Caso a petroleira de Eike Batista considere que não tem condições de tocar o projeto, ela terá que devolver o campo para a agência
Rio - A OGX
poderá ter que devolver o campo de Tubarão Azul, caso a Agência
Nacional do Petróleo (ANP) o considere viável. A Superintendência de
Desenvolvimento da Produção da ANP está analisando a viabilidade
econômica desse campo.
No dia 1º de julho a OGX anunciou que o campo, seu único polo produtor na Bacia de Campos, deve cessar vazão em 2014.
De acordo com a diretora-geral da ANP, Magda Chambriard, dos três poços
de Tubarão Azul um produziu muito pouco mas outros dois têm uma
produção "que merece ser mais bem analisada". A partir dessa análise e
da capacidade produtiva desses poços a ANP definirá se considera Tubarão
Azul econômico ou não.
Caso a avaliação seja positiva, a agência avisará à OGX que deve
submeter um novo plano de desenvolvimento da área. Caso a petroleira
considere que não tem condições de tocar o projeto, ela terá que
devolver o campo.
"A comercialidade é uma questão intrínseca de cada companhia. Um campo
pode ser comercial para uma empresa e não ser para a outra", disse
Magda. Essa definição, explicou, depende da produtividade dos campos
mas, também, de quanto se gasta para produzir nos mesmos.
A diretora-geral da ANP se reuniu nesta quinta-feira com a
superintendência de produção e aguarda uma resposta sobre a análise na
próxima semana.
Leilão do pré-sal
Em relação ao leilão do pré-sal, Magda afirmou que o número de
participantes dos consórcios que irão disputar o campo de Libra, será
limitado a sete empresas, incluindo a Petrobras e a Pré-sal Petróleo S.A
(PPSA). Com isso, o governo abre espaço apenas para que os consórcios
sejam por até cinco empresas não ligadas ao governo federal.
Por ser tratar de um dos maiores projetos da indústria de petróleo no
mundo, a tendência era que os consórcios formados para disputar o leilão
de Libra fossem compostos por um grande número de companhias, o que
dificultaria o gerenciamento pela ANP.
Nesse sentido, o órgão regulador considerou que o número ideal de
participantes seria de sete empresas. "Só que, com a Petrobras e PPSA, o
número de participantes dos consórcios subiria para nove", afirmou.
Com isso, a ANP decidiu limitar para cinco o número de participantes
dentro de um consórcio, que, com a Petrobras e a PPSA, chegaria a sete.
Segundo Magda, tirando a Petrobras que terá um porcentual mínimo
garantido de 30% no consórcio vencedor, não há exigência de porcentual
mínimo de participação para as demais empresas.
"O que vamos licitar é 70% do projeto. Se uma empresa tiver
participação de 1%, as outras demais do consórcio terão que suprir
isso", explicou a diretora.
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