Até 30 projetos poderão ser aprovados durante o primeiro ano de funcionamento da incubadora
São Paulo - Uma parceria entre o Centro de Liderança Pública,
organização sem fins lucrativos com sede em São Paulo, e a Laspau,
entidade ligada à universidade de Harvard para o gerenciamento de bolsas de estudo em instituições de ensino americanas, vai incentivar a criação de startups brasileiras na região de Boston, nos Estados Unidos.
O Brazil IdeaLab, como foi batizado o projeto, será a primeira
incubadora de empresas do Brasil no exterior. O processo de seleção
começou hoje e vai até o início de novembro.
“Nosso objetivo é reter parte dos talentos que estudam nas
universidades americanas e, assim, incentivar o retorno desses
profissionais qualificados com projetos ligados ao Brasil”, diz Luiz
Felipe d’Avila, presidente do CLP.
Pela parceria, a Laspau fará a intermediação dos estudantes e
pesquisadores com as universidades, buscando os centros de ensinos mais
adequados aos objetivos de seus projetos, e auxiliará no monitoramento
durante o período de desenvolvimento.
Já o CLP ficará responsável pela promoção de encontros entre
investidores e as startups e pelos recursos necessários para o
funcionamento da incubadora. Além disso, a Laspau e o CLP vão realizar
palestras, debates e encontros com outros empreendedores. O investimento
inicial previsto para o Brazil IdeaLab é de 1,5 milhão de dólares até o
fim de 2015.
A região de Boston conta com mais de 50 universidades e é um dos
grandes centros de inovação do mundo. Entre as universidades mais
renomadas, estão Harvard e o MIT (Massachusetts Institute of
Technology).
“Boston é um dos locais mais propícios para uma incubadora. Existe uma
forte interação entre as universidades, empresas e poder público”,
afirma Peter DeShazo, diretor executivo da Laspau. A Laspau também é
responsável pela administração das bolsas de estudo de doutorado do
programa do governo brasileiro Ciências sem Fronteira nos Estados
Unidos.
Segundo d’Avila, se o Brazil IdeaLab for bem sucedido, deverá ser
ampliado para outras regiões americanas, como o Vale do Silício, na
Califórnia. No primeiro ano de funcionamento, a incubadora poderá apoiar
entre 15 e 30 startups, dependendo do número de projetos selecionados
pelas duas instituições.
Como fazer
Para participar do Brazil IdeaLab, os candidatos devem ser brasileiros e
estudar ou fazer pesquisas nos Estados Unidos. Para se habilitar, a
startup precisa ter também a meta de promover algum impacto público com
seus negócios no Brasil.
Segundo d’Avila, o desenvolvimento de uma nova semente de soja que
tenha potencial de ampliar as fronteiras do agronegócio do brasileiro é
um exemplo de startup que contemplaria esse propósito.
“A implantação do projeto tem que ser no Brasil e deve trazer
benefícios ao país”, diz. O prazo para a inscrição vai até o início de
novembro. Os candidatos interessados devem enviar e-mail para
laspau-idia@harvard.edu para maiores informações.
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