WASHINGTON - O
Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu significativamente as
projeções de crescimento do Brasil para 2013 e 2014, segundo relatório
divulgado nesta terça-feira. Para este ano, o FMI passou a estimar uma
expansão do PIB de 2,5%, abaixo dos 3% previstos em abril, quando foi
divulgado o Panorama Econômico Mundial (WEO, na sigla em inglês) . Para o
ano que vem, o corte foi ainda maior, de 4% para 3,2% de expansão.
Apesar das revisões para baixo, o Fundo ainda espera um crescimento mais forte do que os analistas ouvidos pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus, que projetam uma expansão de 2,34% em 2013 e de 2,8% em 2014.
Em entrevista divulgada na página eletrônica do FMI, o economista-chefe do Fundo disse que o investimento baixo parece ser um dos motivos para a perda de fôlego da economia brasileira. “Nós reduzimos a projeção de crescimento de todos os Brics (o grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em alguma medida”, disse Olivier Blanchard.
“Se você olha país por país, parece haver um motivo específico para cada um deles. Na China, parecem os investimentos improdutivos, no Brasil, o investimento baixo, na Índia, incertezas administrativas e sobre políticas. Mas você se pergunta se não há algo por trás disso.”
Para Blanchard, o que estaria por trás desse movimento é uma desaceleração do crescimento potencial (aquele que não acelera a inflação) e não do “componente cíclico”. “Está claro que esses países não vão crescer a mesma taxa que cresciam antes da crise.”
Ao comentar os efeitos sobre a economia global dessa desaceleração dos emergentes, Blanchard disse que o FMI fez algumas simulações que mostram o potencial da perda de fôlego dessas economias. “Se o crescimento dos Brics ficar 2,0% abaixo do que projetamos, o impacto sobre os EUA seria de 0,5%. É algo que realmente tem importância”, afirmou.
O FMI passou a projetar um crescimento de 5% para o grupo de emergentes em 2013 e de 5,4% em 2014. Em abril, as estimativas eram de 5,3% e 5,7%, pela ordem. “Isso significa expectativas mais fracas em todas as regiões”, aponta o relatório. “Na China, o crescimento vai ficar em 7,75% na média de 2013 e 2014”, diz o FMI, projetando expansão de 7,8% neste ano e de 7,7% no ano que vem, 0,25 e 0,5 ponto abaixo do projetado em abril.
Na Rússia, o corte foi mais profundo. O FMI estima agora crescimento de 2,5% neste ano (contra 3,4% previstos em abril) e de 3,3% no ano que vem (contra 3,8%). “As perspectivas para muitos exportadores de commodities (incluindo aqueles entre os Brics) também se deterioraram devido aos preços de commodities mais baixos.”
Apesar das revisões para baixo, o Fundo ainda espera um crescimento mais forte do que os analistas ouvidos pelo Banco Central (BC) na pesquisa Focus, que projetam uma expansão de 2,34% em 2013 e de 2,8% em 2014.
Em entrevista divulgada na página eletrônica do FMI, o economista-chefe do Fundo disse que o investimento baixo parece ser um dos motivos para a perda de fôlego da economia brasileira. “Nós reduzimos a projeção de crescimento de todos os Brics (o grupo de países formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) em alguma medida”, disse Olivier Blanchard.
“Se você olha país por país, parece haver um motivo específico para cada um deles. Na China, parecem os investimentos improdutivos, no Brasil, o investimento baixo, na Índia, incertezas administrativas e sobre políticas. Mas você se pergunta se não há algo por trás disso.”
Para Blanchard, o que estaria por trás desse movimento é uma desaceleração do crescimento potencial (aquele que não acelera a inflação) e não do “componente cíclico”. “Está claro que esses países não vão crescer a mesma taxa que cresciam antes da crise.”
Ao comentar os efeitos sobre a economia global dessa desaceleração dos emergentes, Blanchard disse que o FMI fez algumas simulações que mostram o potencial da perda de fôlego dessas economias. “Se o crescimento dos Brics ficar 2,0% abaixo do que projetamos, o impacto sobre os EUA seria de 0,5%. É algo que realmente tem importância”, afirmou.
O FMI passou a projetar um crescimento de 5% para o grupo de emergentes em 2013 e de 5,4% em 2014. Em abril, as estimativas eram de 5,3% e 5,7%, pela ordem. “Isso significa expectativas mais fracas em todas as regiões”, aponta o relatório. “Na China, o crescimento vai ficar em 7,75% na média de 2013 e 2014”, diz o FMI, projetando expansão de 7,8% neste ano e de 7,7% no ano que vem, 0,25 e 0,5 ponto abaixo do projetado em abril.
Na Rússia, o corte foi mais profundo. O FMI estima agora crescimento de 2,5% neste ano (contra 3,4% previstos em abril) e de 3,3% no ano que vem (contra 3,8%). “As perspectivas para muitos exportadores de commodities (incluindo aqueles entre os Brics) também se deterioraram devido aos preços de commodities mais baixos.”
(Sergio Lamucci | Valor)
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