quarta-feira, 17 de julho de 2013

Buscador oferece sócios de vários países para empresários do Brasil 2

Larissa Coldibeli
Do UOL, em São Paulo

  • Divulgação
    Eudes (esq.) e Fabiana encontraram o sócio, Fernando, com ajuda da instituição que trouxe o site ao Brasil Eudes (esq.) e Fabiana encontraram o sócio, Fernando, com ajuda da instituição que trouxe o site ao Brasil

Uma das dificuldades de empresas iniciantes é encontrar um sócio com o perfil certo. O site americano Co-founders Lab estreou no Brasil no mês passado para tentar ajudar nessa tarefa.

A plataforma é um buscador de sócios com 10 mil empresários cadastrados em vários países.
 
O serviço básico é grátis, mas para conseguir acesso pleno é preciso pagar a partir de US$ 9,99 (cerca de R$ 22) por mês
 
É possível selecionar as pessoas de interesse de acordo com vários filtros, como localização e perfil de trabalho.
 
O projeto veio para o Brasil em parceria com a Aceleratech, instituição vinculada à faculdade ESPM.
 
O foco do site e da instituição, que ajuda a desenvolver empresas, são as startups –empresas de tecnologia iniciantes.
 
Antes da parceria, a Aceleratech já ajudava empresários a encontrar sócios para criar ou ampliar o seu negócio. Com o buscador, a instituição pretende ampliar a oferta de parceiros para os empreendedores brasileiros.

Co-Founders Lab

  • 1 O que é

    Site oferece busca de sócios, com 10 mil usuários em todo o mundo. O serviço básico é grátis, mas para conseguir acesso pleno é preciso pagar a partir de US$ 9,99 (cerca de R$ 22) por mês
  • 2 Como se cadastrar

    Informe seu perfil de trabalho, que tipo de sócio procura e a área em que deseja atuar. Se tiver uma ideia de negócio, informe em que nível de desenvolvimento está. Se não tiver, pode se juntar a alguém que tenha
  • 3 Como procurar

    É possível selecionar pessoas de acordo com vários filtros, como localização e experiência profissional, e interagir com outros usuários via chat ou e-mail
Fabiana Rocha, 32, e o marido Eudes Nery Junior, 39, idealizadores da empresa Wiki4fit, por exemplo, contaram com a ajuda da instituição para chegar ao programador Fernando Pauer, 30.

Com a parceria, a empresa criou um aplicativo para celular que ajuda academias e alunos a cuidarem de seus programas de treinamento físico.

"Precisávamos de um técnico para seguir adiante, pois ainda estávamos numa fase muito inicial", declara Rocha.

Os serviços básicos de busca do Co-founders Lab são grátis, mas também é possível pagar mensalidades e ter benefícios como recomendação automática de cadastrados com o perfil procurado e visualização de quem se interessou pelo seu perfil.

Há três opções de assinatura mensal: US$ 9,99 (cerca de R$ 22) por 12 meses de serviço; US$ 16,99 (cerca de R$ 37) por seis meses; e US$ 19,99 (cerca de R$ 44) por três meses.

"Os usuários preenchem um cadastro com sua experiência e de que forma podem contribuir para o negócio –com capital ou trabalho, por exemplo. O site filtra outros cadastrados que podem ser complementares ao seu perfil e permite que entrem em contato por e-mail ou chat", diz Mike Ajnstajn, fundador da Aceleratech.

Segundo Ajnstajn, muitos criadores de startups têm dificuldades em encontrar sócios com os perfis necessários para o negócio.

Ele conta que, para um negócio dar certo na área de tecnologia, a empresa precisa ter um time com talentos variados: alguém com experiência na área comercial, para vender o produto ou serviço; um técnico em programação, para criar o aplicativo ou o site do projeto, por exemplo; e alguém que conheça o mercado de atuação da empresa.
"É difícil encontrar principalmente técnicos, pois os programadores têm salários bons em empresas de tecnologia e dificilmente querem empreender", afirma.
No caso da  Wiki4fit, por exemplo, apenas duas semanas após se conhecerem, os idealizadores da startup definiram a sociedade com Pauer.
"Ele já tinha trabalhado anteriormente em startups e a indicação da aceleradora aumentou nossa confiança. É bom ter alguém ou uma ferramenta que faça uma pré-seleção, pois não é fácil encontrar sócio. Ele ajudou a melhorar nossa ideia em muitos aspectos", afirma Rocha. 
De acordo com Fabio Farina, sócio da consultoria Crowe Horwath Brazil, na hora de procurar um sócio, é mais importante levar em conta o perfil profissional que a empresa precisa do que a afinidade entre os parceiros.
"Busque alguém que compartilhe as mesmas ideias e perspectivas para o negócio, e procure deixar claro o papel de cada um na sociedade, evitando, assim, brigas futuras", recomenda.

Aceleradora ajuda empresário, mas exige participação no negócio

 

Aceleradoras e incubadoras atuam como desenvolvedoras de novas empresas e podem ter fins lucrativos ou não. Mesmo quando não têm fins lucrativos, elas ficam com uma parte do faturamento do negócio para se manter. O valor é definido por cada instituição. 

No caso da Aceleratech, que tem fins lucrativos, ela detém de 10% a 15% das ações das startups que participam do programa. 

"Selecionamos apenas empresas que tenham o time completo (área comercial, tecnológica e com conhecimento de mercado), pois elas já estão mais preparadas para operar", afirma Ajnstajn. 

No caso da Wiki4fit, afirma ele, o trabalho da aceleradora foi conseguir apenas um dos sócios que faltava para o negócio dar certo, o programador. "Agora com o Co-founders Lab isso ficará mais fácil e as empresas chegarão mais estruturadas para a aceleração", diz. 

Aceleratech oferece quatro meses de cursos intensivos para empresas de tecnologia iniciantes.
 
O programa inclui ajuda de custo para despesas iniciais, ferramentas de gestão e controle financeiro, hospedagem de site e e-commerce, monitoramento de mídias sociais, desenvolvimento de executivos, além de aulas com professores de pós-graduação da ESPM.
 
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