Segundo pesquisa da CNI, entre as empresas industriais brasileiras que atuam no segmento extração transformação, deficiência é maior para os cargos de operação
Mina da Mineração Maracá em Alto Horizonte/GO: indústria de extração e transformação no Brasil sofre com falta de profissionais qualificados, segundo pesquisa da CNI
São Paulo - Sessenta e cinco por cento das empresas industriais brasileiras que atuam nos segmentos de extração e transformação sofrem com a falta de pessoal qualificado. É o que aponta uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Para o estudo, foram ouvidos profissionais de 1.761 empresas de
pequeno, médio e grande porte, em abril deste ano. De acordo com o
levantamento, a dificuldade em encontrar pessoas com qualificação
acontece em todas as áreas, desde a operação aos níveis gerenciais. O
caso mais crítico é do cargo de operador para a produção: 90% das
empresas disseram ter problemas para encontrar profissionais para a
vaga. Veja a tabela:
Cargo | Parcela de empresas |
---|---|
Operadores para a produção | 90% |
Técnicos para a produção | 80% |
Administrativa | 68% |
Vendas/marketing | 67% |
Engenheiros para a produção | 61% |
Gerencial | 60% |
Pesquisa e desenvolvimento | 59% |
Em que interfere
Segundo a pesquisa, a falta de profissionais qualificados afeta
principalmente a busca das empresas por eficiência e a redução de
desperdícios: 74% dos entrevistados apontaram este problema. Em seguida,
aparecem a garantia da melhora da qualidade dos produtos (61%) e a
expansão da produção (39%).
Para contornar a deficiência, 81% das companhias optam pela capacitação
interna de funcionários. Outras 43% apostam na política de retenção,
feita por meio de salários e benefícios.
Já a capacitação externa, é alternativa encontrada por 38% dos
respondentes. Outros 24% apostam em automação para tentar amenizar o
problema.
Os desafios da qualificação interna
Para 49% dos empresários pesquisados, a baixa qualidade da educação
básica é o principal obstáculo para investir em qualificação. Quarenta e
três por cento deles acreditam que os trabalhadores estão pouco
interessados no processo e outros 42% têm medo de perder os
profissionais para o mercado caso invistam em maneiras de
qualificá-los.
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