O panorama para o ano todo já pode ser traçado: baixo crescimento,
inflação controlada – mas em padrão elevado – e muita preocupação com o
setor externo. A inflação deu um susto no governo e, afinal, deve ficar
abaixo de 6%. Um nível alto, mas não explosivo.
Para evitar
uma surpresa desagradável, no entanto, o governo pagou caro, pois
reduziu alíquotas de itens importados, gastou dinheiro para segurar o
dólar e, ao controlar o preço final da gasolina, criou uma série de
distorções: desestimulou o etanol, gerou problemas no caixa da Petrobras
e aumentou o número de carros nas ruas.
Outra decisão teve um efeito devastador: ao pressionar pelo adiamento
dos reajustes de ônibus municipais, o Ministério da Fazenda sem querer,
ajudou a acender o estopim da revolta nas ruas. As tarifas de energia
ajudaram a conter a inflação, mas haverá um valor a ser pago, seja pelo
Tesouro ou pelo consumidor, no futuro próximo.
Os juros voltaram a
subir, para segurar a inflação – embora muitos economistas considerem
essa ação deletéria, pois, ao ampliar o pagamento de juros da dívida
interna, vai gerar, a médio prazo, endividamento, esclerosamento das
contas públicas e mais inflação. Os juros básicos estão em 8,5%, havendo
previsão de que se aproximem de 9,5%, no dia 31 de dezembro.
A
expansão da economia, por volta de 2%, é baixa, mas dentro do que se
poderia esperar, após tantas atribulações e, sobretudo, bastante falta
de confiança nos atos do governo – que não tem dinheiro para a saúde mas
não desiste do projeto do trem-bala, de R$ 50 bilhões.
A todo
momento o governo anuncia investimentos privados em infra-estrutura
como um grande trunfo, mas foi obrigado a elevar sua remuneração, sob
pena de fracasso. Na área externa, só há cacos a juntar. A Associação de
Comércio Exterior do Brasil (AEB) mudou sua previsão de saldo para
déficit de US$ 2 bilhões na balança comercial. E, em transações
correntes, se espera um buraco acima de US$ 70 bilhões que, este ano,
não será coberto pela entrada de dinheiro externo.
Um fato
negativo se dá na comparação com outros países. Estudo da EY – novo nome
da Ernst Young – prevê expansão para o Brasil de 2,4% este ano, o
sétimo pior entre 25 emergentes, acima apenas de República Tcheca,
Ucrânia, Polônia, Egito, África do Sul e Coréia do Sul. A China, todo
dia citada nos jornais como estando em crise, ou fase de menor expansão,
deverá crescer, este ano, 7,3%. Uma questão preocupante é a situação
das grandes estatais. A Eletrobras e suas subsidiárias vivem fase
difícil e as contas da Petrobras andam muito estranhas.
(Fonte: Monitor Digital Online)
O panorama para o ano todo já pode ser traçado: baixo crescimento,
inflação controlada – mas em padrão elevado – e muita preocupação com o
setor externo. A inflação deu um susto no governo e, afinal, deve ficar
abaixo de 6%. Um nível alto, mas não explosivo.
Para evitar uma surpresa desagradável, no entanto, o governo pagou caro, pois reduziu alíquotas de itens importados, gastou dinheiro para segurar o dólar e, ao controlar o preço final da gasolina, criou uma série de distorções: desestimulou o etanol, gerou problemas no caixa da Petrobras e aumentou o número de carros nas ruas.
Outra decisão teve um efeito devastador: ao pressionar pelo adiamento dos reajustes de ônibus municipais, o Ministério da Fazenda sem querer, ajudou a acender o estopim da revolta nas ruas. As tarifas de energia ajudaram a conter a inflação, mas haverá um valor a ser pago, seja pelo Tesouro ou pelo consumidor, no futuro próximo.
Para evitar uma surpresa desagradável, no entanto, o governo pagou caro, pois reduziu alíquotas de itens importados, gastou dinheiro para segurar o dólar e, ao controlar o preço final da gasolina, criou uma série de distorções: desestimulou o etanol, gerou problemas no caixa da Petrobras e aumentou o número de carros nas ruas.
Outra decisão teve um efeito devastador: ao pressionar pelo adiamento dos reajustes de ônibus municipais, o Ministério da Fazenda sem querer, ajudou a acender o estopim da revolta nas ruas. As tarifas de energia ajudaram a conter a inflação, mas haverá um valor a ser pago, seja pelo Tesouro ou pelo consumidor, no futuro próximo.
Os juros voltaram a
subir, para segurar a inflação – embora muitos economistas considerem
essa ação deletéria, pois, ao ampliar o pagamento de juros da dívida
interna, vai gerar, a médio prazo, endividamento, esclerosamento das
contas públicas e mais inflação. Os juros básicos estão em 8,5%, havendo
previsão de que se aproximem de 9,5%, no dia 31 de dezembro.
A expansão da economia, por volta de 2%, é baixa, mas dentro do que se poderia esperar, após tantas atribulações e, sobretudo, bastante falta de confiança nos atos do governo – que não tem dinheiro para a saúde mas não desiste do projeto do trem-bala, de R$ 50 bilhões.
A todo momento o governo anuncia investimentos privados em infra-estrutura como um grande trunfo, mas foi obrigado a elevar sua remuneração, sob pena de fracasso. Na área externa, só há cacos a juntar. A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) mudou sua previsão de saldo para déficit de US$ 2 bilhões na balança comercial. E, em transações correntes, se espera um buraco acima de US$ 70 bilhões que, este ano, não será coberto pela entrada de dinheiro externo.
Um fato negativo se dá na comparação com outros países. Estudo da EY – novo nome da Ernst Young – prevê expansão para o Brasil de 2,4% este ano, o sétimo pior entre 25 emergentes, acima apenas de República Tcheca, Ucrânia, Polônia, Egito, África do Sul e Coréia do Sul. A China, todo dia citada nos jornais como estando em crise, ou fase de menor expansão, deverá crescer, este ano, 7,3%. Uma questão preocupante é a situação das grandes estatais. A Eletrobras e suas subsidiárias vivem fase difícil e as contas da Petrobras andam muito estranhas.
(Fonte: Monitor Digital Online)
A expansão da economia, por volta de 2%, é baixa, mas dentro do que se poderia esperar, após tantas atribulações e, sobretudo, bastante falta de confiança nos atos do governo – que não tem dinheiro para a saúde mas não desiste do projeto do trem-bala, de R$ 50 bilhões.
A todo momento o governo anuncia investimentos privados em infra-estrutura como um grande trunfo, mas foi obrigado a elevar sua remuneração, sob pena de fracasso. Na área externa, só há cacos a juntar. A Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB) mudou sua previsão de saldo para déficit de US$ 2 bilhões na balança comercial. E, em transações correntes, se espera um buraco acima de US$ 70 bilhões que, este ano, não será coberto pela entrada de dinheiro externo.
Um fato negativo se dá na comparação com outros países. Estudo da EY – novo nome da Ernst Young – prevê expansão para o Brasil de 2,4% este ano, o sétimo pior entre 25 emergentes, acima apenas de República Tcheca, Ucrânia, Polônia, Egito, África do Sul e Coréia do Sul. A China, todo dia citada nos jornais como estando em crise, ou fase de menor expansão, deverá crescer, este ano, 7,3%. Uma questão preocupante é a situação das grandes estatais. A Eletrobras e suas subsidiárias vivem fase difícil e as contas da Petrobras andam muito estranhas.
(Fonte: Monitor Digital Online)
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