sábado, 17 de agosto de 2013

Azevedo escolhe EUA, UE, China e Nigéria para dirigir OMC com ele


Por Assis Moreira | Valor
 
GENEBRA  -  O futuro diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Azevedo, escolheu neste sábado representantes dos Estados Unidos, União Europeia, China e Nigéria como diretores-adjuntos da entidade nos quatro anos de seu mandato.

Ruy Baron/Valor
 
Azevedo é o futuro diretor-geral da OMC

Não há surpresa na escolha da China, maior nação comerciante do planeta. Estava praticamente acertado que qualquer que fosse o novo diretor da OMC, Pequim teria um diretor-adjunto, substituindo a India na direção da entidade. A Africa igualmente tem normalmente seu posto, na divisão geográfica.

Quanto as escolhas de americanos e europeus fazem parte da tradição na OMC, pelo seu peso no comércio internacional.

O que faltava definir eram os nomes desses diretores-adjuntos. E Azevedo priorizou pessoas que já representam seu país na OMC, conhecendo assim profundamente o funcionamento da entidade.

No caso da China, o escolhido foi o atual embaixador de Pequim na OMC, Yi Xiaozhun.

Pelos EUA, foi escolhido o número dois da missão americana junto à entidade, David Shark. Pela Africa, o embaixador da Nigeria Yonov Frederick Agah. Pela Europa, a escolha recaiu no alemão Karl-Ernst Brauner, chefe do Departamento de Economia e Tecnologia no Ministério da Economia da Alemanha.

Estão assim representados no comando da OMC as principais nações comerciantes - China, Estados Unidos e Alemanha -, além de uma das grandes economias africanas, a Nigéria.

Azevedo anunciou também seu chefe de gabinete e portanto seu principal conselheiro. Será outro nome conhecido em Genebra, Tim Yeend, embaixador da Australia junto a OMC nos últimos três anos.

Mais importante do que os quatro diretores-adjuntos, no entanto, é o cargo de diretor do Centro de Comércio Internacional (ITC, na sigla em inglês), orgão controlado juntamente pela OMC e pela Agência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento (Unctad).

O ITC tem a missão de ajudar os países mais pobres e em transição a aumentar suas exportações. Ou seja, dar apoio à parte mais fraca no comércio global. O secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, escolheu para o cargo a espanhola Arancha Gonzalez, atual chefe de gabinete do ainda diretor-geral da OMC, Pascal Lamy.

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