Processo envolvendo empresa e credores é destino mais provável para petrolífera de Eike
Recuperação judicial: baixo valor dos ativos da OGX tornam alternativa mais provável que falência
São Paulo – A OGX tem até o fim da semana para chegar a uma solução em relação a uma dívida de 45 milhões de dólares. Caso não chegue a um consenso junto a seus credores, a petrolífera fundada por Eike Batista tem dois destinos possíveis: a falência ou a recuperação judicial. Na prática, pouca gente sabe como funciona o segundo mecanismo.
"A partir de então, a OGX terá 60 dias para apresentar um plano de reestruturação", explica Satiro. Ao fim desse prazo, credores têm um mês para apreciação e aprovação da proposta integralmente. "É raro que um plano seja aprovado sem objeção de nenhum credor", afirma Satiro. Nesse caso, uma assembleia de credores é formada para avaliação do plano.
Assembleia
Formada a assembleia, o plano precisa ser aprovado pela maioria dos
credores tanto em termos numéricos quanto de participação na dívida para
ser implementado. "Acionistas ficam de fora, mas detentores de títulos
de dívida participam", lembra Satiro.
Se o plano não passa, é decretada a falência e a empresa tem os bens
vendidos para o pagamento dos credores. "No caso da OGX, o mais provável
é que os credores aprovem um plano - já que não receberiam grandes
quantias em caso de falência", afirma o professor. "Poços de petróleo
são uma grande loteria", complementa ele.
Segundo Satiro, planos de sucesso demoram até 8 anos para serem
finalizados. Para o especialista, a recuperação judicial é hoje a melhor
saída jurídica para OGX - que tem dívidas de cerca de 4 bilhões de dólares e luta para se manter em funcionamento.
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