Jardins. Esta também funcionava como um SPA, a primeira da América Latina a contar com o serviço.

Fundada em 1995, seus produtos não são testados em animais, vegetarianos e feitos de forma artesanal. Entre os itens mais vendidos no país, estava o hidratante Dream Cream, a máscara facial Mas of Magnaminty e o sabonete facial Coal Face.

China Three Gorges faz proposta de US$10,8 bi pela elétrica EDP


Proposta exclui os 23% de participação da companhia estatal chinesa na elétrica portuguesa

 






Lisboa – A companhia estatal chinesa China Three Gorges divulgou nesta sexta-feira uma oferta para assumir o controle da maior empresa portuguesa, a Energias de Portugal (EDP), oferecendo um prêmio de quase 5 por cento sobre o preço de fechamento das ações da elétrica.

O valor total da proposta é de 9,07 bilhões de euros (10,83 bilhões de dólares), excluindo uma participação de 23 por cento já detida pela CTG na companhia, disse em comunicado nesta sexta-feira em Lisboa a empresa chinesa, que é a maior acionista da EDP.

Reportagens que indicavam a EDP como um possível alvo de aquisição por grandes companhias estrangeiras da Europa têm circulado há mais de um ano, período durante o qual a CTG continuou a aumentar sua participação na empresa, o que culminou na oferta de 3,26 euros (3,89 dólares) por ação da empresa.

A CTG disse em seu anúncio preliminar sobre a oferta que quer chegar a pelo menos 50 por cento das ações com direito a voto mais uma ação ordinária na companhia. Ela também ofereceu 7,33 euros por ação da unidade de energia eólica da companhia, EDP Renováveis, um valor abaixo do preço de fechamento, de 7,84 euros.

O valor de mercado da EDP é de quase 11,4 bilhões de euros, pelo fechamento desta sexta-feira. A empresa atende cerca de 10 milhões de clientes do mercado de eletricidade e 1,6 milhão de clientes de gás natural e possui mais de 330.000 km de linhas de transmissão de energia.

O governo português não tem objeções à proposta, disse o primeiro-ministro Antonio Costa a jornalistas mais cedo nesta sexta-feira.

A EDP não comentou de imediato.

A EDP é a maior companhia de Portugal em ativos e possui negócios também no Brasil, na Espanha e nos Estados Unidos.

As ações da EDP Brasil, controlada pela companhia, fecharam em alta de 15,56 por cento nesta sexta-feira devido às notícias sobre a oferta chinesa.

Uma eventual fusão dos negócios da CTG no Brasil com a unidade local da EDP criaria a maior empresa de geração privada do país em capacidade instalada, ultrapassando a francesa Engie.

GP Investments investe US$ 60 mi em empresa de marcas de consumo


Aporte na companhia The Craftory será realizado pela subsidiária Spice Private Equity

 




São Paulo  – O grupo de private equity GP Investments anunciou nesta sexta-feira que sua subsidiária Spice Private Equity assinou um contrato para investir até 60 milhões de dólares na empresa de bens de consumo The Craftory.

Junto com outros investidores, a Spice garantirá cerca de 300 milhões de dólares à The Craftory que a GP qualificou como empresa de investimentos dedicada ao apoio de novas marcas disruptivas no setor de bens de consumo.

“A The Craftory oferece tal amplificação através do foco em três habilidades: criação e narrativa das marcas, uso das plataformas de ativação digital e ganho de escala de forma eficiente”, diz trecho do documento do GP Investments.

Segundo o documento, a The Craftory terá sede em Londres e se concentrará na compra e expansão de marcas de consumo de alto crescimento, com receitas de mais de 10 milhões de dólares nas áreas de saúde e beleza, cuidados pessoais, higiene pessoal, comida saudável, cerveja, vinho e drinks, chá, café e refrigerantes, chocolate, artigos para casa, perfumes e pet care.
 

Grupo asiático ganha exclusividade para comprar brasileira Lwarcel



Grupo da família Trecenti tenta há anos atrair investidores para levar a cabo seu plano de expansão


Grupo familiar do interior paulista, antes considerado um ativo de pequeno porte, ganhou relevância após opções de aquisição ficarem mais restritas no País; gigante April agora é a favorita para levar a Lwarcel, que já negociou com várias outras empresas.

O grupo asiático Asia Pacific Resources International Holdings (April) está em negociações avançadas para comprar a companhia paulista de celulose Lwarcel, do grupo Lwart, segundo apurou o ‘Estado’. O ativo, avaliado em aproximadamente R$ 2 bilhões, é hoje um dos poucos disponíveis para processos de aquisição no Brasil, na esteira da megafusão entre Fibria e Suzano, anunciada em março, e da compra da Eldorado pela Paper Excellence, no ano passado.

A Lwarcel, que era considerada pouco relevante no setor, mudou de patamar após a fusão entre Fibria e Eldorado, que ainda depende de aprovação, e a compra da Eldorado, que pertence ao grupo J&F, pela Paper Excellence, a ser finalizada no segundo semestre.

Nos últimos meses, os donos da companhia de celulose chegaram a conversar com diversos grupos, incluindo a Suzano – antes da fusão com a Fibria – e as portuguesas Altri e Navigator. Após a redução das opções disponíveis em celulose no País, a Lwarcel virou alvo de grupos asiáticos, que querem garantir produto para abastecer o continente, em especial a China.

Fundado em 1975, o grupo Lwart, do qual a Lwarcel faz parte, é também proprietário de um negócio de rerrefino de óleo combustível, que aproveita lubrificantes usados de automóveis e maquinários.


Mercado.  


O momento é favorável para o setor de celulose, segundo Carlos Farinha, vice-presidente da consultoria Pöyry. “É um momento positivo para exportar a partir do Brasil, tanto pelo preço do produto quanto pelo comportamento do câmbio”, diz. O cenário de preço deve seguir positivo, diz o executivo, porque não há previsão de inaugurações de fábricas de tamanho relevante no horizonte.

O interesse em aquisições, explica Farinha, é alto porque os grandes grupos não querem ter de reunir ativos florestais – o que, além de custar dinheiro, leva tempo. O executivo diz que comprar uma unidade acaba sendo mais barato do que construir uma fábrica do zero.

Procurada, a RGE informou que a companhia está sempre monitorando oportunidades de negócio e que não falaria sobre especulações de mercado. A Lwarcel disse que não comenta processos em andamento .

(O Estado de S.Paulo, 12/5/18)

Trump diz que vai ajudar chinesa ZTE a “voltar aos negócios”


Anúncio de Trump marcou uma grande reviravolta, dada a posição dura de Washington sobre as práticas comerciais da China

 




Washington/Pequim – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prometeu ajudar a empresa chinesa ZTE Corp a “voltar aos negócios rapidamente”, depois que um bloqueio dos EUA fez a companhia asiática interromper suas operações.

O anúncio inesperado de Trump no domingo marcou uma grande reviravolta, dada a posição dura de Washington sobre as práticas comerciais da China que colocou as duas maiores economias do mundo em rota para uma possível guerra comercial.

Fontes com conhecimento do assunto afirmaram que Pequim exigiu que a questão da ZTE fosse resolvida como pré-requisito para discussões comerciais mais amplas com os EUA.

“Empregos demais perdidos na China. O Departamento de Comércio foi instruído a resolver isso!”, escreveu Trump no Twitter, afirmando que ele e o presidente chinês, Xi Jinping, estavam trabalhando em uma solução para a ZTE.

O Departamento de Comércio dos EUA proibiu no mês passado companhias norte-americanas de venderem produtos para a ZTE por sete anos como punição depois que a companhia chinesa foi descoberta vendendo ilegalmente produtos dos EUA para o Irã e a Coreia do Norte, quebrando um acordo de 2017. A descoberta ocorreu durante uma investigação promovida pelo governo Barack Obama, antecessor de Trump.

A punição cortou o acesso da ZTE a importantes componentes como chips, fazendo a segunda maior fabricante de equipamentos para telecomunicações da China anunciar na semana passada a suspensão de suas principais operações.

Durante negociações comerciais no início deste mês, o vice-premiê da China, Liu He, afirmou ao secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, que a China não continuará com discussões bilaterais mais amplas a menos que Washington concorde em reduzir as sanções contra a ZTE, afirmaram duas fontes.

“A mensagem foi de termos de resolver a questão da ZTE antes de continuarmos com as negociações”, disse uma das fontes.

Ambas as fontes afirmaram que a China estava inclinada a aceitar em princípio importar mais produtos agrícolas dos EUA em troca de Washington reduzir as penalidades sobre a ZTE.

Em 2017, a ZTE pagou a 211 exportadores dos EUA 2,3 bilhões de dólares, afirmou um representante da companhia na sexta-feira.

O governo dos EUA lançou a investigação sobre a ZTE depois que a Reuters publicou em 2012 que a companhia tinha assinado contratos para envio de produtos de hardware e software avaliados em milhões de dólares para o Irã. A ZTE depende de empresas norte-americanas como Qualcomm, Intel e Google. Companhias dos EUA fornecem 25 a 30 por cento dos componentes usados nos produtos da ZTE, que incluem celulares e equipamentos para redes de telecomunicações.