DE SÃO PAULO
Apesar de dominada pela polêmica gerada pela revelação do esquema de
espionagem dos Estados Unidos, a reunião da cúpula do Mercosul encerrada
ontem tem uma questão de fundo que vem se acentuando nos últimos anos.
Novos acordos comerciais como a Aliança do Pacífico, que reúne Chile,
Colômbia, Peru e México, são apontados como sinal da perda de
importância do bloco.
Para o alto representante geral do Mercosul, Ivan Ramalho, não passa de falsa rivalidade.
"O fator relevante de aproximação está no fato de que os integrantes da
Aliança já são países associados do Mercosul, participando das reuniões
semestrais do bloco", diz. "Esses países registram com o Mercosul um
comércio anual de US$ 20 bilhões, exatamente o mesmo nível que alcançam
em seu próprio comércio intrabloco."
Para o economista Roberto Luis Troster, "em dois anos, os países da Aliança construíram mais do que o Mercosul em 20".
"Novos acordos estão acontecendo em todo o planeta. São ferramentas
potentes para crescer. O mais importante é a intenção de um
livre-comércio entre a União Europeia e os Estados Unidos, que pode
mudar a economia mundial. Em todos os blocos, quanto maior e mais
integrado, melhor. Urge reagir", avalia Troster.
Novos blocos comerciais enfraquecem o Mercosul?
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