SÃO PAULO - O mercado de trabalho segue apertado, mas o ritmo de queda do desemprego deve desacelerar nos próximos meses, de acordo com duas sondagens mensais realizadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), que busca antecipar a tendência do mercado de trabalho – recuou 1,3% em junho, na comparação com maio, feitos os ajustes sazonais. “Depois de avançar em maio, o indicador retorna à tendência declinante apresentada em abril, resultado que sinaliza desaceleração do ritmo de contratações de mão de obra nos meses seguintes”, diz a FGV, em nota.
Os componentes que mais contribuíram para a queda do IAEmp foram os indicadores que mensuram as expectativas dos empresários em relação às tendências dos negócios e o grau de satisfação das empresas com a situação atual, ambos retirados da Sondagem da Indústria de Transformação, com variação de -3,9% e -3,1%, respectivamente.
O IAEmp é construído como uma combinação de séries extraídas das Sondagens da Indústria, de Serviços e do Consumidor.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD), que mostra a situação atual do mercado de trabalho, recuou 2,5% em junho, ante maio, um resultado que, segundo a FGV, sinaliza queda na desocupação no mês passado.
O ICD apura a confiança do brasileiro em quatro classes de renda familiar em relação à oferta de emprego na cidade onde vive. Os dados são extraídos da Sondagem do Consumidor.
As classes que mais contribuíram para a queda do ICD em junho foram a dos consumidores com renda familiar entre R$ 2.100,00 e R$ 4.800,00, que variou -5,2%; e a dos que possuem renda familiar superior a R$ 9.600,00, com variação de -2,6%.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa a taxa de desemprego de junho daqui a duas semanas.
(Valor)
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