segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Em entrevista ao WSJ, Eike culpa até mapa astral por crise


Na primeira entrevista desde que seu império começou a ruir, empresário brasileiro desabafou: "eu sou o maior perdedor nessa história"

Jonathan Alcorn/ Bloomberg 

Eike Batista, CEO da EBX
Eike Batista, CEO da EBX: estou comendo vidro

São Paulo - Pela primeira vez, desde que os problemas nas empresas X começaram a aparecer mais de um ano atrás, Eike Batista concedeu sua primeira entrevista. O empresário falou ao jornal americano Wall Street Journal, no último domingo, e desabafou: "tentei criar riqueza para todo o país e, sem dúvida, eu sou o maior perdedor nessa história".

Eike criticou o time de executivos que contratou para ajudá-lo na empreitada, que ele costumava chamar de "dream team". "Eu sou dono de um grande grupo e sozinho, eu não faço nada".

O empresário culpou seus ex-executivos pelo fracasso da OGX, alegando que ele era um empresário do setor de mineração e não tinha conhecimento profundo sobre a indústria de petróleo.  "Eles me apresentavam relatórios brilhantes e me convenciam a fazer grandes investimentos", disse ao WSJ.

Eike também justificou o momento atual à má sorte. "Se você olhar para o meu mapa astrológico, esse período não foi favorável para mim. O bom momento? Ele já começou, literalmente, este mês", afirmou o empresário.

Sobre o investimento de 1 bilhão de dólares que ele precisa fazer na OGX, Eike afirmou que conseguiria fazer o aporte vendendo suas plataformas de petróleo. Segundo o empresário, ele provavelmente vai continuar com o controle da petroleira. Se não houver acordo, no entanto, o caso pode acabar na Justiça.

Otimista, o empresário também afirmou que muito de seus negócios estão mais saudáveis do que os investidores acreditam. “Lembra que eu costumava dizer os ativos eram à prova idiota? De alguma forma são, pois posso vendê-los, mesmo em um mercado maluco".

Eike terminou a entrevista citando uma frase do magnata africano Elon Musk, que costuma dizer que começar um negócio é como comer vidro.  "Eu estou comendo de vidro", disse.

Brasil: Exportação por Trading Company está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF)


Trading Companies

O Supremo Tribunal Federal (STF) tem até quinta-feira, dia 19, para decidir se a discussão sobre a imunidade tributária das exportações indiretas, intermediadas por Trading Companies, tem repercussão geral.

 
O placar, até o momento, é favorável ao julgamento do tema pela Corte – quatro dos 11 ministros já votaram.

Essa foi a primeira proposta de repercussão geral do novo ministro Roberto Barroso. Além dele, já se manifestaram a favor da análise da questão os ministros Teori Zavascki, Dias Toffoli e Ricardo Lewandowski.

Advogados também defendem o julgamento porque diversos exportadores contratam tradings para vender seus produtos no exterior. Para a Receita Federal, porém, apenas as vendas diretas estão dispensadas do pagamento do PIS, da Cofins e contribuição previdenciária.

“Há muita divergência entre os tribunais. Mas o fato é que as empresas que utilizam tradings estão recolhendo as contribuições, enquanto aqueles que fazem operações diretas têm imunidade tributária”, afirma o tributarista José Arnaldo da Fonseca Filho, do escritório Levy & Salomão Advogados.

No processo analisado, a Bioenergia do Brasil, produtora de açúcar e álcool, questiona uma decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região (São Paulo e Mato Grosso do Sul), favorável à cobrança. A empresa alega que a tributação viola o artigo 149, parágrafo 2º, da Constituição Federal. O dispositivo estabelece que as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico “não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação”.

A fiscalização passou a exigir a contribuição por meio da Instrução Normativa nº 3, de 2005, editada pela da antiga Secretaria da Receita Previdenciária. De acordo com a empresa, a cobrança retroagiu a 2001. Revogada, a norma foi substituída pela Instrução Normativa nº 971, de 2009, da Receita Federal.

“A limitação instituída pela norma infralegal também pode ser discutida diretamente à luz dos princípios da legalidade e da isonomia, tendo em vista a distinção entre exportadores diretos e indiretos”, afirma o ministro Roberto Barroso. Ele acrescenta ainda que a discussão tem impacto sobre a maior parte dos exportadores brasileiros “que não têm acesso direto ao mercado internacional”.

Fonte: Portos e Navios

Dilma diz que vai acabar com a "maldição do petróleo"

Daniel Fávero
Direto de Porto Alegre
Mau tempo fez com que a presidente cancelasse viagem para Rio GrandeMau tempo fez com que a presidente cancelasse viagem para Rio Grande
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
 


A presidente Dilma Rousseff participou de uma cerimônia, nesta segunda-feira em Porto Alegre, de assinatura de contrato para construção de duas plataformas P-75 e P-77, e para a entrega de outra plataforma, a P-55, com investimento de US$ 800 milhões, cada, construídas no estaleiro Rio Grande. Segundo a presidente, o que está sendo feito no País, vai acabar com a "maldição do petróleo", ao falar do polo naval brasileiro e da exploração do pré-sal.
 
"Estamos fazendo tido isso para evitar a maldição do petróleo, e todos aqueles que teorizaram a maldição do petróleo foram os países que criaram a Opep, que é um país rico com nação e e povo pobre, essa era maldição", disse a presidente, afirmar que a descoberta do Pré-sal, impulsionou o crescimento econômico da indústria brasileira.Segundo ela, um exemplo disso será a licitação do Campo de Libra, que deve gerar uma demanda de 12 a 17 novas plataformas de petroleo. 
 
"A ANP calcula uma demanda entre 12 a 17 plataformas, e obviamente ligado a issoa vão ter outras demandas de outras indústrias, e isso é muito importante", afirmou.A assinatura deveria ocorrer na cidade de Rio Grande, a 300 quilômetros de Porto Alegre, hoje pela manhã, mas o mau tempo fez com que a presidente cancelasse a viagem. 
 
Com isso o ato foi transferido para o Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. A cerimônia foi organizada as pressas e até os assessores do governo do Estado ajudavam com a organização carregando mesas para a recepção da presidente.
 
As plataformas serão usadas para exploração de petróleo do Pré-Sal da bacia de Santos. Cada plataforma terá capacidade de produzir até 150 mil barris de petróleo por dia e de comprimir 7 milhões metros cúbicos de gás natural por dia.A presidente da Petrobras, Graça Foster, elogiou o empenho dos trabalhadores que atuam na construção das plataformas, e disse que até 2020, a capacidade de produção da estatal deve dobrar.
 
"Demonstrei (as empresa que trabalham conosco) que estivessem concluídas em 2013 oito plataformas, somos uma empresa de 2 milhões de barris de petróleo por dia, e temos contratado 90% dos qu precisamos para que em 2020 tenhamos o dobro do que temos, produzindo 4,2 milhões de barris", afirmou.

Petrobras vende ativos na Colômbia




Alienação dos ativos Petrobrás Colômbia para a Perenco, foi de US$ 380 milhões

Agência CiasBrasil de Notícias
16/09/2013


RIO – O conselho de administração da Petrobras, aprovou a alienação de 100% das ações de emissão da Petrobras Colômbia Limited (PEC) para a Perenco, pelo valor de US$ 380 milhões. Os ativos que fazem parte da transação incluem participações em 11 blocos de exploração e produção em terra com produção média líquida de 6.530 boed (barris de óleo equivalente por dia) além dos oleodutos de Colômbia e Alto Magdalena, com capacidade de transporte de 14.950 bpd (barris por dia) e 9.180 bpd.

A conclusão da transação está sujeita a determinadas condições precedentes usuais, incluindo a aprovação da Agência Nacional de Hidrocarburos (ANH). A companhia continuará presente na Colômbia através de seus ativos de exploração no mar e de distribuição, além de possuir um bloco exploratório em terra. Segundo o comunicado, “esta operação representa mais um importante passo no Programa de Desinvestimentos da Petrobras (Prodesin), previsto no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017.”


domingo, 15 de setembro de 2013

Com leilões, matriz energética brasileira fica ainda mais limpa


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Biomassa: a geração de energia por meio de fontes renováveis, como o resto da trituração de madeira, é cada vez mais atraente
Realizado pelo governo federal na última semana de agosto, o primeiro leilão que contratou energia para ser entregue a partir de 2018 mostrou que o futuro da eletricidade brasileira deve passar cada vez mais por fontes renováveis. Os 19 projetos vencedores (que ofereceram maiores descontos em relação aos preços-teto iniciais) entregarão 1,2 gigawatt para as distribuidoras de energia. E são todos de energia limpa.

Mesmo com subsídios fiscais, como a isenção de PIS e Cofins, as termelétricas a carvão não alcançaram um preço competitivo. No fim, as hidrelétricas (grandes ou pequenas) venceram dez contratos e, das nove termelétricas que foram selecionadas, sete são movidas a bagaço de cana e duas a cavaco de madeira, a sobra da trituração. 

Os contratos, que somam 20 bilhões de reais durante os 30 anos de vigência, são ótima notícia para os defensores de fontes renováveis, que perderam certo espaço nos últimos dois anos. Em 2010, a matriz energética era composta por 45% de fontes renováveis e caiu para 42,4% em 2012, em grande parte pela contratação de termelétricas fósseis para suprir carências emergenciais do sistema elétrico nacional.

Haverá em dezembro um segundo leilão do tipo A-5 (para contratar energia de reserva daqui a cinco anos) e o resultado pode ser ainda mais limpo, já que os empreendimentos de energia eólica poderão participar da concorrência. Como os preços de energia eólica nos leilões saem abaixo dos 100 reais por megawatt-hora (pelo menos 10% mais baixos que outras fontes) e normalmente não estão ligados à rede, o governo faz compras específicas para esse tipo de fornecimento. Mas novas regras do Ministério de Minas e Energia permitirão uma concorrência mais leal, com a utilização dos parques eólicos em áreas específicas, por exemplo.

Diminuir a dependência de grandes hidrelétricas para fornecimento de energia é uma necessidade, não só do ponto de vista de redução de custos e atendimento de necessidades regionais. No longo prazo, as mudanças climáticas podem impactar significativamente a vazão de alguns rios que são utilizados para a geração de energia, tornando outras fontes renováveis cada vez mais atraentes. 

“Os potenciais eólico, solar térmico e fotovoltaico precisam ser mais explorados, assim como a recuperação do biogás gerado nos aterros sanitários e/ou nas estações de tratamento de esgotos”, recomenda o estudo sobre adaptação e vulnerabilidade à variabilidade climática do Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável.

Outro estudo publicado recentemente, o [R]evolução Energética, elaborado pelo Greenpeace, também prevê um significativo aumento do uso de fontes renováveis. A organização trabalha com a previsão de que, em 2040, não será mais necessário contar com eletricidade de usinas nucleares, térmicas movidas a óleo combustível e carvão mineral. 

Para fazer com que 92% da eletricidade brasileira venha de fontes renováveis, o relatório do Greenpeace projeta a adoção de tecnologias ainda mais eficientes, como a eólica offshore (com grandes parques no mar) e a energia solar concentrada, em que a junção de células fotovoltaicas com grandes espelhos aproveita a luz solar de mais formas. Os últimos leilões e a competitividade cada vez maior das fontes renováveis mostram que este cenário pode muito bem ser realidade.

Mercados do BRICs caem para o pior lugar entre investidores


A Índia registrou os piores resultados, seguida pelo Brasil, a Rússia e a China, conforme levantamento global feito pela Bloomberg

Shamim Adam, da
REUTERS/Rogan Ward
A presidente Dilma Rousseff em encontro de chefes de Estado dos Brics
A presidente Dilma Rousseff em encontro de chefes de Estado dos Brics em Doha: o Brasil foi mencionado por apenas 10% como o primeiro ou o segundo melhor mercado para 2014

Cingapura - Pela primeira vez, as maiores nações em desenvolvimento têm as piores oportunidades no mercado já que o otimismo por um maior crescimento foi transferido para os EUA e a Europa, segundo uma pesquisa global da Bloomberg.

A Índia registrou os piores resultados, seguida pelo Brasil, a Rússia e a China, conforme mostrou um levantamento mundial com investidores, analistas e operadores assinantes da Bloomberg. 

O número de entrevistados que considera a União Europeia uma das duas melhores oportunidades aumentou para 34 por cento – a melhor marca na pesquisa desde 2009. Os EUA registraram 51 por cento.

A perspectiva de uma menor liquidez global devido aos cortes no programa de compra de títulos da Reserva Federal dos Estados Unidos desatou a maior liquidação de divisas de mercados emergentes em cinco anos. 

A rúpia indiana e a lira turca chegaram a seus valores mais baixos já registrados. O recuo enfatiza os desafios, como a excessiva dependência do crédito na China e o baixo investimento no Brasil, parte do grupo dos BRICs com a Índia e a Rússia.

“Os BRICs sempre serão atores secundários frente às economias desenvolvidas”, disse Ben Kelly, analista na Louis Capital Markets, em Londres, consultado pelo levantamento. 

“A política monetária americana voltada para o crescimento permitiu aos países desenvolvidos prosperarem graças às taxas reais muito baixas ou negativas”, disse Kelly, referendo-se aos custos de tomar empréstimos ajustados pela inflação.

Agora que os EUA e “em certa medida a Europa estão começando a se estabilizar, talvez parte desse comércio se reverta e já vimos isso acontecer nos mercados de títulos”, afirmou Kelly.


O melhor mercado


O Brasil foi mencionado por apenas 10 por cento dos participantes da pesquisa como o primeiro ou o segundo melhor mercado para o ano próximo - em maio, 19 por cento tinham afirmado o mesmo. Ao contrário, 25 por cento disseram que será um dos dois piores mercados e 35 por cento escolheram a Índia que em maio tinha registrado 12 por cento.

 Os consultados na Ásia foram mais baixistas quanto aos mercados dos BRICs do que os de fora do continente. Quarenta e quatro por cento dos clientes na Ásia afirmaram que a Índia está entre os piores mercados para investidores no próximo ano, comparados com 30 por cento nos EUA e 35 por cento na Europa. Quase um terço deles mencionaram a China como a pior escolha para os investidores frente a 22 por cento nos EUA e 23 por cento na Europa.

Os investidores nos EUA foram mais otimistas com seus próprios mercados. Cinquenta e sete por cento disseram que ofereciam as melhores oportunidades. Quarenta e sete por cento dos entrevistados europeus escolheram a UE. Os consultados asiáticos foram mais otimistas com o Japão do que aqueles de fora da região, por uma margem de dois a um.
Modelo em alteração


“A excessiva dependência da China no modelo de crescimento liderado por investimentos gerou uma rápida expansão das dívidas, um excesso de capacidade em indústrias com uso intensivo de capitais e um excesso de investimentos em infraestrutura”, disse o entrevistado Gregory Doger de Speville, analista na Fleming SG Capital Pty em Perth, Austrália. “O mercado continuará volátil até que os investidores se acostumem com um crescimento mais lento e com uma mudança na estrutura econômica”.

A economia japonesa está se recuperando, mas o levantamento mostra que o Banco do Japão é visto como o mais propenso entre os principais Bancos Centrais a desistir de aumentar as taxas de juros.

Aproximadamente 56 por cento dos consultados afirmam que seu presidente, Haruhiko Kuroda, evitará aumentar os custos de tomar empréstimos pelo menos até o segundo semestre de 2015, frente a 28 por cento para o Fed e 50 por cento para o Banco Central Europeu.

A pesquisa com 900 assinantes da Bloomberg foi realizado pela Selzer Co.,uma companhia sediada em Des Moines, Iowa. Sua margem de erro é de 3,3 pontos percentuais para mais ou para menos.

Indústria brasileira busca estreitar laços com os EUA


Há dez anos países não têm discussão formal sobre liberalização do comércio

Mariana Branco, da
Andrey Rudakov/Bloomberg
Indústria: produção de aço
Indústria: Indústria: há dez anos Brasil e Estados Unidos não têm discussão formal sobre liberalização do comércio

Brasília – Uma missão de representantes da indústria embarca hoje (15) para Washington, capital dos Estados Unidos, com o objetivo, entre outros, de discutir um acordo de livre comércio entre os dois países. A viagem, organizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), incluirá visita a órgãos do Poder Executivo e ao Congresso norte-americano. A missão participará ainda da reunião anual do Conselho Empresarial Brasil-Estados Unidos, formado por representantes do setor privado dos dois países.

O gerente executivo de Comércio Exterior da CNI, Diego Bonomo, disse que a agenda comercial entre o Brasil e os Estados Unidos não pode parar em função do momento tenso, causado pelas denúncias de espionagem. “A questão da espionagem é grave e o Brasil faz bem em se posicionar de maneira assertiva.

Mas Estados Unidos e Brasil têm momentos de aproximação e distanciamento. A agenda econômica e comercial vem avançando independentemente desses ciclos. Houve distanciamento em 2010 por conta da negociação com Turquia e Irã [o Brasil intermediou acordo para troca de urânio]. No entanto, em 2011, Obama veio ao Brasil e assinou acordos de cooperação comercial”, lembra. Segundo ele, a CNI não se posicionará por enquanto sobre a possibilidade de ter havido espionagem com fins econômicos.

Bonomo explicou que a missão de empresários atuará em Washington partindo da premissa de que será mantida a visita da presidenta Dilma Rousseff aos Estados Unidos. Desde que o escândalo da espionagem veio à tona, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou sobre o que acontecerá com a viagem, marcada para outubro. “Vamos discutir o que terá de interesse do setor privado nessa visita [da Dilma]”, disse o gerente-executivo. Outro tema em pauta será um acordo comercial envolvendo o mercado brasileiro e o norte-americano.

“Queremos fomentar uma discussão sobre um potencial acordo comercial. Há dez anos os Brasil e Estados Unidos não têm discussão formal sobre liberalização do comércio. A última foi em 2003, na reunião em Miami da Alca [Acordo de Livre Comércio das Américas, que enfrentou dificuldades de implementação]”, destacou. Para Bonomo, o momento é oportuno para retomada da discussão, já que os EUA dão sinais de recuperação da crise econômica. “Eles vão sair com economia aquecida da crise e estão com uma agenda de acordos agressiva. O acordo deles com os europeus pode excluir os brasileiros desses dois mercados. Temos de nos posicionar para não perdê-los”, avalia.

Um indicativo do interesse do país em negociar um acordo com os brasileiros é que no Congresso norte-americano há uma frente de 35 parlamentares criada para discutir a agenda entre o Brasil e os Estados Unidos, especialmente a econômica. “Esses parlamentares querem criar uma comissão só para o Brasil. Esse será o tema discutido [na visita ao Congresso]”, disse Diego Bonomo.

Na visita também serão debatidas questões espinhosas, como a aprovação da nova lei agrícola dos Estados Unidos. A legislação atual, que expira em 30 de setembro, incorpora os subsídios ao algodão concedidos pelo país norte-americano, considerados abusivos pela Organização Mundial do Comércio (OMC). 

Atualmente, os EUA fazem pagamentos anuais de US$ 147 milhões ao Instituto Brasileiro do Algodão como forma de compensação. “O ambiente político não é favorável [a uma nova lei que exclua os subsídios], mas vamos marcar nossa posição ou exigir que a compensação continue”, declarou. Outro tema em pauta serão potenciais novas barreiras ao etanol brasileiro.