segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Governo adia leilão do trem-bala em um ano

Por Daniel Rittner | Valor
 
BRASÍLIA  -  Atualizada às 16h50

O leilão do Trem de Alta Velocidade (TAV) entre Rio de Janeiro-São Paulo-Campinas foi adiado mais uma vez. Não houve fixação de nova data. Em princípio, o adiamento será de “pelo menos um ano”, mas “é possível” que a concorrência fique para depois das eleições presidenciais de outubro de 2014. As informações foram passadas há pouco pelo ministro dos Transportes, César Borges.

“A principal razão (do adiamento) é o fato de que teríamos apenas um licitante”, afirmou Borges. Segundo ele, o consórcio francês – formado pela Alstom e pela operadora estatal SNCF – garantiu presença na disputa. A entrega de propostas estava marcada para sexta-feira.

De acordo com o ministro, dois outros grupos pediram o adiamento do leilão: os espanhóis (com Talgo e Renfe à frente) disseram de precisam de mais dois meses para apresentar uma oferta. Os alemães, que inicialmente pediram mais seis meses, levaram ao governo uma solicitação de 12 meses “por prudência” e para “ter certeza” de participação mais adiante. “O governo quis evitar uma concorrência para um único participante”, frisou Borges. “É mais prudente aguardar a formação de novos concorrentes”.

Borges disse que a investigação do Cade sobre um suposto cartel nos metrôs de São Paulo e do Distrito Federal não foi "fundamental" para a decisão. "Eu diria que [as denúncias] não foram fundamentais. Não vamos nos pautar por isso que está acontecendo".

Segundo Borges, o governo não vai adiar o projeto de engenharia do TAV. O ministro destacou que a execução do projeto continua tendo o ano 2020 como limite para operação.

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