terça-feira, 16 de julho de 2013

Gigantes da hotelaria global Hyatt, Hilton, Windsor e Iberoamerica miram o Glória, de Eike Batista



 
 
As redes hoteleiras Hyatt, Hilton, Windsor e Iberoamerica teriam conversado com a EBX, através da construtora/incorporadora do grupo, a REX, sobre as condições de venda do hotel Glória, junto à praia do Flamengo, no Rio. Segundo fontes próximas às negociações, um fator que emperra a venda é a viabilidade econômica: pesa sobre o Glória o valor do imóvel que, segundo o mercado, estaria avaliado em R$ 300 milhões.

"Se a oferta fosse para administrar o Glória, certamente nos interessaria. O hotel é um empreendimento de primeira linha. Mas é um investimento muito pesado", resume o diretor da rede Iberostar no Brasil, Orlando Giglio.

Em nota, o escritório da Hyatt nos Estados Unidos, disse que está em busca de oportunidades para expandir presença no Brasil, mas que não comenta aquisições antes da assinatura do contrato. O gerente de marketing Paulo Marcos Ribeiro negou que houvesse qualquer negociação entre o empresário José Orero, da rede Windsor, que tem em seu portfólio o Meridien, e a REX. 

A REX sustenta que "vem mantendo conversas com uma bandeira hoteleira internacional de alto padrão" e acrescenta que o avanço das negociações levou à "readequação do cronograma" para atender exigências do novo operador. Quando desembolsou, em 2008, R$ 80 milhões pelo hotel, Eike Batista esperava inaugurar o novo Glória antes da Copa das Confederações, que terminou com vitória do Brasil sobre a Espanha, no dia 29 de junho; uma placa em frente ao hotel fala em obras até janeiro de 2014, mas existem dúvidas sobre a conclusão a tempo até mesmo da Olimpíada de 2016.As ruínas do antigo edifício em nada lembram seus dias de glória, que desde sua inauguração em 1922, hospedou celebridades internacionais e 19 presidentes da República. 
 
"Todo o interior era muito característico dos anos 20, com lustres, balcões e elevadores da época. Hoje, só restou a fachada do prédio, que está vazio por dentro", lamenta a especialista em patrimônio público Sônia Rabello, ex-vereadora e com passagem no Conselho de Tombamento da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro (Inepac).
Fonte: Brasil Econômico
 

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