Assuntos relacionados
Se pudesse voltar no tempo, o empresário Eike Batista, presidente e
controlador do grupo EBX, não recorreria ao mercado de ações. "Eu teria
estruturado um 'private equity' que me permitisse criar do zero e
desenvolver ao longo de pelo menos dez anos cada companhia. E todas
permaneceriam fechadas até que eu estivesse seguro de que havia chegado o
momento de abrir o capital", diz o empresário em artigo publicado ontem
pelo Valor PRO, no qual pela primeira vez comenta a crise em seus negócios.
Eike diz que mereceu a confiança do mercado porque tinha trajetória
de 30 anos de trabalho, "desafios superados, sucesso e uma capacidade
comprovada de cumprir compromissos". Segundo ele, a expectativa em torno
da OGX era altíssima, baseada em prognósticos de empresas
independentes. "Eu estava extasiado com as informações que me chegavam.
Podia tê-las guardado para mim?", pergunta. "Eu perdi e venho perdendo
bilhões de dólares com a OGX. Alguém que deseja iludir o próximo faz
isso a um custo de bilhões?"
Nos casos de MPX, MMX e LLX, "a depreciação do valor de mercado é
claramente incompatível com o que têm a oferecer", diz. Na conclusão do
artigo, ele afirma que seu obituário empresarial tem ocupado as páginas
de blogs, jornais e revistas. "Só posso dizer que me vejo muito longe
deste Eike aposentado".
Nenhum comentário:
Postar um comentário