segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Petroleira do Grupo Techint vai explorar bacias no Brasil com a GeoPark

A Tecpetrol braço de exploração do grupo argentino buscará oportunidade em cinco bacias

Por Redação

A Tecpetrol, empresa de exploração e produção de petróleo do grupo ítalo-argentino Techint, fechou parceria com a latino-americana GeoPark para explorar petróleo nas Bacias do Parnaíba, São Francisco, Recôncavo, Potiguar e Sergipe-Alagoas.

Segundo James Park, presidente da GeoPark, em comunicado, “a inciativa é importante para expandirmos nossa plataforma e nossas operações já existentes no Brasil”. No País, a companhia adquiriu recentemente o controle de cinco blocos na Bacia do Potiguar e dois no Recôncavo.
 
Apesar de atuar na América Latina, a Tecpetrol ainda não possuía negócios no Brasil. Entre os campos que desenvolve estão empreendimentos na Argentina, no Peru, na Colômbia, no México, na Bolívia e na Venezuela. Já a GeoPark possui operações na Colômbia, na Argentina e no Chile. 
 

Presidente da Petrobras fala sobre nova política de reajustes

Ao O Globo, Graça Foster disse que a ideia é não repassar volatilidade internacional ao mercado interno

Por Redação

Em entrevista ao jornal O Globo deste domingo (29/9), a presidente da Petrobras, Graça Foster confirmou que a empresa estuda mudanças na política de reajustes de preço da gasolina.

Segundo a presidente, a ideía é não passar a volatilidade de preços internacionais ao mercado interno. Mas, tornar mais previsível a recomposição no médio prazo para se chegar à paridade entre a cotação dos preços nos mercados interno e externo. 
 
A presidente não definiu um prazo para que a política se torne efetiva.

Mantega prevê crescimento de 40% no PIB per capita na próxima década


 


Por Agência Brasil


São Paulo – O ministro da Fazenda, Guido Mantega, estimou hoje (30) um crescimento de 40% no Produto Interno Bruto (PIB) per capita entre 2013 e 2022, chegando ao valor de R$ 30 mil ao fim do período. Segundo o ministro, para isso seria necessária uma elevação de 4% no PIB, em média, e o investimento teria de crescer 7% ao ano, em média. 
Ele destacou que o crescimento registrado de 2003 a 2012 foi 28%, sendo que o PIB per capita no país era R$ 16,6 mil em 2003 e passou para R$ 21,3 mil em 2012. Nessa época, o PIB cresceu 3,6%, e o investimento teve alta de 5,7%.
 
Mantega falou na capital paulista, na abertura do 10° Fórum de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV), promovido em parceria com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O tema do encontro foi Estratégias para Dobrar a Renda Per Capita do Brasil em 15 Anos. “Para dobrar em 15 anos, precisa de muita estratégia. É uma meta ambiciosa, que poucos países conseguiram atingir nesse período de tempo”, disse o ministro.
 
Ele traçou um panorama sobre o crescimento do PIB per capita nos últimos dez anos. De acordo com Mantega, na década, houve investimento em capital humano, não apenas em produção e infraestrutura.
 
O novo ciclo de crescimento, destacou o ministro da Fazenda, será impulsionado, sobretudo, pelo investimento em infraestrutura. O governo foca no Programa de Concessões, que investe R$ 500 bilhões em setores como portos, aeroportos, rodovias, ferrovias e energia. Ele lembrou que os leilões de energia e rodovias que estão em andamento têm como objetivo entregar a questão ao setor privado , que tem mais agilidade. “O investimento é um elevado multiplicador do PIB, é o que tem mais efeito multiplicador na economia”, declarou.
 
Para viabilizar investimentos, o país adotou medidas de redução de custo. O câmbio foi desvalorizado para favorecer o custo dos insumos, o país reduziu o custo da energia, minimizou o custo da elevação da mão de obra, por meio da desoneração da folha de pagamentos, e reduziu os custos financeiros (taxa de juros) e tributários (de impostos).
 
 

BC reduz novamente projeção para PIB de 2013


Por Eduardo Campos e Mônica Izaguirre | Valor
 
Marcos Santos/USP Imagens


BRASÍLIA  -  O Banco Central (BC) voltou a revisar para baixo a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2013. O crescimento estimado caiu de 2,7% para 2,5%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação de setembro.

Na ótica da oferta, o BC reduziu de 1,2% para 1,1% sua estimativa para o avanço da indústria este ano, com expectativa de queda de 2,8% da indústria extrativa (queda de 3,1% no relatório anterior) e expansão de 1,9% da construção civil (era de 1,1% no relatório de junho) e de 1,5% para a indústria de transformação (alta de 2,3% no anterior). O crescimento do setor de serviços também foi revisado para baixo, de 2,6% para 2,3%, enquanto o avanço do PIB do segmento agropecuário foi elevado de 8,4% para 10%, puxado pelo desempenho melhor que o esperado do setor no segundo trimestre do ano.

No âmbito da demanda, a autoridade monetária destaca o aumento de 6,1% para 6,5% para a expectativa de crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicativo dos investimentos. O consumo das famílias, para o BC, deve crescer 1,9% em 2013, ante estimativa anterior de 2,6%, enquanto para o consumo do governo, a projeção passou de 2,4% para 1,8%.

Já o componente externo da demanda terá contribuição negativa de 1 ponto percentual para o PIB este ano, de acordo com o BC, resultado de uma alta de 1,7% das exportações (2,8% na estimativa do relatório anterior) e de avanço de 8,4% das importações (ante 7,6% na estimativa anterior).

O crescimento para o PIB acumulado no período de quatro trimestres encerrado em junho de 2014 é estimado em 2,5%, contra 1,9% no mesmo tipo de comparação, no segundo trimestre deste ano.

(Eduardo Campos e Mônica Izaguirre | Valor)

Dilma tentará convencer mais uma vez o Paraguai a retornar ao Mercosul

País está suspenso do bloco desde junho de 2012 e deveria ter voltado em agosto deste ano

/Direto de Brasília

  

Em sua primeira visita ao Brasil, desde que assumiu o cargo de presidente do Paraguai, Horacio Cartes vai tratar do retorno do seu país ao Mercosul com a presidente Dilma Rousseff. Ele chegou no fim da manhã desta segunda-feira ao Palácio do Planalto, onde tratará com a presidente brasileira não só do tema multilateral, mas da agenda comum entre os dois países.

Desde o impeachment relâmpago do então presidente paraguaio Fernando Lugo, em junho do ano passado, o Paraguai está suspenso do bloco. O retorno estava previsto para depois da posse de Cartes, escolhido em eleições democráticas. O Paraguai, no entanto, só deve voltar ao bloco no ano que vem, depois de encerrada a presidência Venezuelana.

Apenas o congresso paraguaio relutava em dar o aval para que a Venezuela entrasse no Mercosul. Assim que foi suspenso, os demais países-membro aprovaram a entrada do país, então comandado por Hugo Chávez. Com esta rusga na relação, Assunção decidiu não retornar durante a gestão venezuelana.
Ao ir à posse de Cartes, no dia 15 de agosto, Dilma encabeçou uma investida para tentar convencer o presidente Paraguaio a retornar ao bloco.

Apesar deste ainda ser o tema predominante nesta visita de Estado, temas bilaterais ainda serão tratados. Estão na agenda dos dois países cooperação técnica, desenvolvimento fronteiriço, além de temas comerciais e de infraestrura. Em sua conta no Twitter, Dilma chegou a declarar que "o Paraguai é aliado histórico" e disse que "os dois povos ganham com maior cooperação".

No comércio bilateral do ano passado, o fluxo comercial entre Brasil e Paraguai alcançou US$ 3,6 bilhões, com elevação em 38% das importações brasileiras em comparação com 2011. Entre janeiro e agosto deste ano, o comércio bilateral demonstrou aumento de 23% em relação ao mesmo período de2012.

Pesquisa mostra alta de preços de até 19% em supermercados


TONI SCIARRETTA
CLAUDIA ROLLI
DE SÃO PAULO

Folhainvest

Os preços de uma cesta de 104 itens chegaram a subir até 19% nos supermercados entre 2012 e 2013, segundo pesquisa anual da Proteste (associação dos consumidores) feita em 21 cidades de 14 Estados do país. 

Foi a maior variação desde 2009, quando foi iniciada essa série. A cesta tem produtos que vão de hortifrúti a higiene e limpeza. 

A pesquisa mostrou alta generalizada nos preços de alimentos, bebidas e artigos de limpeza e higiene em todo o país. São coletados para essa cesta apenas os valores de marcas líderes de mercado em cada região pesquisada. 

Quem bater perna na hora de comprar consegue uma economia de até R$ 2.028,90 por ano, considerando a compra mensal dessa cesta. 

O resultado vale para São Paulo, onde o custo de uma cesta foi em média de R$ 369,83. No Rio e em Florianópolis, a economia anual chegou a R$ 1.480,04 e R$ 1.406,03, respectivamente, segundo o estudo. 

NORDESTE LIDERA
 
Editoria de arte/Folhapress 

Os Estados com o maior aumento nos preços neste ano, na comparação com 2012, estão no Nordeste. No Ceará, houve aumento de 19%, seguido por Bahia (17%), Maranhão (17%) e Paraíba (16%). "É justamente a região de maior ascensão da chamada nova classe média", disse Michele Alves, responsável pela pesquisa. 

Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste, lembra que, além de o frete para essa parte do país ser mais elevado, os consumidores dessa região têm menos "educação para o consumo", o que pode facilitar o repasse do aumento de preços pelos supermercados. "Isso ocorre principalmente em áreas onde a concorrência também é menor", diz. 

A menor variação de preços ocorreu em Goiás, onde os valores médios dos produtos subiram 11%. Neste ano, nenhum Estado registrou recuo nos preços da cesta.
Na pesquisa do ano passado, o maior aumento foi de 8% em Minas Gerais e em Pernambuco. No Rio Grande do Norte e no Paraná houve até deflação de 3% e 2%, respectivamente. 

BISCOITO VILÃO
 
Os pesquisadores agiram como consumidores à procura do menor preço e evitaram coletar informações nos dias de promoções temporárias de alguns setores. Foram 1.357 estabelecimentos visitados.
Para comparar os resultados, eles encontraram o supermercado "mais caro" e o "mais barato" de cada cidade. No cálculo da economia anual por cidade, estimaram a compra de uma cesta de 104 itens por mês.
A variação de preços de um mesmo produto chegou a 195% em uma mesma cidade. É o caso do biscoito maisena, na comparação feita em supermercados de São Paulo. Em seguida estão lâmpada incandescente e empanado de frango, com respectivamente diferenças de preço de 194% e 192%. 

COMPARAÇÃO
 
Enquanto o consumidor paulista pagou em média R$ 369,83 para adquirir a cesta com 104 itens, o de Santa Catarina gastou R$ 26 a mais para obter os mesmos produtos. No Rio Grande do Norte, foi encontrada a cesta de menor preço médio: R$ 338,640.
"O consumidor tem de aprender que vale a pena atravessar a rua de uma mesma região ou bairro e comparar os preços antes de comprar. Um terço do orçamento doméstico é gasto nas compras em supermercados. Não é pouca coisa" disse a coordenadora da Proteste.

“O Brasil ficou para trás nos intercâmbios científicos e tecnológicos”



Paulo Roberto de Almeida 
 
 
Intercâmbios no exterior como incentivo à capacitação de jovens brasileiros foi o tema abordado pelo Instituto Millenium em entrevista com o diplomata e cientista político Paulo Roberto Almeida. Neste podcast, o diplomata avalia o programa “Ciências sem fronteiras” e fala sobre a urgente necessidade por uma internacionalização das universidades brasileiras. Almeida aborda ainda a má gestão de recursos para educação e afirma: “precisamos atingir o padrão das grandes universidades do mundo”.
Os artigos assinados não traduzem a opinião do Instituto Millenium. Sua publicação obedece ao propósito de estimular o debate sobre os valores defendidos pelo Instituto e de refletir as diversas tendências do pensamento contemporâneo.

Excelente entrevista, parabéns Paulo Roberto! Suas conclusões finais são valiosas: precisamos abrir nossas Universidades para o exterior. Mas, se não houver incentivo concreto desde o curso primário, não será fácil combater nossa mentalidade xenófoba. Na minha época escolar, através dos estudos de línguas conhecíamos, através de leituras, a cultura de outros povos.Lembro-me ainda claramente, do livro de francês da FTD, de Blanche T. Jacobine, com leituras sobre a França e belas imagens.

Regina Caldas