RIO - (Atualizada às 15h03)
A maior parte do plano de desinvestimentos da Petrobras será executada
neste ano, segundo o diretor-financeiro e de Relações com Investidores,
Almir Barbassa. A companhia mantém a meta do plano, de se desfazer de
US$ 9,9 bilhões em ativos em 2013.
“Temos trabalhado intensamente nesses projetos [de desinvestimentos] e
esperamos que nós próximos meses possamos dar mais informações”,
afirmou o executivo, durante teleconferência com analistas sobre os
resultados do segundo trimestre de 2013.
Barbassa disse ainda que o caixa da companhia fechou o segundo
trimestre em US$ 32,8 bilhões, o que é suficiente para garantir os
investimentos necessários da companhia até o fim do ano.
“Poderíamos dizer que estamos com a captação do ano completa”, disse o
diretor. “Qualquer nova captação seria destinada a pré-pagamento ou a
pré-funding para o ano que vem.” A companhia realizou no segundo
trimestre uma captação líquida de US$ 15,1 bilhões.
Preços internos
Barbassa comentou ainda que a Petrobras tenta negociar um reajuste do
preço dos combustíveis no mercado interno. "Este é um assunto que
estamos trabalhando intensamente, no sentido de buscar um ajuste ou
alinhamento dos preços domésticos com internacionais”, afirmou.
Hedge e dividendos
O diretor-financeiro da Petrobras comentou também que não há
expectativa de propor distribuição antecipada de dividendos no segundo
semestre. “Não mudamos política de eventual antecipação de dividendos
para o segundo semestre. Não há expectativa de propor distibuição ainda
no segundo semestre. Vamos ver como fica a disponibilidade de caixa
neste período de alavancagem crescente”, frisou, na teleconferência com
analistas.
Ele notou, contudo, que a contabilidade de hedge (proteção) pode
gerar um pagamento adicional de dividendos de R$ 600 milhões aos
acionistas detentores de ações ordinárias. “Se tudo for mantido, e
imaginando que tudo seja aprovado, nesse caso teremos uma distribuição
adicional de R$ 600 milhões em dividendos para as ON”, disse.
Para Barbassa, a contabilidade de hedge “veio para ficar”. A medida,
avalia, traz um benefício muito grande para a companhia e o resultado
fica muito alinhado com a operação da empresa. “Quando tivermos agora um
resultado, ele estará refletindo de fato a operação da companhia e não
mais o efeito inesperado e incontrolável da variação cambial”, afirmou.
O diretor financeiro emendou que a venda de dois ativos no Golfo do
México gerou R$ 250 milhões à companhia. Segundo ele, esse valor já foi
incorporado no balanço do segundo trimestre deste ano.