sexta-feira, 19 de julho de 2013

Eike diz se arrepender de abertura de capital

Por Do Rio
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Se pudesse voltar no tempo, o empresário Eike Batista, presidente e controlador do grupo EBX, não recorreria ao mercado de ações. "Eu teria estruturado um 'private equity' que me permitisse criar do zero e desenvolver ao longo de pelo menos dez anos cada companhia. E todas permaneceriam fechadas até que eu estivesse seguro de que havia chegado o momento de abrir o capital", diz o empresário em artigo publicado ontem pelo Valor PRO, no qual pela primeira vez comenta a crise em seus negócios.

Eike diz que mereceu a confiança do mercado porque tinha trajetória de 30 anos de trabalho, "desafios superados, sucesso e uma capacidade comprovada de cumprir compromissos". Segundo ele, a expectativa em torno da OGX era altíssima, baseada em prognósticos de empresas independentes. "Eu estava extasiado com as informações que me chegavam. Podia tê-las guardado para mim?", pergunta. "Eu perdi e venho perdendo bilhões de dólares com a OGX. Alguém que deseja iludir o próximo faz isso a um custo de bilhões?"

Nos casos de MPX, MMX e LLX, "a depreciação do valor de mercado é claramente incompatível com o que têm a oferecer", diz. Na conclusão do artigo, ele afirma que seu obituário empresarial tem ocupado as páginas de blogs, jornais e revistas. "Só posso dizer que me vejo muito longe deste Eike aposentado".

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