terça-feira, 15 de outubro de 2013

10 valores essenciais para a administração de um negócio

A universidade de Stanford perguntou e ex-alunos de sua Escola de Negócios responderam. Veja o que eles pensam sobre o assunto

Redação, administradores.com.br
Shutterstock


A universidade de Stanford, nos EUA, perguntou a vários ex-alunos de sua Escola de Negócios que conseguiram destaque no mercado quais os valores e princípios mais importantes para eles na carreira que estão trilhando. Abaixo você encontra uma compilação dessas máximas pessoais e profissionais, para se inspirar e relembrar aquilo que é fundamental, dentro da sua própria experiência em administração.
Veja os dez principais valores citados nas respostas:

1. Tratar os outros como queremos ser tratados

"Eu acredito muito nessa regra de ouro. Ela é o valor dominante nas minhas relações profissionais. Se você trata bem as pessoas, de modo geral elas também lhe tratarão bem. Esse princípio faz com que você durma bem à noite, com uma consciência tranquila, e lhe confere enorme respeito. De vez em quando alguém vai tirar vantagem de você por causa disso, mas é só decidir não trabalhar mais com essa pessoa"  (Andy Rachellf - CEO da Wealthfront)

2. Integridade

"Quer dizer se relacionar com as pessoas de forma autêntica e verdadeira. Na Pagatech nós mantemos as promessas que fazemos a parceiros e clientes, e buscamos fazer o nosso melhor para permanecermos transparentes na forma como conduzimos nossos negócios." (Jay Alabraba - Co-fundador da Pagatech)

"Eu tenho relacionamentos profissinais que já duram 30 anos e a maioria dos negócios que fechei com essas pessoas foi selada com um aperto de mão. Dependendo da pessoa, isso pode valer mais do que qualquer outro contrato." (Bob Moog - CEO da University Games)

3. Ser direto

"Comigo, o que você vê é o que eu sou. No mundo corporativo norte-americano isso não me favorecia. Como empreendedora, porém, eu gosto de selecionar meus clientes. Eu escolho trabalhar com pessoas que são diretas e que apreciam e valorizam essa minha característica". (Denise Brosseau - CEO da Thought Leadership Lab)

4. Confiança

"Um dos valores principais da Tiny Prints é o de tratar uns aos outros como família. Quando recrutamos novos funcionários procuramos pessoas que valorizem relacionamentos significativos. Nossa empresa busca criar conexões melhores e o ambiente de trabalho é bastante 'universitário'. Todos que trabalham aqui se tornaram bons amigos, padrinhos e madrinhas, colegas de apartamento. Eles têm lealdade uns para com os outros. Claro que toda família tem seus problemas, mas nós tentamos gerar confiança, para que cada funcionário se sinta à vontade para dar seu feedback, mesmo quando for difícil. Onde há confiança se sabe que as críticas estão vindo com boas intenções". (Laura Ching - Co-fundadora da Tiny Prints)

5. Comunicação aberta e honesta

"Problemas se espalham quando as equipes não são honestas, especialmente se tratando de times diversificados, onde há muitas opiniões diferentes. Enquanto líder, é preciso criar uma cultura que recompense e promova a honestidade, mesmo que isso gere desacordos. Também é importante ser ousado, especialmente se você é um empreendedor e quer impactar seu país e mudar o mundo. Isso requer coragem." (Steve Poizner - CEO da Empowered Carreers)

6. Gratidão/valorização

"Todos nós nos sentimos gratos pelos negócios que construímos juntos e pelas oportunidades que temos, por isso trabalhamos para transmitir esse sentimento para os nossos funcionários, clientes e parceiros." (Beth Cross - Fundadora e CEO da Ariat International)

7. Honestidade, simplicidade e fazer algo que você acredita ter um valor real

"Muitas empresas fazem pesquisas de mercado e tentam se antecipar em conhecer as necessidades do cliente. Eu prefiro simplesmente desenvolver grandes produtos e contar uma história honesta sobre eles. Todo o marketing excessivo no mundo comercial tem criado um desejo por autenticidade." (Rob Forbes - Fundador da Design Within Reach e da Public Bikes)

8. Paixão

"Eu só quero que as pessoas trabalhem na Stella & Dot se elas sentirem que isso se encaixa em sua missão de vida. A vida é muito curta para não amar o que você faz, o porquê do que você faz e com quem o faz. Quando você acordar precisa se perguntar 'O que eu estou fazendo é o meu melhor propósito? Eu amo o lugar onde moro, quem eu conheço, o meu trabalho?' Muitas vezes fazemos certas coisas porque precisamos pagar as contas ou porque a posição oferecida é uma 'oportunidade'. Eu respeito quem trabalha para pagar as contas, mas quem está nessa situação deve continuar na jornada para fazer isso enquanto trabalha em algo que ama." (Jessica Herrin - Fundadora da Stella & Dot)

9. Transparência e abertura

"Acredito que você deva compartilhar o que muitos consideram segredos sobre como a empresa realmente está se saindo, inclusive financeiramente, com todos os funcionários, absolutamente. Não deve haver contenção de informações. Também acredito que cada colaborador deva ser encorajado a fazer experimentos rápidos, que falharão com a mesma velocidade. Esses testes mostram as melhores ideias e estas devem prevalecer" James Gutierrez - (Fundador da Progreso Financiero)

10. Trabalhar para fazer diferença no mundo

"Você pode ver quem tem mais poder numa sociedade observando quem possui os maiores prédios. Há 200 anos eram as catedrais. Há 50 eram os prédios governamentais. Hoje, na maioria das áreas urbanas, o poder está nos negócios e seus arranha-céus. A administração e o empreendorismo são a influência mais forte e poderosa no mundo de hoje. 54 das 100 entidades mais poderosas do mundo atualmente são empresas, não países. Isso significa que é muito mais importante que os empreendimentos adotem uma perspectiva capitalista consciente para fazer a diferença. Eu acredito nisso em nível global. Empresas estão finalmente se perguntando 'qual  é a marca ecológica que deixaremos?' Elas também precisam olhar para a marca emocional que deixam em seus funcionários." (Chip Conley - Fundador da rede de hotéis Joie de Vivre)

Para ler as entrevistas na íntegra, acesse a matéria original, no Tumblr da Stanford Business.
E deixe sua opinião: quais são seus valores essenciais?

Leiloar o maior campo já descoberto do mundo é inaceitável

Enquanto no resto do mundo os países exportadores de petróleo ficam com 80% do óleo-lucro – uma média de 72% do óleo produzido –, o governo brasileiro fixou para o leilão de Libra o pagamento mínimo de 41,65% à União. Em um campo sem riscos, de óleo de excelente qualidade, não seria razoável menos de 80% 



Com as bênçãos do governo e do Poder Legislativo, um crime contra a soberania nacional está em andamento e já tem data marcada. O Campo de Libra, situado na província brasileira do pré-sal, na Bacia de Santos, que é a maior descoberta de petróleo convencional do século XXI, irá a leilão no dia 21 de outubro, na primeira rodada de licitações da camada do pré-sal. O pontapé inicial foi dado no dia 3 de setembro, com a publicação do edital. Todo o processo culminará, em novembro, na assinatura dos contratos com os consórcios vencedores, novos donos de um tesouro nacional desapropriado do povo brasileiro.
A pressão das majors(ou Big Oils, ou sete irmãs) sobre o governo brasileiro foi muito forte. O seminário sobre óleo e gás em fevereiro de 2013 no Riocentro teve como tema central a reabertura dos leilões. Depois veio o vice-presidente norte-americano Joe Biden pressionar, pessoalmente, a presidente Dilma Rousseff e a presidente da Petrobras, Graça Foster. A escolha de Libra para essa licitação sob o regime de partilha satisfez as exigências. A área é imensa, e não será necessária a atividade de exploração, pois o campo já foi descoberto. O ganhador só vai desenvolver o campo, que hoje já se sabe conter muito petróleo. De acordo com testes de curta duração feitos pela Petrobras, que perfurou o campo, os volumes in placesituam-se entre 28 bilhões e 42 bilhões de barris. Se considerarmos um fator de recuperação de 35% (média dos campos da Bacia de Campos), os volumes recuperáveis podem variar entre 10 bilhões e 15 bilhões de barris. Mas geólogos da Petrobras estimam em mais de 15 bilhões.
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) fixou em 41,65% a parcela mínima da União no leilão de um campo já perfurado, testado e comprovado que abriga reservas fantásticas. Os dados que mais assustam, no entanto, estão relacionados às facilidades oferecidas pelo governo para que as empresas estrangeiras se apropriem de uma de nossas maiores e mais estratégicas riquezas. O governo vem causando um prejuízo crônico à Petrobras, reduzindo drasticamente seu caixa, obrigando-a, de forma ilegal, a comprar combustíveis no exterior e vender mais barato para as distribuidoras, suas concorrentes. Ao mesmo tempo, retoma o campo que estava com a Petrobras por conta da cessão onerosa e estabelece um bônus de assinatura de R$ 15 bilhões, que prejudica a Petrobras e impede a participação das demais empresas nacionais.
Enquanto no resto do mundo os países exportadores de petróleo ficam com 80% do óleo-lucro – uma média de 72% do óleo produzido –, o governo brasileiro fixou para o leilão de Libra o pagamento mínimo de 41,65% à União. Em um campo sem riscos, de óleo de excelente qualidade, não seria razoável menos de 80%. Estamos leiloando um bilhete premiado. Nenhum país soberano e independente faz esse tipo de leilão. “A ideia é atrair as empresas estrangeiras e não espantar investidores”, diz a ANP. As entidades nacionalistas buscam instrumentos jurídicos para impedir o leilão.
O Congresso Nacional defendeu, até o último minuto, a destinação mínima de 60% desse óleo-lucro para a União, mas foi vencido ao final. Após reunião dos ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, com os líderes do governo na Câmara, a exigência dos 60% caiu “em nome de uma maior segurança jurídica das empresas que disputarão a licitação”. A votação, em 14 de agosto, foi rápida após o acordo com o Planalto e sepultou de vez a garantia de retorno decente para o país. Os 41,65% são um valor irrisório para o que representa o manancial do Campo de Libra. Ora, os leilões já não têm sentido por termos autossuficiência para mais de cinquenta anos, quanto mais nas condições desse campo perfurado, com reservas de 15 bilhões de barris e risco zero. Se alguém arrematar por menos de 60%, o leilão representará um fabuloso prejuízo.
Pior é que a ANP e o governo enganam a nação quando dizem que a União ficará com, no mínimo, 75% do petróleo. Ora, o produtor fica com 40% do petróleo para remunerar seu custo de produção (esse custo é cerca de US$ 40 por barril); o contrato prevê que os royalties, de 15%, serão também ressarcidos ao produtor. Sobram 45% para a partilha. Se o vencedor oferecer 60%, a União ficará com 60% de 45%, ou seja, 27% do petróleo produzido. E o consórcio, este sim, ficará com 73% do petróleo. Absurdo!
De volta às privatizações
Em entrevista recente concedida ao jornalista Paulo Henrique Amorim, o ex-presidente da Petrobras do governo Lula, Sérgio Gabrielli, afirmou que leiloar Libra “vai na contramão da lei de partilha”. Ele destacou outro ponto sensível do edital: o bônus de R$ 15 bilhões pedido pela ANP à empresa vencedora do leilão. Segundo o ex-presidente, tais procedimentos estão “mais próximos da concessão de FHC do que da partilha”. Ele se refere à Lei das Concessões (Lei n. 9.478, de 1997), do presidente Fernando Henrique Cardoso, que era destinada a áreas de alto risco exploratório e exigia um bônus alto, uma vez que o concessionário passava a ser o proprietário do petróleo.
Na mesma entrevista, Gabrielli declarou: “Como diminui o risco de exploração, o grande elemento a definir passa a ser como partilhar o lucro futuro. Então, o grande elemento deve ser a participação no lucro-óleo que deverá voltar ao Estado. À medida que você coloca um bônus muito alto, a partilha do lucro no futuro é menor. Ao fixar o bônus alto, você tem uma visão de curto prazo na exploração e no desenvolvimento de um recurso que já tem o grau de confirmação muito alto. [...]. Mesmo com a certeza de que lá tem petróleo, você submete todo o ganho potencial futuro do Estado a uma parcela menor – o que é ruim, no novo conceito de partilha. [...] Nessa operação de R$ 15 bilhões, o governo vai receber de imediato, mas a consequência disso é que, no lucro do futuro, o governo vai ficar com uma fatia menor”. Ou seja, o governo cobre o buraco do presente, mas compromete seriamente o futuro.
Na verdade o governo estabeleceu um bônus alto com dois objetivos: 1) dificultar a participação de empresas nacionais, inclusive a Petrobras, estrangulada por ele; e 2) atingir a meta do superávit primário, que precisa de R$ 15 bilhões para se completar.
Conjuntura internacional aterradora
O momento em que o leilão ocorre é outro ponto relevante. A insegurança energética mundial é imensa. Estados Unidos, Europa e Ásia, além do cartel internacional, estão cada vez mais dependentes do petróleo das reservas mundiais, escassas, com cerca de 60% no Oriente Médio. Quando o pré-sal foi descoberto, imediatamente foi reativada a quarta frota norte-americana para “proteger o Brasil”, uma pressão militar óbvia. Ao mesmo tempo, o cartel internacional das petrolíferas vem agindo pelos bastidores. No setor, o lobbydo cartel está profundamente infiltrado dentro do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP), da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) e da Organização Nacional dos Industriais do Petróleo (Onip). Todos eles juntos conseguem dobrar os três poderes do país. Só as manifestações do povo nas ruas poderão reverter essa submissão.
Fernando Siqueira

Ipea: cada R$ 1 gasto com Bolsa Família adiciona R$ 1,78 ao PIB

Por Camilla Veras Mota | Valor
 
 
SÃO PAULO  -  O Bolsa Família tem um dos menores custos entre os chamados programas de transferências sociais, mas é o que tem o maior efeito multiplicador sobre a economia, de acordo com dados apresentados nesta terça-feira, 15, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), durante balanço dos dez anos da iniciativa.

Para o ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e presidente do Ipea, Marcelo Neri, um dos principais atributos do programa é seu bom custo-benefício. Os gastos com o Bolsa Família representam apenas 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB), mas cada R$ 1 gasto com o programa “gira” R$ 2,4 no consumo das famílias e adiciona R$ 1,78 no PIB.

Para efeito de comparação, em outro programa de transferência, o Benefício de Prestação Continuada (BPC) é gasto 0,6% do PIB, com geração de R$ 1,54 em consumo e R$ 1,19 no PIB. O seguro-desemprego, cujos gastos alcançam também 0,6% do PIB, rende R$ 1,34 em consumo e R$ 1,09 no PIB.


Pró-pobre


“Isso ocorre porque o programa é pró-pobre, e os pobres costumam gastar maior percentual da renda familiar mensal do que outras faixas da população”, afirmou Neri.

De acordo com os dados do Ipea, o Bolsa Família reduziu a extrema pobreza em 28% entre 2002 e 2012. Caso o programa não existisse, o percentual da população vivendo com renda mensal inferior a R$ 70 seria de 4,9%, ante atuais 3,6%, dado calculado com base nos dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Entre 2002 e 2012, o Bolsa Família respondeu, de forma relativa, por 12,2% da queda na concentração de renda medida pelo índice de Gini. Nesse período, a renda real média entre os 10% mais pobres no país avançou 120%, contra 26% entre os 10% mais ricos.

Ainda segundo os dados mostrados pelo Ipea, cada real fiscal gasto pelo programa gera um benefício social 5,2 vezes maior.

O impacto do Benefício de Prestação Continuada (BPC), que foca idosos e pessoas com deficiência, é de 2,7, e, da Previdência, 1,07. “Para quem, como eu, tem preocupações com o lado fiscal, o Bolsa Família é um bom programa, porque faz muito gastando pouco”, disse Neri.

O efeito macroeconômico, segundo o ministro, é o maior entre todos os meios de transferência social praticados, hoje, no Brasil, como seguro-desemprego e Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), entre outros.

Neri frisou, ainda, que o valor gasto em percentual do PIB com o programa é bastante inferior ao despendido por países da Europa e pelos Estados Unidos — este último, de acordo com o Ipea, transferiu 2% do PIB no ano passado (US$ 315 bilhões) para programas chamados “focalizados”.

A ministra Tereza Campello, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), completou dizendo que ainda há espaço para ampliar o programa e deu como exemplo de inciativas recentes nesse sentido o Brasil Carinhoso, que beneficia crianças de zero a seis anos e cujos efeitos não foram aferidos pela pesquisa, que se deteve em dados colhidos até setembro do ano passado.
(Camilla Veras Mota | Valor)

Grife espanhola Desigual entra no Brasil pelo Sul para expandir-se na AL






 







Depois de faturar de cerca de R$ 2 bilhões no ano passado e de juntar uma multidão de clientes em campanhas publicitárias ousadas, a grife catalã Desigual desembarca na região sul do Brasil neste mês. A marca estará à venda em um espaço exclusivo da loja Zon, que inaugura a segunda filial, no BarraShopping Sul, em Porto Alegre (RS). 

O ingresso na região sul ocorre em paralelo ao plano de expansão da marca na América do Sul. A loja começa a funcionar antes mesmo de Rio e São Paulo, outros pontos onde a marca se instalará. O objetivo da grife é faturar no Brasil cerca de 50 milhões de euros até 2016. A Desigual tem 13 mil pontos de venda no mundo. 

A grife abrirá uma sede no Rio de Janeiro – a quarta da companhia no exterior, junto com Nova York, Tóquio e Hong Kong – e inaugurará também duas lojas próprias em São Paulo. Para os próximos quatro anos está prevista a abertura de 50 lojas próprias e franquias. Com cerca de 350 lojas, a marca tem conquistado o público jovem europeu. Tanto é que o crescimento para os próximos anos deve girar em torno de 20%.

Relações Exteriores faz audiência sobre projeto do novo Estatuto do Estrangeiro



 





A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional faz audiência pública nesta terça-feira (15/10), às 14h30, para debater o Projeto de Lei 5655/09, de autoria do Poder Executivo, também chamado de novo Estatuto do Estrangeiro.
 

A proposta modifica ou extingue várias leis e decretos-leis sobre o assunto, a maioria anterior à Constituição de 1988. E traz novos dispositivos sobre o ingresso, permanência e saída de estrangeiros do território nacional, o instituto da naturalização, as medidas compulsórias, a transformação do Conselho Nacional de Imigração em Conselho Nacional de Migração, e a definição de infrações, entre outras providências.


A deputada Perpétua Almeida (foto), do PCdoB-AC, relatora do projeto na comissão e uma das autoras do pedido de audiência, diz que “a proposta converge para uma nova política de imigração e insere o Brasil em novo contexto de desenvolvimento econômico, social e cultural, tendo sido, desde sua concepção, objeto de consulta pública junto à sociedade. Trata-se, portanto, de significativo avanço em relação ao atual Estatuto do Estrangeiro, de 1980, cujo foco é essencialmente o de segurança nacional”, enfatiza.

O conjunto da legislação em vigor, lembra ela, “retrata um Brasil de outrora, sem considerar as mudanças conjunturais, econômicas e política que o mundo atravessou nas últimas décadas”.

É diante desse novo contexto que Perpétua Almeida ressalta a importância de “ouvir representantes da sociedade civil, nas várias organizações não governamentais, associativas ou representativas de estudiosos no assunto”, para embasar o relatório que irá apresentar.

Foram convidados para a audiência:- um representante do Ministério das Relações Exteriores; a Polícia Federal;- o presidente do Conselho Nacional de Imigração, Paulo Sergio de Almeida; - o gerente de Projetos Regional da Organização Internacional para as Migrações (OIM) para a América do Sul e focal point da OIM para o Brasil,  Jorge Peraza; e o membro da Comissão de Relações Internacionais da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF), João Batista Lira Rodrigues Júnior. O evento será realizado no Plenário 3.

Chineses no pré-sal preocupam EUA, que querem controlar o óleo e gás no mundo



 




Fontes ligadas ao mercado petrolífero internacional dizem o governo dos EUA está seriamente preocupado a chegada dos chineses ao óleo e gás brasileiros, através do leilão do pré-sal. Os norte-americanos querem que as jazidas brasileiras de óleo e gás seja exploradas unicamente por multinacionais ocidentais, através das quais é mais fácil para a Casa Branca controlar o abastecimento global.


A China produz apenas metade do petróleo que consome e só perde em consumo para os EUA, maior consumidor de petróleo do mundo. O déficit chinês de petróleo deverá atingir 5 milhões de barris em 2013, cerca de 60% a mais do que o consumo brasileiro.

A redução do crescimento do PIB chinês, de 9% para 7,5%, não deverá alterar muito essa situação, porque a China precisa reduzir o peso do carvão em sua matriz energética, e o petróleo é a opção mais prática. 

Tamanha necessidade do outro lado do mundo, e tanto petróleo no pré-sal brasileiro, à espera de quem possa investir na sua extração, explicam com sobra porque, das 11 empresas inscritas para o leilão de Libra, três são chinesas: CNOOC, CNPC e Sinopec.

Esta, por sinal, através de duas empresas nas quais possui participação: a portuguesa Petrogal e a espanhola Repsol. 

Libra é um assombro anunciado: segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), esse campo possui 8 bilhões a 12 bilhões de barris. E as reservas da China somam 16 bilhões de barris. Há a possibilidade da CNOOC ou da CNPC serem impedidas de participar, sob a alegação de que o controlador das duas (o governo chinês) é o mesmo.

Por essa lógica, a Repsol e a Petrogal seriam vetadas, mas aí o leilão ficaria esvaziado, prejudicando a lógica do governo brasileiro, que já está contando com os recursos do pré-sal para 2014.

Wal-Mart que planeja fechar algumas lojas no Brasil



15 Out (Reuters) - O Wal-Mart está tomando várias medidas, incluindo fechar unidades com baixo desempenho no Brasil e na China e a abertura de lojas menores nos Estados Unidos, numa tentativa de melhorar os resultados diante de condições difíceis no mundo todo.

A maior varejista do mundo vê o cenário econômico "difícil" e "imprevisível" no mundo inteiro, disse o presidente-executivo da empresa, Mike Duke.

O Wal-Mart planeja agora abrir 14 milhões de metros quadrados de novas lojas nos mercados internacionais este ano, abaixo de sua previsão inicial de 20 a 22 milhões de metros quadrados, disse o diretor-executivo do Walmart International, Doug McMillon, em encontro com investidores e analistas no Arkansas nesta terça-feira.

A empresa está fechando algumas lojas no Brasil e na China, disse McMillon, mercados em que a companhia estava tentando melhorar o desempenho de suas centenas de lojas. Se o Wal-Mart expandir para novos países, teriam que "fazer a diferença", acrescentou.

A desaceleração do crescimento do Walmart International continua como tendência que coincide com o maior escrutínio sobre as práticas da empresa. Em abril de 2012, o New York Times divulgou acusações de que a companhia teria oferecido propina a autoridades mexicanas para acelerar a aprovação de lojas.

O Walmart International somou 19 milhões de metros quadrados de espaço de lojas no ano fiscal de 2013, após ter previsto um crescimento de 30 a 33 milhões de metros quadrados, e depois reduzido a meta para 21 a 23 milhões de metros quadrados.

PROBLEMAS

Nos Estados Unidos, a paralisação do governo está na cabeça dos clientes da empresa, disse Duke. Apesar de o Walmart ainda não ter dado detalhes específicos de como a paralisação está afetando seu negócio, ficou claro que houve impacto.

Se as pessoas não estão sendo pagas, compram menos, disse Simon. Mas Duke acrescentou: "não importa em qual ambiente estivermos, o Walmart vai vencer".

O Walmart já sentiu a pressão da economia. As vendas na base de mesmas lojas no Walmart dos EUA, seu maior negócio, inesperadamente caíram 0,3 por cento no segundo trimestre.

O Walmart dos EUA está satisfeito com seu lucro, mas não com suas vendas, disse o diretor-executivo do Walmart dos EUA, Simon.

Pela primeira vez, o Walmart dos EUA planeja abrir mais lojas de pequeno formato que lojas grandes, acrescentou.

O Walmart norte-americano planeja usar algumas de suas grandes lojas no país como centros de distribuição para lojas menores próximas, em uma tentativa de estocar mercadorias e reduzir custos, disse Simon.

O plano está sendo testado e será adotado em março no primeiro de três mercados, disse.

Por Jessica Wohl