Com
o intuito de estimular o financiamento das exportações brasileiras por
vias do mercado capital, o governo federal estuda um modelo diferenciado
de garantia para que investidores se interessem por títulos emitidos
por empresas nacionais que vendem seus produtos para outros países.
A intenção é fomentar as transações
das exportadoras locais, que atualmente sofrem com o baixo dinamismo do
comércio internacional.
A captação de recursos poderá ser
feita tanto no mercado local quanto externo. Em linhas gerais, a ideia é
que os recursos que a empresa brasileira captar
no mercado sejam destinados exclusivamente para financiar a companhia
estrangeira compradora. Se ela ficar inadimplente, o governo garante o pagamento aos investidores.
Com a medida, a área econômica quer
criar uma forma de financiamento à exportação brasileira com prazos
superiores a dois anos, hoje feito essencialmente pelo BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Esse novo modelo visa
estimular as exportações principalmente dos setores de aviação,
serviços, bem como obras de infraestrutura, e bens de capital.
No
atual cenário internacional, empresários relatam dificuldades para
conseguir compradores no exterior, ter acesso a financiamento das
exportações e obter garantias para essa operação.
A medida faz parte do apoio do
governo aos empresários, incentivando mercado de capitais, com
iniciativas como as debêntures de infraestrutura com benefício
tributário, e a de reduzir a participação do BNDES nos financiamentos de
longo prazo.No curto prazo, para estimular as
exportações, o governo espera que, até o fim de setembro, recursos do
DDEX (Fundo de Financiamento à Exportação) estejam disponíveis e que
haja uma flexibilização das garantias exigidas pelo Proex (Programa de
Financiamento às Exportações).
Fontes: MDIC e BNDES
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