SÃO PAULO - O
presidente da Azul, David Neeleman, anunciou hoje em São Paulo
investimento de R$ 100 milhões na Vigzul, empresa que vai atuar no
segmento de monitoramento para residências e pequeno e médio varejo.
Além dos irmãos David Neeleman e Mark Neeleman, o aporte de recursos
para o investimento foi feito também pelo fundo de private equity
Peterson Partners, o mesmo que tem uma fatia da Azul Linhas Aéreas.
A Vigzul vai fornecer sistemas e serviços de monitoramento para
vigilância de residências e lojas de pequeno e médio portes. Os planos
custarão entre R$ 89 e R$ 264 mensais, sem taxas de instalação. “Uma
coisa que aprendi no Brasil é que o brasileiro quer saber quanto
[serviço ou produto] vai custar por mês”, disse Neeleman.
Segundo a Associação Brasileira de Empresas de Sistema Eletrônico de
Segurança, o faturamento do setor atingiu US$ 1,96 bilhão em 2012,
crescimento de 9% ante 2011. A entidade projeta para 2013 uma expansão
de 11% para a receita bruta consolidada das empresas associadas.
A Vigzul terá foco em clientes das classes A, B e C. O custo de
instalação dos sistemas será dividido ao longo do contrato, eliminando o
valor da entrada, para atrair a classe média baixa, afirmou Mark
Neeleman, sócio do irmão David no projeto.
O plano da empresa, que já atua na região metropolitana de Campinas,
interior de São Paulo, é atingir a meta de 40 mil clientes em três
anos. “Não é a Azul. São empresas totalmente separadas. Mas é do mesmo
dono, com a mesma eficiência”, disse Neeleman, durante entrevista a
jornalistas, hoje em São Paulo.
No projeto de expansão, a Vigzul quer atingir 12 mil clientes em
Campinas e avançar por Jundiaí e Sorocaba. “Queremos atingir outras 30
cidades brasileiras com mais de 400 mil habitantes”, disse David
Neeleman, que projeta o retorno do investimento para um horizonte além
de três anos.
Dados da Associação Brasileira das Empresas de Segurança Eletrônica
(Abese) apontam que segmentos de nicho, como o de circuito fechado de TV
(CFTV), cresceu 9% em 2012, atingindo faturamento de R$ 4,2 bilhões.
Ainda segundo o órgão, até 2014, o uso de câmeras de monitoramento
eletrônico será duplicado.
(João José Oliveira | Valor)
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