Fontes
ligadas ao mercado petrolífero internacional dizem o governo dos EUA está
seriamente preocupado a chegada dos chineses ao óleo e gás brasileiros, através
do leilão do pré-sal. Os norte-americanos querem que as jazidas brasileiras de
óleo e gás seja exploradas unicamente por multinacionais ocidentais, através
das quais é mais fácil para a Casa Branca controlar o abastecimento global.
A
China produz apenas metade do petróleo que consome e só perde em consumo para
os EUA, maior consumidor de petróleo do mundo. O déficit chinês de petróleo
deverá atingir 5 milhões de barris em 2013, cerca de 60% a mais do que o
consumo brasileiro.
A
redução do crescimento do PIB chinês, de 9% para 7,5%, não deverá alterar muito
essa situação, porque a China precisa reduzir o peso do carvão em sua matriz
energética, e o petróleo é a opção mais prática.
Tamanha
necessidade do outro lado do mundo, e tanto petróleo no pré-sal brasileiro, à
espera de quem possa investir na sua extração, explicam com sobra porque, das
11 empresas inscritas para o leilão de Libra, três são chinesas: CNOOC, CNPC e
Sinopec.
Esta,
por sinal, através de duas empresas nas quais possui participação: a portuguesa
Petrogal e a espanhola Repsol.
Libra
é um assombro anunciado: segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), esse
campo possui 8 bilhões a 12 bilhões de barris. E as reservas da China somam 16
bilhões de barris. Há a possibilidade da CNOOC ou da CNPC serem impedidas de
participar, sob a alegação de que o controlador das duas (o governo chinês) é o
mesmo.
Por
essa lógica, a Repsol e a Petrogal seriam vetadas, mas aí o leilão ficaria
esvaziado, prejudicando a lógica do governo brasileiro, que já está contando
com os recursos do pré-sal para 2014.
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