23 de julho de 2013 • 09h45 • atualizado 10h44
O jornal americano The New York Times criticou os
preços absurdamente altos do "custo Brasil" com combustível bem acima da
média mundial e uma pizza de queijo que chega a custar US$ 30 (cerca de
R$ 67). Segundo a publicação, quem vive nos EUA não sabe que o berço
mais barato vendido na loja de mobiliário Tok & Stok chega a custar
seis vezes mais do que o vendido na Ikea, uma loja similar dos EUA.
O
jornal afirma que os brasileiros estão "ressentidos" pelos gastos da
elite política e que pagam preços elevados para quase tudo e as pessoas
sabem que pagam mais caro quando poderiam gastar menos, o que mostra que
há "algo de errado" no País. Os protestos de rua
surgiram a partir de uma campanha popular contra o aumento das tarifas
de ônibus - que implicam em gastos muito mais elevados aos habitantes do
Rio de janeiro e São Paulo do que aos habitantes de Nova York ou Paris.
Para o jornal, "o preço do transporte é apenas um exemplo das lutas que
muitos brasileiros enfrentam para fazer face às despesas."Para
mostrar o elevado custo pago pelos brasileiros, o The New York Times
diz que alugar um apartamento em áreas cobiçadas do Rio de Janeiro se
tornou mais caro do que em Oslo, capital da Noruega, cidade rica em
petróleo. Antes dos protestos, o aumento dos preços dos alimentos
básicos, como tomates, viraram motivos de paródias com a presidente
Dilma Rousseff e seus assessores econômicos.
A
inflação está em torno de 6,4% ao ano, com a classe média reclamando que
está arcando com o ônus dos aumentos de preços. A indignação popular é
inflamada numa época em que grandes projetos de estímulo estão deixando a
economia desacelerar, aumentando o espectro de estagnação na maior
economia da América Latina, completa a publicação.
O
jornal afirma ainda que os custos "altíssimos" do Brasil podem ser
atribuídos a uma série de fatores, incluindo gargalos de transporte que
tornam mais caro levar os produtos para os consumidores, além das
políticas protecionistas que protegem os fabricantes brasileiros da
competição e de um legado dos consumidores um pouco acostumados com
inflação relativamente alta, e que ainda está longe dos 2.477%
alcançados em 1993, antes da reestruturação drástica da economia.
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