domingo, 25 de agosto de 2013

Chesf leva eólicas sem entregar linhas

Empresa não concluiu sistema de transmissão de dezenas de parques, mas emplacou 25 novos projetos de usinas movidas a vento
 
O leilão de energia eólica realizado na sexta-feira chamou a atenção por três motivos. Primeiro, pela agilidade no bater do martelo. Durou 40 minutos, quando normalmente as disputas duram por horas. Segundo, pela parca presença dos investidores privados. A terceira surpresa foi a agressividade da Chesf. Em parceria com outras empresas e fundos de investimento, emplacou 25 dos 66 projetos vencedores - 38% do total.

Não haveria estranhamento não fosse a mesma Chesf uma referência negativa na energia movida a vento. A empresa venceu muitos leilões de linhas de transmissão para parque eólicos no Nordeste, mas até hoje não concluiu os projetos.

As empresas do sistema Eletrobrás, Furnas e Chesf, habilitaram 38 dos 66 projetos - 58% do total. Pelos cálculos da Thymos, consultoria do setor de energia, a presença das estatais superou a média. Nos dois últimos leilões de parque eólicos, realizados em 2011, elas detinham 25% e 50% dos projetos vencedores. A líder disparada era a Eletrosul e a Chesf, apenas a lanterninha. No leilão de sexta-feira, a Eletrosul nem sequer participou.

Thaís Prandini, diretora executiva da Thymos, tem duas leituras para a supremacia das estatais no leilão de eólicas. "De um lado há o aspecto positivo: apesar de a Eletrobrás estar num processo de reestruturação, mostra que ainda pode investir e buscar alternativas para melhorar as receitas", diz Thaís. "Por outro lado, dá um pouco de medo ver a Chesf, que tem um histórico ruim no setor de eólicas, com tantos projetos: a empresa se enroscou na construção de linhas de transmissão e não há garantias de que não fará o mesmo na geração."

A Chesf entrou com força nos recentes leilões de transmissão e arrematou a maioria das linhas no Nordeste, a sua área de atuação. Levou, mas tem dificuldade para entregar. Os projetos estão atrasados, o que criou um efeito dominó de prejuízos e distorções no mercado de eólicas.

Efeito dominó. Por causa da Chesf, o governo reviu as regras e prazos para a expansão dos parques eólicos. Como o investidor tem direito de receber o pagamento quando conclui o parque - haja ou não conexão à rede -, o atraso faz com que os consumidores paguem por uma energia que não recebem. Estima-se que a conta chegue a R$ 800 milhões neste ano.

Para evitar o aumento desse gasto e o transtorno para a imagem do governo, foi oferecido aos investidores a possibilidade "concatenar" os projetos: atrasar o parque para que seja inaugurado com a linha.

Mudou-se também a regra para a expansão das linhas de transmissão. Inicialmente, ficou definido que os parques não arcariam com a conexão com a rede. Grupos de parques seriam ligados a estações coletoras, chamadas ICGs, que, por sua vez, seriam ligadas à rede.

Para definir o número e a localização das ICGs, o governo primeiro fazia os leilões de geração e, depois, os de transmissão. Como a Chesf não conseguiu cumprir o cronograma, a ICG foi estigmatizada e abandonada. A partir do leilão de sexta-feira, quem vence precisa arcar com o custo da conexão a uma rede já existente. Não serão feitos leilões para a construção de novas linhas por enquanto.

Especialistas avaliam que o governo adotou "gambiarras" para contornar os contratempos criados pela estatal. "O problema foi a Chesf entrar em todos os leilões porque queria o domínio do Nordeste", diz Adão Linhares Muniz, presidente Câmara Setorial de Energia Eólica do Ceará. "Mas em vez de punir a empresa, o governo fez como o marido da piada: ao descobrir que estava sendo traído, tirou o sofá da sala."

Romeu Rufino, diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica discorda. "A Chesf causou um enorme transtorno e foi punida: recebeu multa e teve a participação nos leilões limitada", diz Rufino. A Aneel agora estuda com a Advocacia-Geral da União entrar com uma ação de reparação de danos.

Enquanto isso, porém, o investidor se mostra mais arredio. O baixo quórum das empresas privadas no leilão, em parte, é atribuído às mudanças das regras. Além de estudar a posição dos cataventos, o investidor agora precisa fazer um projeto de conexão à rede mais próxima, o que demanda tempo para avaliar riscos e retornos. Poucas privadas arriscaram voos solos, como Enerfin, Wobben e Renova, que juntas tiveram 13 projetos vencedores. Grandes empresas, como a CPFL, não participaram.

Disparada do dólar e estoques altos projetam Natal mais fraco em 10 anos

Às vésperas de o varejo fechar encomendas para as vendas do fim de ano, o cenário não poderia ser mais turbulento para a indústria: há forte pressão de custos pois os insumos não param de subir, além disso empresas têm grande encalhe de produtos



Márcia De Chiara - O Estado de S.Paulo
 
A disparada do dólar e a desaceleração de vendas no varejo complicaram as negociações entre indústria e comércio para o fim do ano e derrubaram as projeções para o Natal. A expectativa é que o volume de vendas cresça 4,5% no Natal em relação à mesma data de 2012, segundo a Confederação Nacional do Comércio (CNC). É praticamente a metade da alta no Natal de 2012 (8,1%) e a menor variação para a data em quase dez anos. 

"Há possibilidade de que essa taxa de crescimento seja ainda menor por causa do avanço do câmbio, que pressiona os preços", diz o economista da CNC, Fábio Bentes. Ele considera nas suas contas o dólar a R$ 2,30, a mediana das projeções do mercado, de acordo com o Boletim Focus do Banco Central. Na sexta-feira, o câmbio fechou a R$ 2,35, acumulando alta de 15,21% no ano e de 17,68% desde abril.

As encomendas de fim de ano do varejo para a indústria começam a ser fechadas no mês que vem num cenário turbulento, que combina forte pressão de custos, provocada pela subida do dólar, com desaceleração de vendas no varejo e acúmulo de estoques indesejados na indústria. "O momento é ingrato para fechar os pedidos", resume o diretor de Pesquisa Econômica da GO Associados, Fabio Silveira. Em junho e julho, os preços dos insumos industriais acumulam alta de 4% em reais, mostra o indicador elaborado pela consultoria a partir de 13 itens, a maioria deles matérias-primas.

Além das altas já ocorridas, as pressões de preço continuam. A CSN, por exemplo, anunciou reajuste entre 5,5% e 6,75% do aço neste mês. A Braskem, gigante na produção de resinas plásticas usadas em embalagens e nos eletroeletrônicos, elevou em 5%, em média, os preços em julho por causa da alta da nafta, cotada em dólar, conta o vice-presidente de Poliolefinas e Renováveis, Luciano Guidolin. "Deveremos ter uma complementação desse reajuste este mês de 4% a 5%."

Segundo um industrial que prefere não ser identificado, fazia muito tempo que não ocorriam tantos reajustes de preços de insumos simultaneamente. Um segmento no qual a pressão do dólar logo aparece é na linha de aparelhos de áudio e vídeo. Mais da metade dos componentes usados nas TVs, por exemplo, é importada.

"O reajuste é inevitável", diz Lourival Kiçula, presidente da Eletros, associação de fabricantes de eletroeletrônicos. Segundo ele, "alguma coisa" vai chegar no preço ao consumidor, pois a indústria tem limite para absorver alta de custo. 

"Não mexemos nos custos ainda, mas, dependendo da flutuação do dólar, poderemos aumentar preços", diz a gerente de marketing de Home Entertainment da LG Electronics do Brasil, Fernanda Summa, fazendo referência aos televisores.

Contrapeso. Apesar de a indústria se declarar "no limite" para absorver aumentos de custos sem repassar para os preços, ela carrega um contrapeso que pode ser um fator desfavorável nas negociações com o varejo: o aumento de estoques. Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, desde abril, as fábricas acumulam um volume indesejado de produtos acabados. 

Esse acúmulo é nítido nas indústrias de grande porte. Em julho, último dado disponível, o indicador de estoques atingiu 54,5 pontos, a maior marca desde junho de 2012. Acima de 50, o índice revela acúmulo e abaixo dessa marca, redução. 

"O estímulo à produção que viria com as encomendas de Natal deve ser atenuado pelo peso dos estoques", diz Renato da Fonseca, gerente de Pesquisa da CNI.

sábado, 24 de agosto de 2013

Rombo nas contas externas do Brasil sobe e se aproxima do deficit total de 2012

MARIANA SCHREIBER
DE BRASÍLIA

Atualizado às 13h23.

O Brasil registrou novo rombo recorde na troca de bens, rendas e serviços com o exterior, a chamada conta corrente.
No mês passado, esse saldo ficou negativo em US$ 9 bilhões, o maior para meses de julho e uma alta de 140% ante o déficit registrado um ano antes (US$ 3,7 bilhões).

O déficit acumulado nos sete primeiros meses do ano (US$ 52,5 bilhões) também é recorde para o período e se aproxima de todo o rombo registrado em 2012 (US$ 54,2 bilhões). Nos primeiros sete meses do ano passado, o saldo negativo era bem inferior, de US$ 29 bilhões. 

Segundo o chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel, essa piora decorre, principalmente, do resultado negativo da balança comercial, tanto em julho como no acumulado do ano. Em 2012, o saldo era positivo. 

Além das trocas comerciais, as transações correntes incluem também receitas e despesas com serviços, como viagens e aluguéis de equipamentos, mais as transferências de renda, como remessa de lucros e pagamento de juros. 

INSTABILIDADE INTERNACIONAL
 
O aumento do déficit nessa conta eleva a dependência do Brasil por financiamento estrangeiro num momento de instabilidade no mercado internacional. 

Um fator preocupante é que o aumento desse saldo negativo não está sendo acompanhado por uma expansão da entrada de investimento produtivo, que é considerado a melhor forma de cobrir o déficit na conta corrente, pois é um capital menos volátil que o financeiro. 

O chamado IED (Investimento Estrangeiro Direto) somou US$ 5,2 bilhões em julho e US$ 35,2 bilhões nos primeiros sete meses de 2013. Ambos valores ficaram abaixo do registrado em 2012 (US$ 8,4 bilhões e US$ 38,2 bilhões). 

Considerando também o fluxo financeiro, o saldo na conta capital ficou positivo em US$ 9,4 bilhões em julho e US$ 59,6 bilhões no acumulado do ano. 

Apesar do BC sempre ter destacado que o investimento produtivo é a forma mais saudável de financiar o rombo na conta corrente, Maciel disse que o quadro atual não preocupa porque esses recursos ainda cobrem a maior parte do déficit. "É um padrão normal não financiar integralmente por IED. Essas outras fontes [financeiras] sempre fizeram parte do financiamento da conta corrente", disse. 

Para o chefe do departamento do BC, o rombo tende a diminuir, caso o dólar permaneça em patamares mais elevados. O real desvalorizado desestimula viagens ao exterior e remessas de lucros de multinacionais. Além disso, isso encarece as importações ao mesmo e que torna nossas exportações mais competitivas.
"A persistir uma alta do dólar, é possível que algumas contas até o final do ano podem estar sensibilizadas", afirmou. 

VIAGENS
 
Apesar do dólar mais caro, o gastos dos brasileiros no exterior não param de crescer. No mês passado, os turistas deixaram lá fora US$ 2,2 bilhões, uma alta de 10% ante julho de 2012.
Em 2013, até julho, os gastos com viagens ao exterior somam US$ 14,5 bilhões, valor recorde que representa 14% de aumento em relação ao mesmo período do ano passado.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Investimento estrangeiro direto fica perto do previsto pelo BC

Por Eduardo Campos e Alex Ribeiro | Valor
 
BRASÍLIA  -  O Brasil recebeu em julho US$ 5,212 bilhões em investimento estrangeiro direto (IED), já descontadas repatriações de capital aos países de origem. No ano, a soma alcança US$ 35,239 bilhões.
O Banco Central (BC) previa IED de US$ 5,3 bilhões para o mês e trabalha com ingressos de US$ 65 bilhões para todo o ano de 2013.

Em 12 meses terminados em julho, o fluxo líquido de IED chega a US$ 62,341 bilhões, o equivalente a 2,72% do Produto Interno Bruto (PIB) estimado pelo BC.

Em julho, especificamente, a parcela de investimento estrangeiro relativa à aquisição de participações diretas no capital de empresas correspondeu a US$ 3,336 bilhões, ante US$ 7,442 bilhões do mesmo mês do ano passado. Entre janeiro e julho, esse tipo de ingresso foi de US$ 22,432 bilhões, menor que os US$ 31,911 bilhões vistos em igual período de 2012.

Os ingressos líquidos de empréstimos feitos por empresas estrangeiras a filiais no país (intercompanhia) somaram, por sua vez, US$ 1,876 bilhão no mês passado. Houve avanço sobre o ingresso registrado no mesmo mês de 2012, quando os créditos intercompanhias foram de US$ 998 milhões. No ano até julho, esses empréstimos somam US$ 12,807 bilhões, mais que o registrado em igual período do ano passado (US$ 6,259 bilhões).

Enquanto os estrangeiros trouxeram US$ 5,212 bilhões ao país em junho, os brasileiros mandaram ao exterior US$ 1,193 bilhão em investimentos brasileiros diretos (IBDs). O resultado é maior que os US$ 931 remetidos em igual m ês do ano passado.

O resultado de julho foi puxado pelo envio de US$ 1,019 bilhão na forma de participação de companhias brasileiras em empresas no exterior. E pelo empréstimo de US$ 174 milhões em empréstimos dados por empresas de controle nacional a suas filiais em outros países (intercompanhias). Na última projeção, o BC deixou de estimar o IBD para o ano.

Nos sete primeiros meses do ano, o fluxo de IBD é positivo em US$ 6,020 bilhões, ante US$ 4,071 bilhões repatriados no mesmo período do ano passado.

Câmbio alto pode não favorecer exportadores brasileiros, diz Coutinho



 
 
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, disse nesta quinta-feira que o mundo caminha para um novo regime monetário, com um ciclo duradouro de valorização do dólar e, eventualmente, de outras moedas. 

Apesar de o real desvalorizado criar condições mais favoráveis para a competitividade da indústria brasileira no mercado internacional a médio prazo, no curto prazo os ganhos podem se perder com a inflação.

“Certamente há um desafio de curto prazo que precisa ser ponderado, de ajudar a estabilizar e evitar pressões inflacionárias inconvenientes, derivadas de depreciação muito aguda da taxa de câmbio, que não nos interessa. É importante lembrar que às vezes um câmbio episodicamente depreciado pode parecer uma vantagem, mas depois, por conta de sequelas inflacionárias, o ganho real pode se perder na inflação.
 
Então, é preferível ter ganhos sustentáveis de câmbio real”. Coutinho participou do 32º Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), que vai até amanhã no Píer Mauá, na região portuária do Rio. De acordo com ele, o governo está trabalhando para melhorar a competitividade, mas ela não pode se basear apenas na taxa de câmbio. “Ao contrário, nós temos que criar fundamentos de médio e longo prazo que permitam atravessar períodos mais favoráveis e menos favoráveis, sem que a estratégia exportadora seja afetada de maneira significativa”. 
 
Coutinho disse que o Brasil tem bons fundamentos e um amplo “colchão de reservas” e que é necessário ter um pouco de tranquilidade para deixar passar o momento de nervosismo para o dólar estabilizar.  
 
“Para o exportador, nós precisamos pensar no câmbio real e temos que pensar nas sequelas de inflação, não podemos de uma maneira ilusória pensar apenas na taxa nominal, que pode ser episódica. Então, do meu ponto de vista modesto, se o câmbio nominal estabilizar em um nível um pouco mais baixo, entre R$ 2,20 e R$ 2,35, ele é mais sustentável, em termos de ganho de médio e longo prazo do que o atual”, disse.
 

DHL lança importação sem abertura de conta para pessoas físicas e microempresa



 
 
A companhia DHL Express lançou um serviço exclusivo de importação, o DHL Easy Import, que exclui a necessidade de abertura de conta. O serviço que contempla as soluções de importação oferecidas pela companhia, ao excluir a abertura de conta, aceita o pagamento na retirada da remessa em uma das lojas da DHL Express.

Considerado um serviço pioneiro no setor de logística expressa, o DHL Easy Import é destinado principalmente para pessoas físicas e micro e pequenas empresas que utilizam serviços de importação em qualquer parte do mundo.

“Criamos este serviço com objetivo de atender a crescente demanda com este perfil. Além disso, o DHL Easy import oferece visibilidade de rastreamento 24 horas e a melhor precificação sem a variação cambial”, ressalta a Gerente de Marketing, Cinthia Katachinsky.
Fonte: DHL

Exportador brasileiro poderá emitir títulos para financiar-se via mercado de capitais


 
 
 
 Com o intuito de estimular o financiamento das exportações brasileiras por vias do mercado capital, o governo federal estuda um modelo diferenciado de garantia para que investidores se interessem por títulos emitidos por empresas nacionais que vendem seus produtos para outros países. 
 
A intenção é fomentar as transações das exportadoras locais, que atualmente sofrem com o baixo dinamismo do comércio internacional.

A captação de recursos poderá ser feita tanto no mercado local quanto externo. Em linhas gerais, a ideia é que os recursos que a empresa brasileira captar no mercado sejam destinados exclusivamente para financiar a companhia estrangeira compradora. Se ela ficar inadimplente, o governo garante o pagamento aos investidores.

Com a medida, a área econômica quer criar uma forma de financiamento à exportação brasileira com prazos superiores a dois anos, hoje feito essencialmente pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). Esse novo modelo visa estimular as exportações principalmente dos setores de aviação, serviços, bem como obras de infraestrutura, e bens de capital.  

No atual cenário internacional, empresários relatam dificuldades para conseguir compradores no exterior, ter acesso a financiamento das exportações e obter garantias para essa operação.

A medida faz parte do apoio do governo aos empresários, incentivando mercado de capitais, com iniciativas como as debêntures de infraestrutura com benefício tributário, e a de reduzir a participação do BNDES nos financiamentos de longo prazo.No curto prazo, para estimular as exportações, o governo espera que, até o fim de setembro, recursos do DDEX (Fundo de Financiamento à Exportação) estejam disponíveis e que haja uma flexibilização das garantias exigidas pelo Proex (Programa de Financiamento às Exportações).

Fontes: MDIC e BNDES