Jackson Schneider deverá substituir Luiz Aguiar no comando da Embraer Defesa e Segurança em março de 2014
Avião Super Tucano, da Embraer: Schneider ingressou na Embraer em
meados de 2011, depois de uma carreira de quase 20 anos na Mercedes-Benz
São Paulo - O presidente da Embraer Defesa e Segurança (EDS), Luiz
Aguiar, deixará o comando da companhia em março de 2014, informou a Embraer,
em comunicado. O executivo será substituído pelo atual vice-presidente
de Pessoas, Relações Institucionais e Sustentabilidade da Embraer,
Jackson Schneider.
Aguiar entrou na Embraer como presidente do Conselho de Administração
em abril de 2004, indicado pela Previ. Ele se tornou executivo da
empresa em 2006, passando pelos cargos de vice-presidente de Defesa e
Governo e vice-presidente financeiro de relações com investidores.
Aguiar participou do processo de criação de EDS, em 2011, e preside a
empresa desde então. A renúncia foi motivada por razões pessoais e ele
já prepara a sua saída há cerca de um ano, disseram fontes próximas à
empresa.
Schneider ingressou na Embraer em meados de 2011, depois de uma
carreira de quase 20 anos na Mercedes-Benz e de ocupar a presidência da
Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea)
entre 2007 e 2010. Ele chega para o comando da empresa com experiência
em negociações com governos, uma habilidade importante na área de
defesa, que tem como principais clientes as forças armadas de diversos
países. A companhia informou, em comunicado, que passará por um período
de transição até o fim de fevereiro.
Além da troca no comando da EDS, a companhia também anunciou que o
mandato do atual vice-presidente do Negócio de Aviação Executiva, Ernest
Joseph Edwards, será encerrado antecipadamente em 31 de dezembro. Ele
será substituído pelo vice-presidente de operações da Embraer Aviação
Executiva, Marco Pellegrini.
Defesa
A divisão de defesa e segurança é a área da Embraer que mais cresce nos
últimos anos. A EDS superou a marca de US$ 1 bilhão de faturamento em
2012, quando registrou um crescimento de 24%. No ano passado, a área
representou 17% da receita total da Embraer, atrás ainda das divisões de
aviação comercial e executiva.
A expectativa da empresa é de que a unidade continue a crescer
expressivamente nos próximos anos. Em março, Aguiar disse em encontro
com a imprensa que a companhia deveria crescer em média 12% ao ano até
2020.
No próximo ano, espera-se que a Força Aérea Brasileira (FAB) assine um
pedido firme pelo primeiro avião militar de carga da Embraer, o KC-390. A
empresa investiu US$ 2 bilhões no desenvolvimento do avião que
competirá com o Hercules, da Lockheed Martin.
O cargueiro militar é uma aposta da empresa para um mercado que,
segundo estimativas da Embraer, deve demandar cerca de 700 aeronaves nos
próximos dez anos em transações que podem somar US$ 50 bilhões.
Colaboração de Roberto Godoy. As informações são do jornal O Estado de
S. Paulo.
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