O
Banco Central (BC) definiu mais uma medida para estimular a entrada de
dólares no país e, por consequência, ajudar a conter a alta da moeda
americana.
O procedimento,
divulgado na noite de ontem (11) no sistema de informações do BC,
modificou o cálculo do requerimento de capital para cobrir riscos de
exposição em moeda estrangeira, ouro, ativos e passivos sujeitos à
variação cambial.
Na prática, a decisão reduz o custo
para que as instituições financeiras tragam recursos de filiais no
exterior para o país. A norma entrou em vigor imediatamente.
De acordo com o BC, a medida não reduz
“a prudência e a solidez do sistema financeiro”.
Para o BC, as regras
prudenciais brasileiras “continuam significativamente mais conservadoras
que o padrão internacional”.
O governo também anunciou,
recentemente, outras medidas para suavizar a alta do dólar. No último
dia 3, o BC eliminou as restrições de prazos para que os exportadores
financiem pagamentos antecipados.
Antes, os exportadores que quisessem
antecipar o recebimento das receitas com as vendas para o exterior
poderiam pegar empréstimos de até cinco anos.
O BC derrubou esse limite, permitindo
que financiamentos de prazos mais longos sejam concedidos, o que aumenta
a oferta de dólares no mercado, empurrando a cotação para baixo.
O BC também retirou o depósito
compulsório sobre a posição vendida de câmbio. Com isso, os bancos
deixaram de recolher à autoridade monetária parte dos valores aplicados
em apostas de que o dólar vai cair.
Outra atuação do BC é por meio de operações de swap cambial tradicional, equivalente à venda de dólares no mercado futuro.
Além dessas ações do BC, o governo
zerou o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) para os estrangeiros
que aplicam em renda fixa no Brasil.
Antes, a alíquota era 6%.
Outra mudança
foi a isenção de IOF, que era cobrado, com alíquota de 1%, sobre a
venda de moeda estrangeira no mercado futuro.
|
|
Nenhum comentário:
Postar um comentário