A
Rússia flexibiliza o embargo contra as carnes do Brasil mesmo sem ter
no radar planos para acabar formalmente com a interdição imposta
desde julho de 2011. Segundo fontes do comércio internacional, Moscou
mantém assim o controle das importações, o que agrada os produtores
internos, mas o maior objetivo é pressionar Brasília a autorizar a
importação de equipamentos russos de defesa, como o Pantsir-S1 (foto).
Por
isso, dizem os especialistas, o que os russos vão continuar fazendo
liberalização progressiva para as carnes do Brasil, embora o mercado
naquele país seja de alta demanda.
Recentemente, os russos habilitaram duas plantas do Paraná produtoras de frango.
Um
abatedouro de cavalos também foi autorizado a exportar para o mercado
russo, o que representou a abertura de novo nicho para os brasileiros.
As
exportações de carnes brasileiras para a Rússia tiveram seu auge entre
2007 e 2008. Depois, passaram a declinar. Além do embargo sanitário
aos três Estados (Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso),
frigoríficos de outras regiões do Brasil foram desabilitados pelos
russos.
O pior aconteceu com a carne suína, já que restou apenas um frigorífico habilitado, em Santa Catarina.
Desde
então, já estiveram em Moscou a presidenta Dilma, o vice-presidente
Michel Temer, e ministros, mas não conseguiram derrubar o embargo.
As
exportações brasileiras à Rússia mostraram-se mais estáveis no primeiro
semestre deste ano e a expectativa é que as vendas não voltem a recuar.
De
janeiro a junho, por exemplo, a Rússia foi o principal destino dos
embarques brasileiros de carne suína. As vendas para o país renderam US$
201,3 milhões, 20,4% mais que em igual intervalo de 2012, e
representaram quase 32% da receita total.
Fontes: redação com agências e Equipe BeefPoint
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