SÃO PAULO - A
Siemens, em comunicado publicado no domingo na primeira página do
jornal “Folha de S.Paulo”, destacou sua preocupação com o uso para
outros fins e interesses das investigações conduzidas pelo Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade), relativas ao suposto cartel
em obras de trem e metrô em São Paulo e no Distrito Federal.
“Tendo-se em vista que as investigações ainda estão em andamento e a
confidencialidade inerente ao caso, a Siemens não pode se manifestar
publicamente quanto ao teor das matérias que têm sido publicadas pelos
diversos veículos de comunicação. E espera que o assunto seja tratado
com a devida seriedade e não como instrumento para qualquer outro uso ou
interesse”, diz o comunicado, assinado pelo presidente da Siemens no
Brasil, Paulo Stark.
Diante disso, a companhia refuta “quaisquer acusações que não sejam
baseadas em provas validadas por órgãos oficiais competentes e que
denigram a imagem, seja da empresa, de governos, partidos políticos,
pessoas públicas ou privadas, ou qualquer integrante da sociedade”. O Valor apurou
que a companhia está especialmente desconfortável com o impacto
político da investigação, que tem sido ligada aos governos do PSDB no
Estado de São Paulo.
No comunicado, a companhia lembra ainda que instituiu em 2007 um
sistema de “compliance”, para detectar, corrigir e prevenir práticas
ilícitas que eventualmente tenham sido ou pudessem ser executadas em sua
estrutura global. “Infelizmente isso pode ser entendido de forma
equivocada. Esse é o preço de um movimento transformador da sociedade.
Não se trata de um discurso vazio ou estratégia publicitária. É um
compromisso sério, que não admite desvios”, informa no comunicado.
A Siemens destaca ainda que acredita que “somente a concorrência leal
e honesta pode assegurar um futuro sustentável para as empresas,
governos e a sociedade como um todo”.
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