GENEBRA - O
futuro diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto
Azevedo, escolheu neste sábado representantes dos Estados Unidos, União
Europeia, China e Nigéria como diretores-adjuntos da entidade nos quatro
anos de seu mandato.
Não há surpresa na escolha da China, maior nação comerciante do
planeta. Estava praticamente acertado que qualquer que fosse o novo
diretor da OMC, Pequim teria um diretor-adjunto, substituindo a India na
direção da entidade. A Africa igualmente tem normalmente seu posto, na
divisão geográfica.
Quanto as escolhas de americanos e europeus fazem parte da tradição na OMC, pelo seu peso no comércio internacional.
O que faltava definir eram os nomes desses diretores-adjuntos. E
Azevedo priorizou pessoas que já representam seu país na OMC, conhecendo
assim profundamente o funcionamento da entidade.
No caso da China, o escolhido foi o atual embaixador de Pequim na OMC, Yi Xiaozhun.
Pelos EUA, foi escolhido o número dois da missão americana junto à
entidade, David Shark. Pela Africa, o embaixador da Nigeria Yonov
Frederick Agah. Pela Europa, a escolha recaiu no alemão Karl-Ernst
Brauner, chefe do Departamento de Economia e Tecnologia no Ministério da
Economia da Alemanha.
Estão assim representados no comando da OMC as principais nações
comerciantes - China, Estados Unidos e Alemanha -, além de uma das
grandes economias africanas, a Nigéria.
Azevedo anunciou também seu chefe de gabinete e portanto seu
principal conselheiro. Será outro nome conhecido em Genebra, Tim Yeend,
embaixador da Australia junto a OMC nos últimos três anos.
Mais importante do que os quatro diretores-adjuntos, no entanto, é o
cargo de diretor do Centro de Comércio Internacional (ITC, na sigla em
inglês), orgão controlado juntamente pela OMC e pela Agência das Nações
Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).
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