Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aumentaram 65% no primeiro semestre na comparação com igual período do ano passado, totalizando R$ 88,3 bilhões. O valor é recorde para o período. Em 12 meses encerrados em junho, os desembolsos da instituição cresceram 39%, para R$ 190,7 bilhões.
A indústria recebeu a maior parte dos desembolsos do banco de fomento na primeira metade do ano. Nesse período, ao setor foram direcionados R$ 29,4 bilhões, alta de 93% frente a igual período de 2012.
Para a infraestrutura, foram desembolsados R$ 27,3 bilhões de janeiro a junho, valor 36% acima do observado em igual período de 2012.
As aprovações do BNDES subiram 26% no primeiro semestre do ano ante igual período de 2012, para R$ 91,1 bilhões. Em 12 meses encerrados em junho, as aprovações subiram 72%.
Os enquadramentos - fase inicial dos desembolsos - cresceram 3% no acumulado de janeiro a junho, para R$ 110,8 bilhões. Em 12 meses, o indicador teve alta de 50%, para R$ 300,4 bilhões.
Já o número de consultas avançou 6% no primeiro semestre de 2013 frente a igual período de 2012, para R$ 124,9 bilhões. Em 12 meses, as consultas tiveram alta de 44%, atingindo R$ 319,5 bilhões.
Carteira de crédito dos bancos públicos
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que, ao longo do segundo semestre de 2013 e em 2014, a divergência na taxa de crescimento da carteira de crédito de bancos públicos e privados deve diminuir.
Segundo ele, durante o primeiro semestre deste ano, o crescimento do crédito no país foi assegurado pelos bancos públicos. No entanto, os bancos públicos podem moderar taxa de crescimento da carteira de crédito no segundo semestre, afirmou Coutinho.
"O crescimento do crédito no país vem sendo assegurado pelos bancos públicos. Não significa que, num futuro próximo, os bancos privados não possam voltar a subir. Os bancos públicos podem moderar um pouco a sua expansão, o que seria desejável”, disse.
De acordo com ele, os bancos privados "não querem repetir o ciclo de inadimplência" e, por isso, podem estar cautelosos na concessão de financiamentos.
Segundo Coutinho, a participação de bancos públicos e privados na concessão de crédito está, respectivamente, em 50,3% e 49,7%
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