A agência analisa plano de desenvolvimento de Tubarão Azul apresentado no fim de abril
Na semana passada, a ANP aceitou o óleo de Tubarão Martelo como garantia para as obrigações da 11ª rodada, mesmo com o campo ainda não em produção
Rio de Janeiro - A Agência Nacional do Petróleo (ANP) encaminhou à OGX,
empresa de óleo e gás natural do empresário Eike Batista, algumas
dúvidas sobre o volume estimado de óleo em reservatórios tanto para o
campo de Tubarão Azul, quanto para Tubarão Martelo, ambos na Bacia de
Campos.
No caso do primeiro, a ANP reprovou o plano de desenvolvimento da
empresa e recusou a proposta de aceitar o óleo do campo como garantia
para as obrigações relativas aos 13 blocos arrematados pela companhia na
11ª rodada de áreas exploratórias, realizada em maio. O motivo foi a
incerteza acerca do volume do reservatório.
Para Martelo, aprovou o plano, mas solicitou que a companhia revisasse estimativas de produção.
A ANP analisa plano de desenvolvimento de Tubarão Azul apresentado no
fim de abril. Aguarda ainda o novo documento que a OGX anunciou que
submeteria à reguladora, em fato relevante de 1º de julho.
A OGX tem três poços produtores em Tubarão Azul, mas apenas dois
produziram em junho, somando 9,7 mil barris/dia. A companhia informou em
1º de julho que poderia deixar de produzir no campo, devido à
irregularidade do reservatório e ausência de tecnologia.
Na semana passada, a ANP aceitou o óleo de Tubarão Martelo como
garantia para as obrigações da 11ª rodada, mesmo com o campo ainda não
em produção e com incertezas quanto ao volume que será produzido.
A agência aprovou o plano de desenvolvimento, em junho, mas solicitou
"a atualização dos modelos geológicos e de simulação, bem como a
apresentação de novas estimativas de produção e reservas a partir da
modelagem atualizada, e dos dados reais de produção".
As regras da agência dão seis meses às empresas para apresentar o plano
de desenvolvimento de um campo, depois de declararem se a área onde foi
encontrado petróleo pode ou não ser explorada comercialmente. A
declaração de comercialidade é decisão da empresa e independe da
reguladora.
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