Por Sabrina Valle
O diretor da SBM no Brasil, Philippe Levy, disse nesta
quinta-feira, 31, que a Petrobras, por falta de caixa, tende a elevar,
significativamente, o afretamento de plataformas nos próximos três a
quatro anos, em detrimento de equipamento próprio. A solução é cerca de
duas vezes mais cara do que a construção própria, disse.
De
acordo com Levy, o afretamento é uma vantagem para a Petrobras por não
demandar investimento próprio, com o pagamento feito apenas quando a
plataforma opera e dá resultado, numa espécie de aluguel. "Custa mais,
mas no fim do dia é bom negócio", disse na conferência de petróleo OTC,
no Rio.
A SBM tanto constrói plataformas para venda quanto
para afretamento. A empresa prevê que a relação entre plataformas
construídas para venda (turn-key) quanto para afretamento no Brasil
passe de 80% no primeiro caso, e 20% no segundo, para 30%-35% e 60-65%,
invertendo a relação.
A SBM tem sete plataformas operando
com a Petrobras e outras três em construção para a companhia (Ilha Bela,
Maricá e Saquarema). Levy diz que o afretamento é visto como uma
oportunidade maior de negócio para a SBM. Para Libra, ele disse que a
Petrobras tenderá a investir em plataformas de sua propriedade. Levy
lembra que a contratação, prevista para começar em três anos, coincidirá
com um momento em que a companhia terá maior produção de petróleo e
mais caixa para investimento.
O conteúdo local médio da SBM
é de 65% no Brasil, disse. De acordo com Levy, seria possível construir
no Brasil até 75% das unidades, embora fosse ser mais custoso e menos
competitivo. "Fazer no Brasil é obviamente mais caro do que no
exterior", disse. "Quando temos 65% para entregar, não fazemos 70%, ou
75%, porque custa mais."
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