A Codesp informou que 22 navios que têm
operações mecanizadas foram descarregados normalmente. É o caso, por
exemplo, do carregamento de álcool e derivados de petróleo, que utilizam
tubulações, e de grãos, como milho, trigo e soja, que são operados por
esteiras.O movimento, organizado pelo Sindicato
dos Estivadores de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, reivindica
que a Empresa Brasileira de Terminais Portuários (Embraport) volte a
contratar os trabalhadores por produção, por meio do Órgão Gestor de Mão
de Obra (Ogmo), e não com vínculo empregatício.De acordo com César Rodrigues Alves, primeiro-secretário do sindicato, cerca de 500 trabalhadores aderiram ao movimento.
O
sindicalista explica que eles preferem atuar de maneira avulsa porque
ganham por produção e podem atuar em diferentes empresas."A Embraport começou a operar agora e
havia um acordo de que eles seguiriam o regime de contratação que já é
comum aqui, por meio do Ogmo, mas eles não estão cumprindo", explicou.
Alves informou que haverá uma reunião na próxima sexta-feira (12) com a
empresa, mas eles decidiram manter a paralisação para pressionar a
negociação.
A Embraport informou, por meio de nota,
que a contratação de mão de obra pela Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) cumpre o que determina a nova Lei dos Portos. "É o regime que dá
mais segurança e garantias ao trabalhador", apontou. Destacou ainda que, ao anunciar as vagas disponíveis para estivadores, está dando preferência aos que são cadastrados no Ogmo.
Segundo a empresa, até o momento, 13 trabalhadores foram contratados pelo regime celetista e 20 estão em processo seletivo.Para o diretor do sindicato, a mudança
gera um "caos social na região", porque não existe, entre os
profissionais do porto, uma cultura de vínculo empregatício. "Trocar um rendimento de até R$ 4 mil
por cerca de R$ 1 mil não é vantagem.
Até poderíamos mudar para um
regime de CLT, mas isso teria que ser dialogado durante um período com
os sindicatos, para acertar salário, participação nos lucros, todas as
garantias. Da forma que estão fazendo, não dá", criticou.Um novo protesto está marcado para amanhã (11) no Porto de Santos, inclusive com a adesão de outras categorias.
Eles participam do Dia Nacional de
Luta, que contará com o envolvimento de diversas categorias em todo o
país. Alves informou que a paralisação, inicialmente, ocorre somente no
turno das 7h às 13h.
Fonte: Agência Brasil
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