Mesmo com queda de 15,6% nos lucros, companhia comemora resultados
Por Luiz Gustavo PACETE
A abertura da conferência
realizada com investidores pela TIM na manhã desta quarta-feira 30, teve
uma frase em comum com todas as outras reuniões que vem sendo
realizadas nos últimos dias: "o cenário macroeconômico não contribuiu
para resultados melhores no período". Apesar da observação, feita pelo
presidente da TIM, Rodrigo Abreu, os números apresentados pela empresa
no terceiro trimestre foram considerados satisfatórios pelo executivo.
Sob uma série de especulações acerca de seu futuro no
Brasil, a empresa teve queda de 15,6% no lucro líquido, que foi de R$
315 milhões, e viu sua receita crescer 7,6% para R$ 5 bilhões.
Números do terceiro trimestre foram considerados satisfatórios por Rodrigo Abreu, presidente da TIM
O que contribuiu para o aumento das
receitas foi o crescimento de 16,4% nos planos pós-pagos, segmento em
que o nível de fidelização é maior. “Isso aconteceu em função da
estratégia de criação de pacotes híbridos, os chamados 'planos
controle', que ajudaram na captação de clientes mais qualificados”,
disse Abreu. A estratégia para intensificar a participação no segmento
de pós-pago está na loja própria, a empresa abriu sete novas unidades no
trimestre chegando a 140 unidades, a meta é fechar o ano com 165 novos
pontos de venda.
Outro dado positivo é o aumento na
comercialização de serviços de dados, cujas receitas cresceram 21,5%
para R$ 1,3 bilhão, impulsionado pela maior penetração de smartphones.
“O aumento no uso dos aparelhos com acesso à internet tem contribuído
para melhorar esse tipo de serviço”.
Aumento no uso de smartphones contribuiu para alavancar serviço de dados
No mercado de 4G, a empresa destacou
crescimento cauteloso chegando a 29% de market share no período. Segundo
Abreu, neste mercado a estratégia da TIM será crescer com qualidade. "O
importante no 4G é o percentual de população coberta e não a quantidade
de aparelhos. Vamos evoluir para uma cobertura que vai passar de 50% no
próximo ano."
Investimentos
No período, a empresa investiu R$ 1,1
bilhão em infraestrutura, projeto de expansão que aumentou de 17 para 38
o número de cidades com fibras e antenas da operadora. “No último
trimestre, adicionamos ao projeto uma série de outras implementações que
consistem na renovação de equipamentos e adequação à banda larga móvel e
serviço de dados.”
Os investidores presentes questionaram
o financiamento que será realizado pela empresa com o BNDES no valor de
R$ 5,7 bilhões para subsidiar o crescimento entre 2014 e 2016. O valor
foi divulgado na ata de reunião do conselho da companhia, realizada na
última terça-feira 29, e serão destinados á expansão da companhia no
próximo ano.
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