terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Produção industrial cresce em 11 estados em outubro


Segundo dados do IBGE, destaques foram os estados do Ceará (3,8%), Pernambuco (2,9%), Pará (2,6%) e São Paulo (2,5%)

Vitor Abdala, da
Paulo Whitaker/Reuters
Funcionários trabalham na linha de montagem da Kombi na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo

Funcionários trabalham na linha de montagem da Kombi na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo

Rio de Janeiro – A produção industrial cresceu em 11 dos 14 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na passagem de setembro para outubro.

Os destaques foram os estados do Ceará (3,8%), Pernambuco (2,9%), Pará (2,6%) e São Paulo (2,5%), segundo dados divulgados hoje (10).

Outros estados que tiveram alta em outubro na comparação com o mês anterior foram Paraná (2,1%), Espírito Santo (1,9%), Minas Gerais (1,8%), Rio Grande do Sul (1,4%), Amazonas (0,9%), Santa Catarina (0,9%) e Goiás (0,6%). Na média nacional, a indústria brasileira cresceu 0,6%.

Por outro lado, três locais tiveram queda na produção: Bahia (-6,2%), Região Nordeste (-5,4%) e Rio de Janeiro (-1,5%).

Na comparação com outubro do ano passado, houve aumento da produção em sete locais, com destaque para Rio Grande do Sul (14,5%), Paraná (13%) e Ceará (11,8%). Entre as sete quedas, as principais taxas ficaram com Espírito Santo (-8,5%), Bahia (-2,8%) e Rio de Janeiro (-2,6%).

No acumulado do ano, dez locais apresentam altas, com destaque para Rio Grande do Sul (6,4%), Paraná (5%) e Bahia (4,9%). No acumulado de 12 meses, também houve crescimento em dez locais, entre eles Bahia (6,4%), Rio Grande do Sul (3,6%), Goiás (3,3%) e Ceará (3%).

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Ex-Anfavea presidirá divisão de defesa da Embraer


Jackson Schneider deverá substituir Luiz Aguiar no comando da Embraer Defesa e Segurança em março de 2014

Marina Gazzoni, do
Divulgação
Avião Super Tucano, da Embraer

Avião Super Tucano, da Embraer: Schneider ingressou na Embraer em meados de 2011, depois de uma carreira de quase 20 anos na Mercedes-Benz

São Paulo - O presidente da Embraer Defesa e Segurança (EDS), Luiz Aguiar, deixará o comando da companhia em março de 2014, informou a Embraer, em comunicado. O executivo será substituído pelo atual vice-presidente de Pessoas, Relações Institucionais e Sustentabilidade da Embraer, Jackson Schneider.

Aguiar entrou na Embraer como presidente do Conselho de Administração em abril de 2004, indicado pela Previ. Ele se tornou executivo da empresa em 2006, passando pelos cargos de vice-presidente de Defesa e Governo e vice-presidente financeiro de relações com investidores. Aguiar participou do processo de criação de EDS, em 2011, e preside a empresa desde então. A renúncia foi motivada por razões pessoais e ele já prepara a sua saída há cerca de um ano, disseram fontes próximas à empresa.

Schneider ingressou na Embraer em meados de 2011, depois de uma carreira de quase 20 anos na Mercedes-Benz e de ocupar a presidência da Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea) entre 2007 e 2010. Ele chega para o comando da empresa com experiência em negociações com governos, uma habilidade importante na área de defesa, que tem como principais clientes as forças armadas de diversos países. A companhia informou, em comunicado, que passará por um período de transição até o fim de fevereiro.

Além da troca no comando da EDS, a companhia também anunciou que o mandato do atual vice-presidente do Negócio de Aviação Executiva, Ernest Joseph Edwards, será encerrado antecipadamente em 31 de dezembro. Ele será substituído pelo vice-presidente de operações da Embraer Aviação Executiva, Marco Pellegrini.


Defesa


A divisão de defesa e segurança é a área da Embraer que mais cresce nos últimos anos. A EDS superou a marca de US$ 1 bilhão de faturamento em 2012, quando registrou um crescimento de 24%. No ano passado, a área representou 17% da receita total da Embraer, atrás ainda das divisões de aviação comercial e executiva.

A expectativa da empresa é de que a unidade continue a crescer expressivamente nos próximos anos. Em março, Aguiar disse em encontro com a imprensa que a companhia deveria crescer em média 12% ao ano até 2020.

No próximo ano, espera-se que a Força Aérea Brasileira (FAB) assine um pedido firme pelo primeiro avião militar de carga da Embraer, o KC-390. A empresa investiu US$ 2 bilhões no desenvolvimento do avião que competirá com o Hercules, da Lockheed Martin.

O cargueiro militar é uma aposta da empresa para um mercado que, segundo estimativas da Embraer, deve demandar cerca de 700 aeronaves nos próximos dez anos em transações que podem somar US$ 50 bilhões. Colaboração de Roberto Godoy. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Joias decoradas com plantas vivas são moda em Portugal


Colares, anéis e pulseiras, vivos. Esta é a última criação de uma marca que, por meio de uma inovadora técnica, recriou o habitat natural das plantas em joias

Sabrina Aïd, da
Divulgação
Joias do Pantanal
Joias do Pantanal: algumas joias precisam até ser regadas para sua conservação
 
Lisboa - Colares, anéis e pulseiras, "vivos". Esta é a última criação de uma marca portuguesa que, por meio de uma inovadora técnica, recriou o habitat natural das plantas em joias que precisam até ser regadas para sua conservação e que estão sendo vendidas no mundo todo.

Após seis meses de testes e experimentos, Ines Varela, de 34 anos, nascida em Lisboa e formada em gestão de espaços ambientais, conseguiu descobrir o "segredo" - que guarda cuidadosamente - que permite colocar plantas vivas, principalmente musgos, em joias de metal tradicionais.

"Comecei a criar essas joias para mim e, à medida que fui usando, mais vezes chegava em casa sem elas porque amigos e conhecidos queriam que eu as vendesse", explicou a criadora à Agência Efe.

Inés Varela revelou que a montagem da peça é relativamente simples, demora entre 30 minutos e uma hora, embora seja necessário elaborar antes o desenho.

Depois é preciso esperar entre uma e duas semanas para usá-la, porque a planta, que nasce da terra ou entre as rochas, "deve se adaptar ao seu novo habitat, a joia, onde continua viva".

Segundo a criadora, o trabalho de conservação deste tipo de adorno não é especialmente complicado, já que as plantas utilizadas podem sobreviver até três meses sem serem regadas.

No entanto, é importante garantir que o lugar onde a joia for guardada respeite o processo de fotossíntese, por isso, não é recomendável deixá-la em uma caixa fechada com outros objetos, pois eles "podem prejudicar sua proteção vegetal".

Também não é a melhor opção conservá-la em uma gaveta, já que apesar de plantas como o musgo crescerem na sombra, também precisam de alguma luz.

Abercrombie rejeita pedido e estende contrato de presidente


Varejista disse que vai estender contrato de Mike Jeffries em ao menos um ano a partir de fevereiro, dias após um acionista pedir sua substituição

Mario Tama/Getty Images
Loja da Abercrombie & Fitch em Nova York
Loja da Abercrombie & Fitch em Nova York: empresa está lutando para reconquistar gosto dos adolescentes

A varejista de vestuário adolescente Abercrombie & Fitch disse que vai estender o contrato de seu presidente-executivo, Mike Jeffries, em ao menos um ano a partir de fevereiro, dias após um acionista pedir a substituição do executivo.

As ações da Abercrombie, que registrou sete trimestres seguidos de queda nas vendas, caíram até 4 por cento na manhã desta segunda-feira e perderam 27 por cento do seu valor este ano até o fechamento de sexta-feira.

Mike Jeffries, presidente-executivo da empresa há 16 anos, tem sido criticado pelo péssimo desempenho da Abercrombie.

A empresa e seus concorrentes Aeropostale e American Eagle estão lutando para reconquistar o gosto dos adolescentes, que estão cada vez mais comprando roupas em redes como a Zara, que oferecem roupas da moda por um preço mais acessível.

A empresa disse nesta segunda-feira que o novo acordo com seu presidente tem uma estrutura de remuneração simplificada, ligada às metas de desempenho da empresa.

Dona do Frango Assado vai atuar nos EUA


IMC anunciou entrada no segmento de mercados cativos nos EUA, ao assinar contrato com a Margaritaville Enterprises para aliança estratégica

Eulina Oliveira, do
Ethan Miller/Getty Images for Flamingo Las Vegas
Vista externa de um restaurante Margaritaville em Las Vegas, em Nevada
Vista externa de um restaurante Margaritaville em Las Vegas, em Nevada

São Paulo - A International Meal Company Holdings, dona das marcas Viena e Frango Assado, anunciou nesta segunda-feira, 09, a entrada no segmento de mercados cativos nos Estados Unidos, ao assinar contrato com a Margaritaville Enterprises, LLC para criar uma aliança estratégica.

A transação inclui a aquisição, pela IMC, de oito restaurantes da marca Margaritaville nos Estados Unidos e uma participação de 50% sobre os direitos econômicos em dois outros restaurantes da mesma marca localizados na Universal Studios e Las Vegas Strip, nas cidades de Orlando e Las Vegas, respectivamente.

A IMC explica, no fato relevante, que atualmente é franqueada da marca Margaritaville nos aeroportos de Porto Rico e Panamá e em 2014 será em São Paulo. "Margaritaville se provou uma das marcas mais importantes em destinos líderes de público como Universal Studios em Orlando, com muitos consumidores internacionais e em particular um grande porcentual de brasileiros visitando esse parque temático", diz a empresa, no comunicado.

Além disso, a IMC assinou um acordo para comprar dois novos restaurantes recém-inaugurados e cinco outros em construção. "Como parte da aliança estratégica, teremos direitos de exclusividade para desenvolver e operar a marca Margaritaville nos aeroportos dos Estados Unidos e América Latina. Em todos esses locais, esperamos nos beneficiar de todo o trabalho de marca desenvolvido pela Margaritaville Enterprises", afirma a IMC.

"O segmento de aeroportos será a nossa prioridade para desenvolver essa grande marca e nós já temos algumas oportunidades muito interessantes", diz Javier Gavilan, CEO da IMC, na nota.

Ainda conforme o fato relevante, a IMC pagará um múltiplo de 7,5 vezes o Ebitda do ano fiscal auditado de 2012 pelas oito primeiras lojas e pelos direitos econômicos da loja de Orlando. Em relação aos direitos econômicos da loja de Las Vegas, o acordado foi um múltiplo de 2,5 vezes Ebitda e outros 5 vezes serão pagos se a participação de 50% sobre os direitos econômicos for convertida em participação societária de 50%, e o atual contrato de locação for renovado até pelo menos 2024 (o contrato atual expira em 2018). Pelas sete lojas adicionais, a companhia pagará um múltiplo de 7,5 vezes Ebitda dos primeiros 12 meses de operação.

"De agora até o fechamento, a companhia estará conduzindo uma auditoria legal confirmatória. Qualquer alteração relevante dará à companhia a opção de ajustar o preço de compra ou não levar o acordo adiante", acrescenta a IMC.

Fornecedora quer afastar Deloitte da recuperação da OSX


Acciona entrou com recurso contra nomeação da Deloitte como administradora na recuperação judicial do grupo

Mariana Durão, do
Sergio Moraes/Reuters
Um funcionário anda em frente à FPSO OSX-1, a primeira unidade de produção, armazenagem e escoamento na frota da OSX, ancorada no porto do Rio de Janeiro
Um funcionário anda em frente à FPSO OSX-1, a primeira unidade de produção, armazenagem e escoamento na frota da OSX, ancorada no porto do Rio de Janeiro

Rio - A Acciona entrou com um recurso contra a nomeação da Deloitte como administradora na recuperação judicial do grupo OSX. A fornecedora espanhola é uma das maiores credoras da empresa de construção naval do empresário Eike Batista, com R$ 300 milhões a receber.

A justificativa para o pedido, encaminhado na sexta-feira, 06, é que há um potencial conflito de interesse pelo fato de a Deloitte ter sido também designada como administradora judicial da petroleira OGX, do mesmo grupo e também em recuperação judicial.

A defesa da Acciona alega que a OSX é credora da OGX e que as duas empresas divergem quanto ao valor devido. Além disso, as empresas têm situações financeiras distintas e a OSX teria mais chances de se recuperar da crise atual.

Baseada nos mesmos argumentos a Justiça deferiu na semana passada liminar suspendendo a tramitação por dependência da recuperação judicial de OSX e OGX. A decisão vale até que a 14ª Câmera Cível do Rio julgue o mérito de recurso em que a espanhola pede para separar os processos.

Caso o recurso seja deferido, a recuperação da OSX pode ser encaminhada para uma outra vara empresarial por sorteio. Atualmente os dois processos de recuperação correm na 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio.

Anatel acatará decisão do Cade sobre Telefônica, diz Rezende


Presidente da Anatel disse que o órgão irá acatar decisões do Cade e avaliar se será necessária alguma medida complementar

Eduardo Rodrigues, do
Wilson Dias/ABr
João Batista de Rezende, presidente da Anatel

João Batista de Rezende, presidente da Anatel: "decisão do Cade é natural do ponto de vista concorrencial. Essa é a competência do Cade", reforçou

Brasília - O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, disse nesta segunda-feira, 09, que o órgão irá acatar as decisões tomadas na semana passada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e avaliar se será necessária alguma medida complementar para que as ordens do tribunal antitruste possam ser cumpridas.

Na última quarta-feira, 04, o Cade impôs restrições ao aumento do capital da Telefônica na Telco, que detém 22,4% do capital da Telecom Itália. Na ocasião, o órgão de defesa da concorrência determinou que a operação anunciada na Europa em setembro deste ano só pode prosseguir se a Telefônica vender 50% da Vivo - e desistir do aumento de 3% no capital da Telco - ou se a Telecom Itália vender a TIM Brasil para uma empresa estrangeira que ainda não atue no País.

"A decisão do Cade é soberana", comentou Rezende, que tomou posse nesta segunda-feira para um novo mandato no comando da Anatel. "A decisão do Cade é natural do ponto de vista concorrencial. Essa é a competência do Cade", reforçou. Segundo ele, a Superintendência de Competição da Anatel deve analisar a decisão do órgão antitruste.