quarta-feira, 24 de julho de 2013

Rússia compra mais carnes do Brasil e pressiona para vender material de defesa



 
 
A Rússia flexibiliza o embargo contra as carnes do Brasil mesmo sem ter no radar planos para acabar formalmente com a interdição imposta desde julho de 2011. Segundo fontes do comércio internacional,  Moscou mantém assim o controle das importações, o que agrada os produtores internos, mas o maior objetivo é pressionar Brasília a autorizar a importação de equipamentos russos de defesa, como o Pantsir-S1 (foto). 

Por isso, dizem os especialistas, o que os russos vão continuar fazendo liberalização progressiva para  as carnes do Brasil, embora o mercado naquele país seja de alta demanda.

Recentemente, os russos habilitaram duas plantas do Paraná produtoras de frango.

Um abatedouro de cavalos também foi autorizado a exportar para o mercado russo, o que representou a abertura de novo nicho para os brasileiros. 

As exportações de carnes brasileiras para a Rússia tiveram seu auge entre 2007 e 2008. Depois, passaram a declinar. Além do embargo sanitário aos três Estados (Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso),  frigoríficos de outras regiões do Brasil foram desabilitados pelos russos. 

O pior aconteceu com a carne suína, já que restou apenas um frigorífico habilitado, em Santa Catarina.

Desde então, já estiveram em Moscou a presidenta Dilma, o vice-presidente Michel Temer, e  ministros, mas não conseguiram derrubar o embargo.

As exportações brasileiras à Rússia mostraram-se mais estáveis no primeiro semestre deste ano e a expectativa é que as vendas não voltem a recuar.

De janeiro a junho, por exemplo, a Rússia foi o principal destino dos embarques brasileiros de carne suína. As vendas para o país renderam US$ 201,3 milhões, 20,4% mais que em igual intervalo de 2012, e representaram quase 32% da receita total. 
 
 Fontes: redação com agências e Equipe BeefPoint

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