Do UOL, em São Paulo
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Daniel Marenco/Folhapress6.abr.2012 - O empresario Eike Batista e a presidente Dilma Roussef, junto com o pai do empresario, Eliezer Batista, em evento de celebracao do inicio da producao de petroleo da OGX
Quatro executivos deixaram nesta quarta-feira (11) o conselho do
estaleiro OSX, de Eike Batista. Dentre eles, está o pai do empresário,
Eliezer Batista, que ocupava a vice-presidência do órgão.
No final de junho, os ex-ministros Pedro Malan (Fazenda), Rodolpho
Tourinho Neto (Minas e Energia) e Ellen Gracie (Supremo Tribunal
Federal) já haviam deixado o conselho de administração da OGX.
Eliezer Batista já foi ministro de Minas e Energia, durante o governo João Goulart, e presidente da mineradora Vale.
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FILHO
DE ELIEZER BATISTA - Seu pai, Eliezer Batista (foto), foi ministro de
Minas e Energia do governo do presidente João Goulart (1961-1964) e
presidente da Vale por dez anos, durante a ditadura militar. Mais tarde,
assumiu a Secretaria de Assuntos Estratégicos do governo de Fernando
Collor de Mello (1990-1992). Foi também membro do Conselho Coordenador
das Ações Federais no Rio de Janeiro, órgão ligado à Presidência da
República, durante o segundo governo de Fernando Henrique Cardoso
(1998-2002) Reprodução
Ontem, os conselheiros independentes - isto é, não vinculados ao
controlador - Samir Zraick, Luiz Pereira e Rodolpho Tourinho também
renunciaram. Os três também abandonaram os cargos que ocupavam no
conselho da petroleira OGX, empresa "irmã" do estaleiro.
Com isso, o conselho da OSX ficou apenas com dois membros: o próprio
Eike Batista e Aziz Ben Ammar. De acordo com o estatuto da companhia, o
órgão deve ser formado por pelo menos cinco membros, dos quais 20%
independentes. A OSX informou que convocará assembleia extraordinária
para deliberar sobre novos conselheiros.
Com a falta de resultados e o pessimismo em relação ao futuro do grupo
EBX, o mercado vem castigando as ações das empresas de Eike Batista na
Bolsa de Valores.
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Em
2011, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões, Eike Batista disse
que se tornaria o mais rico do mundo até 2015. De lá para cá, suas
empresas deixaram de cumprir cronogramas e de atingir metas, as ações
das empresas do grupo EBX vêm perdendo valor na Bolsa e,
consequentemente, a fortuna do brasileiro vem encolhendo. O império do
bilionário enfrenta uma crise de confiança no mercado, o que virou
motivo de piadas em redes sociais Reprodução/Twitter
Eike reduziu fatia na OGX em junho
Eike Batista reduziu sua participação na OGX em junho,
e sua fatia da empresa passou para 57,18%, segundo informações enviadas
à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A participação anterior de
Eike era de 58,92%.
Foram realizadas operações de venda, entre os dias 7 e 13 de junho, de 56,16 milhões de papéis em um total de R$ 75,37 milhões.
Em 13 de junho, Eike havia dito que não tinha intenção de vender em Bolsa mais ações da sua petroleira, após se desfazer de papéis da companhia no fim de maio, o que na ocasião aumentou a desconfiança de investidores sobre a empresa.
Desde o ano passado, as campanhas exploratórias da OGX têm obtido resultados muito inferiores ao estimados pela companhia.
No começo do mês, a empresa suspendeu três campos de petróleo, parou a
construção de cinco plataformas e avisou que não investiria mais no
aumento da produção dos poços do campo de Tubarão Azul, que pode parar
de extrair petróleo em 2014.
(Com agências)
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