segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Dona do Frango Assado vai atuar nos EUA


IMC anunciou entrada no segmento de mercados cativos nos EUA, ao assinar contrato com a Margaritaville Enterprises para aliança estratégica

Eulina Oliveira, do
Ethan Miller/Getty Images for Flamingo Las Vegas
Vista externa de um restaurante Margaritaville em Las Vegas, em Nevada
Vista externa de um restaurante Margaritaville em Las Vegas, em Nevada

São Paulo - A International Meal Company Holdings, dona das marcas Viena e Frango Assado, anunciou nesta segunda-feira, 09, a entrada no segmento de mercados cativos nos Estados Unidos, ao assinar contrato com a Margaritaville Enterprises, LLC para criar uma aliança estratégica.

A transação inclui a aquisição, pela IMC, de oito restaurantes da marca Margaritaville nos Estados Unidos e uma participação de 50% sobre os direitos econômicos em dois outros restaurantes da mesma marca localizados na Universal Studios e Las Vegas Strip, nas cidades de Orlando e Las Vegas, respectivamente.

A IMC explica, no fato relevante, que atualmente é franqueada da marca Margaritaville nos aeroportos de Porto Rico e Panamá e em 2014 será em São Paulo. "Margaritaville se provou uma das marcas mais importantes em destinos líderes de público como Universal Studios em Orlando, com muitos consumidores internacionais e em particular um grande porcentual de brasileiros visitando esse parque temático", diz a empresa, no comunicado.

Além disso, a IMC assinou um acordo para comprar dois novos restaurantes recém-inaugurados e cinco outros em construção. "Como parte da aliança estratégica, teremos direitos de exclusividade para desenvolver e operar a marca Margaritaville nos aeroportos dos Estados Unidos e América Latina. Em todos esses locais, esperamos nos beneficiar de todo o trabalho de marca desenvolvido pela Margaritaville Enterprises", afirma a IMC.

"O segmento de aeroportos será a nossa prioridade para desenvolver essa grande marca e nós já temos algumas oportunidades muito interessantes", diz Javier Gavilan, CEO da IMC, na nota.

Ainda conforme o fato relevante, a IMC pagará um múltiplo de 7,5 vezes o Ebitda do ano fiscal auditado de 2012 pelas oito primeiras lojas e pelos direitos econômicos da loja de Orlando. Em relação aos direitos econômicos da loja de Las Vegas, o acordado foi um múltiplo de 2,5 vezes Ebitda e outros 5 vezes serão pagos se a participação de 50% sobre os direitos econômicos for convertida em participação societária de 50%, e o atual contrato de locação for renovado até pelo menos 2024 (o contrato atual expira em 2018). Pelas sete lojas adicionais, a companhia pagará um múltiplo de 7,5 vezes Ebitda dos primeiros 12 meses de operação.

"De agora até o fechamento, a companhia estará conduzindo uma auditoria legal confirmatória. Qualquer alteração relevante dará à companhia a opção de ajustar o preço de compra ou não levar o acordo adiante", acrescenta a IMC.

Fornecedora quer afastar Deloitte da recuperação da OSX


Acciona entrou com recurso contra nomeação da Deloitte como administradora na recuperação judicial do grupo

Mariana Durão, do
Sergio Moraes/Reuters
Um funcionário anda em frente à FPSO OSX-1, a primeira unidade de produção, armazenagem e escoamento na frota da OSX, ancorada no porto do Rio de Janeiro
Um funcionário anda em frente à FPSO OSX-1, a primeira unidade de produção, armazenagem e escoamento na frota da OSX, ancorada no porto do Rio de Janeiro

Rio - A Acciona entrou com um recurso contra a nomeação da Deloitte como administradora na recuperação judicial do grupo OSX. A fornecedora espanhola é uma das maiores credoras da empresa de construção naval do empresário Eike Batista, com R$ 300 milhões a receber.

A justificativa para o pedido, encaminhado na sexta-feira, 06, é que há um potencial conflito de interesse pelo fato de a Deloitte ter sido também designada como administradora judicial da petroleira OGX, do mesmo grupo e também em recuperação judicial.

A defesa da Acciona alega que a OSX é credora da OGX e que as duas empresas divergem quanto ao valor devido. Além disso, as empresas têm situações financeiras distintas e a OSX teria mais chances de se recuperar da crise atual.

Baseada nos mesmos argumentos a Justiça deferiu na semana passada liminar suspendendo a tramitação por dependência da recuperação judicial de OSX e OGX. A decisão vale até que a 14ª Câmera Cível do Rio julgue o mérito de recurso em que a espanhola pede para separar os processos.

Caso o recurso seja deferido, a recuperação da OSX pode ser encaminhada para uma outra vara empresarial por sorteio. Atualmente os dois processos de recuperação correm na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio.

Anatel acatará decisão do Cade sobre Telefônica, diz Rezende


Presidente da Anatel disse que o órgão irá acatar decisões do Cade e avaliar se será necessária alguma medida complementar

Eduardo Rodrigues, do
Wilson Dias/ABr
João Batista de Rezende, presidente da Anatel

João Batista de Rezende, presidente da Anatel: "decisão do Cade é natural do ponto de vista concorrencial. Essa é a competência do Cade", reforçou

Brasília - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, disse nesta segunda-feira, 09, que o órgão irá acatar as decisões tomadas na semana passada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e avaliar se será necessária alguma medida complementar para que as ordens do tribunal antitruste possam ser cumpridas.

Na última quarta-feira, 04, o Cade impôs restrições ao aumento do capital da Telefônica na Telco, que detém 22,4% do capital da Telecom Itália. Na ocasião, o órgão de defesa da concorrência determinou que a operação anunciada na Europa em setembro deste ano só pode prosseguir se a Telefônica vender 50% da Vivo - e desistir do aumento de 3% no capital da Telco - ou se a Telecom Itália vender a TIM Brasil para uma empresa estrangeira que ainda não atue no País.

"A decisão do Cade é soberana", comentou Rezende, que tomou posse nesta segunda-feira para um novo mandato no comando da Anatel. "A decisão do Cade é natural do ponto de vista concorrencial. Essa é a competência do Cade", reforçou. Segundo ele, a Superintendência de Competição da Anatel deve analisar a decisão do órgão antitruste.

5 estratégias de negócios da CVC após o IPO


Companhia estreou nesta segunda-feira na bolsa de valores e deve captar mais de R$ 600 milhões. Veja o que ela pretende fazer a partir de agora


Divulgação
Navio cruzeiro Imperatriz dos Mares, da CVC

CVC: companhia tem planos após o IPO

São Paulo - Depois de adiar, em 2012, os planos de abrir capital. Nesta segunda-feira, oficialmente, a CVC começou a negociar suas ações na bolsa de valores de São Paulo e deve captar mais de 600 milhões de reais com a operação.

Na semana passada, a companhia do setor de pacotes de viagens publicou o prospecto definitivo da oferta pública de ações, na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Entre os temas apresentados no documento, a CVC destacou sua estratégia de crescimento após o IPO, baseada em cinco pilares. Veja, a seguir, quais são eles: 


Novos produtos e, consequentemente,  mais clientes


Segundo o documento, a CVC quer oferecer cada vez mais produtos que atendam às necessidades das famílias brasileiras, especialmente as da classe média. "Pretendemos fortalecer nossa liderança de mercado através das seguintes iniciativas: novos destinos e parcerias, preços competitivos e programas de fidelidade para clientes".


Expansão por meio de franquias


Expandir a plataforma de vendas por diferentes canais é outra estratégia apresentada pela CVC em seu prospecto. De acordo com a companhia, a ideia é se destacar entre os concorrentes e assim conseguir manter seus clientes e conquistar novos. 


Para isso, a empresa espera expandir sua presença geográfica por meio de franquias e abrir pelo menos 255 lojas até 2015. A CVC vai também investir na rede de distribuição on-line e não descarta criar uma segunda marca de viagens para vendas pela internet.


Novas fontes de receita


Outra meta da CVC é a criação de novas fontes de receita. A companhia já está trabalhando com o Bradesco para lançar um cartão de crédito da marca, que vai permitir que os clientes acumulem pontos. Além disso, a CVC já está trabalhando em parceria com uma corretora de câmbio no Brasil, para facilitar os serviços de câmbio de moedas de seus clientes.


Valorização do franqueado


Segundo o prospecto, a CVC quer continuar a proporcionar aos franqueados uma proposta de valor cada vez mais atrativa. "Temos o compromisso de investir na nossa marca e aumentar nosso portfólio a fim de dar suporte aos nossos franqueados", disse a companhia.


Foco no desempenho


Desde 2009, quando o Carlyle se tornou acionista da CVC, a companhia adotou uma cultura baseada na otimização financeira e operacional. De acordo com o documento, a companhia pretende continuar a conduzir suas atividades com base em tais pilares, aplicando indicadores claros relacionados à geração de valor do  negócio.

Brasil vai fechar 2013 com 495 shopping centers


Total de shopping centers no país deve chegar a 495 até o final do ano e mais 41 estão previstos para 2014

Getty Images
Shopping center
Shopping center: setor vive boom no Brasil

São Paulo - Apesar da economia hesitante, o setor de shopping centers continua a todo vapor no Brasil.

De acordo com a Associação Brasileira de Shoppings Centers (Abrasce), 32 novos empreendimentos do tipo abriram as portas só em 2013, e mais 5 devem ser inaugurados até o fim do ano.

Isso levará o total de shoppings centers no país para 495, um aumento de 8,3% em relação aos 458 em operação no final de 2012.


Histórico


No final de 2007, o Brasil contava com apenas 363 shoppings centers em todo seu território. Com a inauguração de 127 novos empreendimentos, este número cresceu 36,3% no espaço de seis anos, .

No mesmo período, explodiu também o número total de lojas (de 62 mil para 87 mil) e de empregos gerados (de 629 mil para 971 mil).

O faturamento do setor, que foi de 50 bilhões de reais por ano em 2006, acompanhou a alta do consumo no país atingiu R$ 119,5 bilhões em 2012, um crescimento de 139%.

A previsão para 2014 é de mais 41 empreendimentos inaugurados - o que elevaria o total de shopping centers brasileiros para 536.

Governo autoriza concessão de cinco portos privados no país


Os terminais são os primeiros concedidos após a entrada em vigor do novo marco regulatório do setor portuário, de junho de 2013

Manu Dias/AGECOM
Porto de Salvador
Porto de Salvador: estimativa do governo federal é que exista um potencial de investimento do setor privado da ordem de R$ 11,4 bilhões

Brasília - A Secretaria de Portos (SEP) do governo federal anunciou hoje (9) a autorização da concessão de cinco novos terminais de Uso Privado (TUPs), localizados em Niterói (RJ), Porto Belo (SC), Guarujá (SP), São João da Barra (RJ) e Santos (SP).

Os terminais são os primeiros concedidos após a entrada em vigor do novo marco regulatório do setor portuário, de junho de 2013, e vão movimentar carga geral, passageiros e granéis sólidos.

A SEP informou que também estão em análise final, na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), autorizações para terminais privados no Espírito Santo (Aracruz), Pará (Barbacena, Itaituba e Juriti), Amazonas (três terminais em Manaus), Bahia (dois em Ilhéus) e Rondônia (Porto Velho). 

A estimativa é que os 15 empreendimentos gerem investimentos aproximados de R$ 6,4 bilhões.
Segundo a SEP, de agora em diante, o fluxo de concessão de terminais será contínuo, a partir da manifestação do interesse privado e da disponibilidade de área. 

A nova legislação estabeleceu que os interessados em obter a autorização para instalação portuária fora da área do porto organizado podem apresentar requerimento à Antaq a qualquer momento.

A estimativa do governo federal, considerando os atuais 59 empreendimentos em processo de autorização, é que exista um potencial de investimento do setor privado da ordem de R$ 11,4 bilhões.

IMIGRANTES INTEGRARÃO OS CONSELHOS PARTICIPATIVOS DE SP

 

 

Prefeitura faz eleição paralela para driblar regras do TSE que impedia a participação de estrangeiros.

Foi publicado no dia 30 de novembro, no Diário Oficial da Cidade de São Paulo, decreto do prefeito Fernando Haddad (PT) que possibilita que imigrantes residentes na capital paulista possam integrar os Conselhos Participativos Municipais das subprefeituras. Os representantes estrangeiros poderão votar e ser votados para cadeiras de conselheiros extraordinários das administrações regionais em que mais de 0,5% da população tenha outra nacionalidade. Vinte das 32 regiões administrativas da cidade devem eleger representantes.

A medida dribla as exigência do Tribunal Regional Eleitoral – que irá ceder 10 mil urnas eletrônicas para a realização da eleição do domingo –, de que todos os participantes do pleito estivessem inscritos como eleitores. Como o Brasil é o único país da América do Sul que não dá direitos políticos aos imigrantes, eles não podem ser inscritos em zonas e ter título de eleitor, o que impedia que os cerca de 400 mil estrangeiros residentes na capital cumprissem a regra.

O processo eleitoral que escolherá os imigrantes, no entanto, será realizado pela secretaria Municipal de Relações Governamentais. Vinte e dois conselheiros devem ser eleitos. As regiões com população entre 0,5% e 1% de estrangeiros poderão eleger um representante; as que tiverem mais do que isso, dois. Segundo o secretário municipal de Direitos Humanos, Rogério Sottili, apenas a Subprefeitura da Sé se enquadra nisso e deve eleger um par de conselheiros extraordinários.

A participação no Conselho era uma reivindicação dos imigrantes da cidade, que lutam por políticas públicas específicas e conquista de direitos políticos, dois dos principais temas que estão sendo discutidos na 1ª Conferência Municipal de Migrantes, que ocorre neste fim de semana, onde foi divulgado em primeira mão que o decreto havia sido assinado pelo prefeito no final da tarde de ontem.

Cada conselho participativo terá entre 19 e 53 pessoas, incluindo os representantes dos imigrantes. Todos os conselheiros terão mandatos de dois anos, não serão remunerados e terão a prerrogativa de fiscalizar a execução orçamentária e o cumprimento das metas para cada subprefeitura.

Desde o início de sua gestão, Haddad tem demonstrado interesse pela questão, ao criar uma coordenadoria específica para o assunto e incluir, em seu plano de metas, a elaboração de uma política municipal para imigrantes. Além disso, São Paulo deve engrossar uma campanha de mudanças na lei eleitoral para que os estrangeiros residentes no país possam participar de eleições.

Para a boliviana Mônica Rodriguez, uma provável candidata, a medida representa um grande avanço. “É só o primeiro passo para que o imigrante deixe de ser invisível”, acredita.

Para participar das eleições, os candidatos a conselheiros extraordinários terão que cumprir as mesmas regras que os brasileiros: ter mais de 18 anos, apresentar um comprovante de residência que ateste que reside na região da sub que quer representar, apresentar 100 assinaturas endossando a candidatura e um documento de identidade, que pode ser emitido no Brasil ou em seu país de origem. Para votar, os estrangeiros também têm de apresentar documento de identidade, comprovante de residência e assinar um documento garantindo que só irão votar em uma subprefeitura.

Gisele Brito
(Rede Brasil Atual – 30/11/2013)