O
diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto
Carvalho de Azevêdo (foto), disse nesta quarta-feira, durante o
Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, no Palácio Itamaraty, que
a crise mundial de 2008 colocou os países emergentes em destaque no
cenário mundial.
Segundo ele, isso ajudou o Brasil a se elevar a um novo
patamar, junto com outros países emergentes, mas, também, aumentou
suas responsabilidades em relação às políticas de desenvolvimento e de
cooperação com outros países.
O
embaixador brasileiro disse que a atuação do país em todos os foros de
governança global deve ser tomada como estratégia de Estado. Segundo
ele, o Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do
Sul, ainda não está preparado para isso.
“O
Brics não é um grupo que está maduro para, de maneira ágil e rápida,
atuar nos foros de governança global. O grupo precisa conversar mais”,
disse ele.Azevedo acrescentou que os emergentes
são um dos principais pontos de atenção no cenário global e as políticas
públicas de desenvolvimento econômico e social vão ser acompanhadas
muito de perto.Azevedo falou no evento, que marca os
dez anos do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), fórum
que abrange empresários, governo e representantes da sociedade civil.
Azevêdo
acrescentou que, atualmente, em qualquer fórum mundial, as negociações
entre países desenvolvidos e o Brasil se dá entre “pares” e que
os pedidos de esforços serão cada vez maiores.
Nesse cenário, no
entanto, ele ressaltou que as alianças com países em desenvolvimento
são, “seguramente”, mais importantes do que eram antes da crise de 2008,
o que envolve cooperações técnicas e políticas com esses países.
Fonte: Agência Brasil |
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