sexta-feira, 19 de julho de 2013

Cuidado ao usar banda larga de graça no aeroporto; pode custar muito caro


 


Aeroportos como Congonhas e Guarulhos são “pântanos de contaminação eletrônica”, alerta o presidente da AirTight, Fernando Neves.

O executivo escreveu o seguinte artigo sobre o assunto publicado pelo portal Amanhã. 

A febre da Internet móvel é tanta que parece quase impensável, na atualidade, existir um aeroporto que não supra seus frequentadores de banda larga abundante e fácil de ser acessada. 

Sem dúvida, se até o mais simples fast-food já não pode viver sem rede Wi-Fi, o que dizer de um aeroporto internacional, onde milhares de pessoas em trânsito – muitas delas executivos, para os quais o tempo é ouro - são obrigadas a viver intermináveis momentos e até jornadas diárias de espera improdutiva.  

Mas, se oferecer o Wi-Fi é obrigação básica, não há nisso uma garantia de que os provedores de tal serviço (no caso, os aeroportos), garantam também a segurança do usuário. 

De fato, por sua grande proliferação, e por sua grande quantidade de recursos online, os tablets e smartphones apresentam alto potencial de perigo, sendo um saboroso prato para os “lobos maus” do mundo virtual. 

No ano passado, por exemplo, os ataques do crime virtual aos dispositivos móveis tiveram uma alta superior a 400%.
Ocorre que tais dispositivos surgiram de forma tão rápida - e com uma exigência tão implacável de acesso público à web - que a maior parte dos gestores das novas áreas dotadas de Wi-Fi não teve sequer o tempo hábil para avaliar estes riscos e adotar as proteções necessárias. 

Em varreduras realizadas em mais de 20 aeroportos mundiais, a fabricante global de redes sem fio AirTight classificou estas áreas como verdadeiros pântanos de contaminação eletrônica e perigosíssimos pontos de concentração de hackers do mal. 

A soma de alguns fatores torna os aeroportos o local ideal para a prática de crimes.

Entre estes fatores encontram-se a alta concentração de pessoas com dispositivos móveis, o ambiente de acesso não protegido e a pressa. Os dois primeiros são fatores ambientais. A pressa faz com que as poucas normas de segurança de acesso – quando existem – sejam desrespeitadas, em virtude do pouco tempo disponível para a realização de uma transferência bancária ou mesmo da atualização em uma rede social.

No Brasil, não poderia ser diferente. Em rápidas blitzes eletrônicas, feitas com a ajuda de um farejador WIPS (Wireless Intrusion Prevention System), a AirTight flagrou situações simplesmente explosivas em dois dos maiores aeroportos brasileiros. 

No aeroporto de Congonhas, em São Paulo, não precisou de mais de 40 minutos para a empresa identificar a existência de 240 pontos de acesso sem fio sendo 86 deles totalmente abertos, sem a exigência de senhas para acesso à internet e sem a mínima garantia de segurança para o usuário do aeroporto. 

Neste curto período de tempo, nada menos que três dispositivos do ambiente foram pegos usando estas redes inseguras para roubar senhas de usuários ou inocular códigos maliciosos em seus tablets e smartphones. Tudo isto sem contar, é claro, as possíveis dezenas ou centenas de caixas postais vasculhadas ou senha de usuários decalcadas.  

Em outra análise idêntica, realizada no Aeroporto Internacional de Guarulhos (foto), a AirTight constatou a existência de 470 clientes conectados às 77 redes moveis, em operação naquele período, e identificou que 41 desses pontos estavam altamente vulneráveis ou sob tentativa concreta de ataque.

Ciente desses problemas, os gestores de redes públicas começam a se mexer, com a  adoção  de   ferramentas   capazes   de   criar   vigilância   e   auditoria   online, identificando  situações  como  a  de  pontos  de  acesso   clonados   ou  perigosos (levados dentro de malas oferecendo internet gratuita “FALSA” para incautos), ou como dispositivos oportunistas, que surfam na insegurança da rede bisbilhotando os demais. 

A AirTight disponibiliza acessos à redes WiFi seguras e já vem realizando a instalação em diversos ambientes. Num futuro próximo será possível desfrutar de redes WiFi rápidas e seguras.

Mas enquanto isto não acontece, o melhor é evitar o Wi-Fi público, por menos eficientes que sejam as redes 3G dos celulares, e por mais insuportável que seja a vida sem conexão em plena chatice dos aeroportos.

Fonte: Amanhã


 
 
 


 
 




 

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