terça-feira, 5 de novembro de 2013

Avaya quer virar Skype corporativo, diz presidente no Brasil


Objetivo é de pelo menos dobrar a base de clientes nos próximos 12 meses

Fernando Paiva, do
Getty Images
Videoconferência

Videoconferência: Brasil é um dos mercados onde a empresa mais tem crescido em vendas da solução de videoconferência

São Paulo - Desde que adquiriu há cerca de um ano a Radvision, empresa especializada em soluções de videoconferência, a Avaya vem crescendo nesse setor. Com cerca de 100 clientes desse serviço no Brasil, seu objetivo é de pelo menos dobrar a base nos próximos 12 meses. E dentro de dois anos, a expectativa é que videoconferência responda por 5% do faturamento da companhia no País. "Se virarmos o Skype corporativo, estarei feliz", diz Nelson Campelo, presidente da Avaya no Brasil.

Segundo Campelo, o Brasil é um dos mercados onde a empresa mais tem crescido em vendas da solução de videoconferência. Órgãos governamentais estão entre seus principais clientes, com destaque para a presidência da República, o STF, o Ministério do Exército e a Marinha. Entre as razões para o sucesso do serviço, o presidente da Avaya cita a economia com viagens e o ganho de eficiência nas reuniões, que ficam mais curtas e diretas.

O executivo destaca a importância dos dispositivos móveis no uso do serviço: "A videoconferência saiu de ambientes hermeticamente fechados para entrar nos dispositivos móveis". A solução da Avaya usa padrões abertos compatíveis com equipamentos legados e funciona em diversos sistemas operacionais móveis, como Android, iOS e Windows Phone.

As vendas no País estão sendo feitas através de sete canais diferentes, incluindo uma operadora, a Algar. Outros revendedores serão incluídos nos próximos meses.

Otimismo das empresas do país cai para mínima recorde

Na América Latina, o índice recuou para 38%, de 28%, caindo para o patamar mais baixo desde 2009

Álvaro Campos, do

Dreamstime.com
Mulher preocupada

Mulher preocupada: a pesquisa ouviu 3,3 mil empresários em 45 países

São Paulo - O índice de otimismo das empresas do Brasil caiu para 31% no terceiro trimestre deste ano, de 43% no segundo trimestre, atingindo mínima recorde, segundo pesquisa da consultoria Grant Thornton divulgada nesta terça-feira, 05.

Na América Latina, o índice recuou para 38%, de 28%, caindo para o patamar mais baixo desde 2009.
Entre os países emergentes, a Rússia teve retração de 28% no segundo semestre para 19% no terceiro semestre. Na Turquia, o indicador registrou queda para 6%; na África do Sul, o otimismo atingiu a mínima histórica de 18%; e na Índia, houve recuo para 57%, o menor nível desde 2003.

Entre os países desenvolvidos a realidade é outra. Nos Estados Unidos, por exemplo, o índice de otimismo caiu para 52%, de 55%, mas continuou em nível elevado. Na União Europeia, o indicador avançou para 22%, de 20%, atingindo o maior nível desde o segundo trimestre de 2011.

A alta foi liderada pelo Reino Unido, onde o otimismo avançou para a máxima recorde de 76%. Na Alemanha, houve alta para 51%, de 45%.

Com isso, o índice de otimismo global teve alta para 32%, de 27%. 

"Embora os resultados sejam certamente encorajadores, as recentes negociações sobre o orçamento e o teto da dívida nos EUA ameaçam prejudicar o progresso econômico global", diz Stephen Chipman, executivo-chefe da Grant Thornton. 

A pesquisa ouviu 3,3 mil empresários em 45 países.

Mercado diz o que esperar do resultado e das ações da Vale


Preço do minério de ferro, câmbio, volume de exportações e dados sobre a economia chinesa são citados como pontos positivos

Dado Galdieri/Bloomberg
Minério de ferro da Vale

Minério de ferro da Vale: além de balanço, papel tem pela frente negociação de dívida

São Paulo – Nesta quarta-feira, no final do pregão, a Vale (VALE5; VALE3) divulga seu balanço referente ao terceiro trimestre. O mercado espera resultados positivos. Alguns fatores que embasam essa expectativa são o preço do minério de ferro, a cotação do dólar e os indicadores do ritmo da economia chinesa. “Observamos um rally de alta dos papéis nos últimos pregões e a expectativa é que, no dia da divulgação e no dia seguinte, as ações continuem o movimento positivo”, afirmou Victor Penna, analista do BB Investimentos.

A expectativa dos analistas Alexander Hacking e Thiago Ojea, da Citi, em outubro, era de um resultado forte – o melhor desde 2011. A expectativa da Ativa Corretora é que o lucro líquido reportado chegue a 6,9 bilhões de reais, quase o dobro do que foi registrado no mesmo período de 2012.

O analista do BB investimentos lista alguns fatores que ajudaram os números da companhia. No segundo trimestre, o preço de referência do minério de ferro era de 120 dólares/tonelada, ante 130 dólares no terceiro trimestre. Além disso, a cotação do dólar passou de uma média de 2,12 real/dólar no segundo trimestre para 2,29 no terceiro. A quantidade de minério exportado pela companhia também subiu. E a China, principal importador global de minério de ferro, tem reportado indicadores marginalmente melhores – o presidente da Vale, Murilo Ferreira, chegou a afirmar, em evento, na semana passada, que o ambiente econômico da China está favorável para os negócios da Vale.

Tendo em vista a expectativa de um resultado “muito positivo”, a SLW aguarda uma semana de recuperação para os preços das ações da Vale. Novamente, o papel lidera as indicações entre as carteiras recomendadas para o mês.

“Grande parte (da expectativa positiva com o resultado) está precificada”, disse Penna. Para William Alves, analista da XP Investimentos, a gestão Murilo ferreira vem conseguindo surpreender positivamente o mercado, portanto, há certa expectativa de que a Vale possa surpreender com corte de custos, otimização da estrutura, entre outros.

Após a divulgação do balanço, Alves acredita que o mercado irá prestar mais atenção na questão da tributação e a possível adesão ou não da empresa ao Refis. A tributação de lucros de subsidiárias da multinacional Vale no exterior seria julgada em outubro, mas o Superior Tribunal da Justiça (STJ) adiou o julgamento. Já quanto ao Refis, a Vale ainda não decidiu se vai aderir a ele para negociar sua dívida . O governo diz que a Vale deve cerca de 30 bilhões de reais em tributos sobre lucro de subsidiárias no exterior. O valor é contestado pela mineradora. 

A negociação da dívida da empresa e o marco regulatório do setor são os principais assuntos que fazem o papel ficar travado, segundo Roberto Indech, responsável pela área de estratégia do Rico.

Nesta terça-feira, o papel abriu o pregão valendo 34,34 reais (VALE5) e 38,05 reais (VALE3).

O preço alvo do BB Investimentos para o papel no final de 2014 é de 40,40 reais (VALE5) e 46,20 (VALE3).

O Espírito Santo Investment Bank vê o preço alvo da VALE5 em 42,00 reais – uma valorização potencial de 28%. 

PSDB de Minas pede suspensão de direitos políticos de Dilma por propagandas no Estado

 
PAULO PEIXOTO
DE BELO HORIZONTE


O PSDB mineiro protocolou nesta terça-feira (5) representação no Ministério Público Federal contra a presidente Dilma Rousseff e a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, por causa das publicidades regionais do governo federal em Minas Gerais. 

Além da suspensão das propagandas, o documento pede a "perda da função pública das representadas" e "a suspensão dos direitos políticos por até oito anos".

Regido pelo senador Aécio Neves, o PSDB de Minas, que há 11 anos comanda o Estado, considera haver "abuso inédito da máquina de comunicação do governo federal", segundo o deputado federal Marcus Pestana, presidente regional da sigla. Ele disse ainda que a campanha publicitária tem "conteúdo mentiroso". 

A representação do PSDB-MG é parte da reação organizada por Aécio diante das investidas da presidente Dilma Rousseff no eleitorado mineiro. Os dois serão possíveis rivais na disputa pelo Planalto em 2014. 

No documento protocolado no Ministério Público, o PSDB afirma que a propaganda do governo Dilma diz ser "investimentos" o que "na verdade" são financiamentos contratados em bancos federais pelo governo do Estado e pela Prefeitura de Belo Horizonte. 

"A distorção do fato e o falseamento de sua comunicação, com a finalidade de extrair dividendos políticos para o partido ou para a 'presidente-candidata', com o uso de recursos públicos, precisam e devem ser coibidos pela Justiça. É o que se busca com a presente representação", diz o documento, de 15 páginas. 

O PSDB lista todas supostas irregularidades nas propagandas e contesta vários dados apresentados nas publicidades. Em propaganda do governo em jornais mineiros, por exemplo, o governo afirma que 336 unidades básicas de saúde estão em construção em Minas, mas o PSDB diz que os recursos repassados neste ano "são para pouco mais da metade (188)". 

Em nota, a ministra Helena Chagas informou que o governo apenas "presta satisfação" sobre "realizações"."Ainda que isso incomode a alguns", diz o texto. 

"O governo federal tem obrigação de prestar contas e dar transparência aos atos, ações e obras executados com recursos públicos, que pertencem a todo o povo brasileiro. Esse é o objetivo das campanhas institucionais e de utilidade pública veiculadas pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República pelo país", afirmou a ministra. 

"A Secom não faz nada além de cumprir sua missão legal ao prestar satisfação ao cidadão brasileiro sobre as muitas realizações do governo federal, ainda que isso incomode a alguns", completa a nota.

Brasil fica com 71,5% dos ingressos da Copa


Segundo a Fifa, solicitantes dos 6,2 milhões de ingressos pedidos serão informados até o dia 10 se foram atendidos ou não, por email ou por mensagem de texto

Flávia Vilela, da
Ralph Orlowski/Getty Images
Torcida brasileira comemora gol em estadio de Dortmund, na Alemanha, em 2006

Brasileiros: Fifa informou que, como a demanda por esse público foi menor que o estoque disponível, ao final, 216.618 ingressos foram destinados às pessoas com direito a desconto no Brasil

Rio de Janeiro – Residentes brasileiros compraram 71,5% dos 889,3 mil ingressos destinados a pessoas de 188 países no sorteio da primeira fase de venda de ingressos para a Copa do Mundo de 2014, informou hoje (5) a Federação Internacional de Futebol (Fifa) em seu site.

Ainda segundo a Fifa, os solicitantes dos 6,2 milhões de ingressos pedidos serão informados até o dia 10 se foram atendidos ou não, por correio eletrônico ou por mensagem de texto.

Dos 625.276 ingressos que o país recebeu, foram oferecidos aos torcedores residentes no Brasil um total de 342.740 da categoria 4, com prioridade para estudantes, pessoas com 60 anos de idade ou mais e beneficiários do Programa Bolsa Família, como manda a Lei Geral da Copa (Lei 12.663).

No entanto, a Fifa informou que, como a demanda por esse público foi menor que o estoque disponível, ao final, 216.618 ingressos foram destinados às pessoas com direito a desconto no Brasil.

O maior número de entradas vendidas fora do Brasil foi sorteado para residentes dos Estados Unidos (66.646), seguido da Inglaterra (22.257), Alemanha (18.019), Austrália (15.401), do Canadá (13.507), da França (11.628), Colômbia (11.326), Suíça (8.082), do Japão (5.021) e da Argentina (4.493).

O próximo período de vendas começará exclusivamente no site oficial da Fifa, de 11 de novembro, às 9h de Brasília, até 28 de novembro, às 9h de Brasília, quando serão distribuídos, por ordem de pedido, mais 228.959 ingressos.

Não haverá ingressos para o jogo de abertura em São Paulo, para a final no Maracanã, para os jogos da fase de grupos de Brasília, para as oitavas de final em Belo Horizonte, nem para as duas semifinais em Belo Horizonte e São Paulo, porque foram jogos cujas solicitações superaram a disponibilidade.

A Fifa adiantou que a segunda fase de vendas terá início no dia 8 de dezembro de 2013, tão logo seja definido o calendário final de jogos para a fase de grupos.

Renda no Brasil é menor do que a de países da OCDE

Maria Iraneide Moreno, e Tamires. Foto: Júlia Carneiro – BBC Brasil

Por Álvaro Campos

O Brasil avançou nos últimos anos na tarefa de melhorar a qualidade de vida da população, como deixa claro o grau de satisfação dos brasileiros, apesar da renda muito baixa. A conclusão é do relatório "Como está a vida?", da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que analisa 36 países em 11 categorias, como educação, moradia, emprego e relações sociais.
 
Na categoria "satisfação com a vida", o Brasil obteve nota 6,7, ficando em 20º lugar e acima da média geral, de 6,6. Os homens brasileiros deram uma nota 6,6 para suas vidas, enquanto a avaliação das mulheres ficou em 6,7. Na divisão por nível educacional, aqueles que concluíram o ensino básico deram nota 6,3, enquanto as pessoas com formação superior atribuíram 7,1.

No estudo da OCDE, 82% dos brasileiros dizem ter mais experiências positivas do que negativas no dia a dia. "A luta contra a extrema pobreza tem sido uma prioridade do governo brasileiro há muito tempo. O programa de transferência de renda Bolsa Família tem se mostrado muito bem-sucedido nessa luta, usando o benefício para encorajar os mais pobres a buscar seus direitos de educação e saúde gratuitas", diz o relatório da organização. A OCDE afirma que o Bolsa Família conseguiu aliviar a pobreza com um custo fiscal relativamente baixo e, por isso, recomenda "a extensão em escala e abrangência" do programa.


Renda


Mesmo com esse programa, na categoria renda o Brasil aparece em último lugar entre os 36 países analisados pela OCDE. A renda líquida ajustada disponível por família é de apenas US$ 10.225,00 por ano (aproximadamente R$ 23.300), bem abaixo da média de US$ 23.050 da OCDE.

No item segurança, o Brasil ficou em penúltimo lugar, com nota 2,8. Segundo o estudo, 7,9% dos brasileiros foram vítimas de violência, inclusive armada, nos últimos 12 meses, o que faz com que apenas 40% das pessoas se sintam seguras em andar sozinhas à noite pela rua. A taxa de homicídios é de 21 para cada 100 mil habitantes, quase dez vezes a média da OCDE. "A violência é concentrada entre os jovens e nos últimos 15 anos se tornou um problema social no País", diz a OCDE.

A situação da educação no Brasil também prejudica o bem-estar da população. Novamente, o País ficou em penúltimo lugar no ranking nesse critério, com nota 1,5. Apenas 41% dos adultos brasileiros têm o ensino médio completo, contra uma média de 74% na OCDE. "Entre os jovens, 53% concluíram o ensino médio, abaixo da média geral, de 82%, mas a situação mostra progressos." No Programa para Avaliação Internacional dos Estudantes (Pisa, na sigla em inglês), usado pela OCDE, a nota dos alunos brasileiros foi a pior entre os membros da organização.


Saúde


O mesmo ocorre no critério saúde, no qual novamente o Brasil registrou o penúltimo lugar, com nota 4,7. A expectativa de vida no País é de 74 anos, seis anos abaixo da média dos países da organização. Os gastos do governo nessa área ficam em torno de 9% do PIB, quando o padrão nos outros países é de 9,5%. Um fator positivo é o porcentual de adultos fumantes, de 15,1%, quando a média fica em 21,1%. A obesidade, considerando dados sobre altura e peso informados pelo próprio entrevistado, atinge 15% da população, ante média de 17,8%.

Entre os pontos em que o Brasil foi bem, além da satisfação com a vida o destaque foi o "engajamento cívico", no qual o país ficou na 24ª posição. Segundo o estudo, o comparecimento às urnas no País é de 79%, acima da média de 72%. Entretanto, apenas 44% dos cidadãos dizem acreditar nas instituições políticas, contra 56% nos outros países do grupo.

Em relação ao item moradia o Brasil teve nota 3,9, ficando na 30ª colocação. Na categoria emprego, a nota foi 4,7 (29ª posição). A nota no critério comunidade foi 6,2 (27ª posição). Meio ambiente também foi bem avaliado, com nota 6,5 (25ª posição). Por fim, o "equilíbrio entre trabalho e lazer" ficou com nota 7,3 (23ª posição).


Ranking


A OCDE não divulgou um ranking geral sobre o bem-estar avaliado na pesquisa "Como está a vida?", mas listou os países que estão entre os 20% melhores: Austrália, Canadá, Dinamarca, Noruega, Suécia, Suíça e Estados Unidos (sem uma ordem definida). Entre os 20% piores aparecem Chile, Estônia, Grécia, Hungria, México, Portugal e Turquia. O Brasil, por não ser oficialmente um membro da OCDE, não aparece na lista, mas suas notas o colocariam entre os últimos do ranking.
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ANP marca para dia 19 o pagamento do bônus de Libra

Por Irany Tereza

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) fixou para o dia 19 o pagamento do bônus de assinatura de R$ 15 bilhões da área de Libra, arrematada em leilão em 21 de outubro pelo consórcio formado por Petrobras (40%), Total (20%), Shell (20%), CNPC (10%) e CNOOC (10%).
 
O consórcio vencedor tem até o dia 26 para entregar a documentação para qualificação de empresas afiliadas. A documentação exigida no edital de licitação para assinatura do contrato e a entrega das garantias do programa exploratório mínimo estão previstos para 5 de dezembro.

A assinatura do contrato de partilha será feita entre os dias 10 e 17 de dezembro.
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