Larissa Coldibeli
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
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DivulgaçãoEudes (esq.) e Fabiana encontraram o sócio, Fernando, com ajuda da instituição que trouxe o site ao Brasil
Uma das dificuldades de empresas iniciantes é encontrar um sócio com o
perfil certo. O site americano Co-founders Lab estreou no Brasil no mês
passado para tentar ajudar nessa tarefa.
A plataforma é um buscador de sócios com 10 mil empresários cadastrados em vários países.
O serviço básico é grátis, mas para conseguir acesso pleno é preciso pagar a partir de US$ 9,99 (cerca de R$ 22) por mês
É possível selecionar as pessoas de interesse de acordo com vários filtros, como localização e perfil de trabalho.
O projeto veio para o Brasil em parceria com a Aceleratech, instituição vinculada à faculdade ESPM.
O foco do site e da instituição, que ajuda a desenvolver empresas, são as startups –empresas de tecnologia iniciantes.
Antes da parceria, a Aceleratech já ajudava empresários a encontrar
sócios para criar ou ampliar o seu negócio. Com o buscador, a
instituição pretende ampliar a oferta de parceiros para os
empreendedores brasileiros.
Co-Founders Lab
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1 O que é
Site oferece busca de sócios, com 10 mil usuários em todo o mundo. O serviço básico é grátis, mas para conseguir acesso pleno é preciso pagar a partir de US$ 9,99 (cerca de R$ 22) por mês
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2 Como se cadastrar
Informe seu perfil de trabalho, que tipo de sócio procura e a área em que deseja atuar. Se tiver uma ideia de negócio, informe em que nível de desenvolvimento está. Se não tiver, pode se juntar a alguém que tenha
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3 Como procurar
É possível selecionar pessoas de acordo com vários filtros, como localização e experiência profissional, e interagir com outros usuários via chat ou e-mail
Com a parceria, a empresa criou um aplicativo para celular que ajuda academias e alunos a cuidarem de seus programas de treinamento físico.
"Precisávamos de um técnico para seguir adiante, pois ainda estávamos numa fase muito inicial", declara Rocha.
Os serviços básicos de busca do Co-founders Lab são grátis, mas também é possível pagar mensalidades e ter benefícios como recomendação automática de cadastrados com o perfil procurado e visualização de quem se interessou pelo seu perfil.
Há três opções de assinatura mensal: US$ 9,99 (cerca de R$ 22) por 12 meses de serviço; US$ 16,99 (cerca de R$ 37) por seis meses; e US$ 19,99 (cerca de R$ 44) por três meses.
"Os usuários preenchem um cadastro com sua experiência e de que forma podem contribuir para o negócio –com capital ou trabalho, por exemplo. O site filtra outros cadastrados que podem ser complementares ao seu perfil e permite que entrem em contato por e-mail ou chat", diz Mike Ajnstajn, fundador da Aceleratech.
Segundo Ajnstajn, muitos criadores de startups têm dificuldades em encontrar sócios com os perfis necessários para o negócio.
Ele conta que, para um negócio dar certo na área de tecnologia, a
empresa precisa ter um time com talentos variados: alguém com
experiência na área comercial, para vender o produto ou serviço; um
técnico em programação, para criar o aplicativo ou o site do projeto,
por exemplo; e alguém que conheça o mercado de atuação da empresa.
"É difícil encontrar principalmente técnicos, pois os programadores têm
salários bons em empresas de tecnologia e dificilmente querem
empreender", afirma.
No caso da Wiki4fit, por exemplo, apenas duas semanas após se
conhecerem, os idealizadores da startup definiram a sociedade com Pauer.
"Ele já tinha trabalhado anteriormente em startups e a indicação da
aceleradora aumentou nossa confiança. É bom ter alguém ou uma ferramenta
que faça uma pré-seleção, pois não é fácil encontrar sócio. Ele ajudou a
melhorar nossa ideia em muitos aspectos", afirma Rocha.
De acordo com Fabio Farina, sócio da consultoria Crowe Horwath Brazil,
na hora de procurar um sócio, é mais importante levar em conta o perfil
profissional que a empresa precisa do que a afinidade entre os
parceiros.
"Busque alguém que compartilhe as mesmas ideias e perspectivas para o
negócio, e procure deixar claro o papel de cada um na sociedade,
evitando, assim, brigas futuras", recomenda.
Aceleradora ajuda empresário, mas exige participação no negócio
Aceleradoras e incubadoras atuam como desenvolvedoras de novas empresas
e podem ter fins lucrativos ou não. Mesmo quando não têm fins
lucrativos, elas ficam com uma parte do faturamento do negócio para se
manter. O valor é definido por cada instituição.
No caso da Aceleratech, que tem fins lucrativos, ela detém de 10% a 15% das ações das startups que participam do programa.
"Selecionamos apenas empresas que tenham o time completo (área
comercial, tecnológica e com conhecimento de mercado), pois elas já
estão mais preparadas para operar", afirma Ajnstajn.
No caso da Wiki4fit, afirma ele, o trabalho da aceleradora foi
conseguir apenas um dos sócios que faltava para o negócio dar certo, o
programador. "Agora com o Co-founders Lab isso ficará mais fácil e as
empresas chegarão mais estruturadas para a aceleração", diz.
Aceleratech oferece quatro meses de cursos intensivos para empresas de tecnologia iniciantes.
O programa inclui ajuda de custo para despesas iniciais, ferramentas de
gestão e controle financeiro, hospedagem de site e e-commerce,
monitoramento de mídias sociais, desenvolvimento de executivos, além de
aulas com professores de pós-graduação da ESPM.
Ampliar
A
visibilidade das redes sociais levou o sex shop virtual Loja do Prazer a
criar uma página no Facebook há dois anos; a empresa percebeu que a
rede social poderia fortalecer sua marca e torná-la mais conhecida; nos
últimos seis meses, a página da tem conquistado de mil a 1.500 curtidas
por mês; não há dados sobre conversão em vendas, mas o número de acessos
à loja virtual cresceu 20% desde a entrada da empresa na rede social Leia mais Divulgação