BRASÍLIA - A
carga tributária brasileira subiu em 2012 e encerrou o ano passado em
35,85% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com cálculo da Receita
Federal divulgado nesta sexta-feira, batendo assim um novo recorde. Em
2011, a carga tributária brasileira (CTB) foi de 35,31% do PIB.
De acordo com a Receita, o PIB totalizou R$ 4,392 trilhões no ano
passado, enquanto os brasileiros pagaram R$ 1,574 trilhão em impostos.
Para o levantamento da CTB a Receita considera os pagamentos
compulsórios (definidos em lei) realizados por pessoas físicas e/ ou
jurídicas, inclusive as de direito público. Não fazem parte da conta
pagamentos que configurem sanção, penalidade ou outros acréscimos
legais.
A carga tributária da União respondeu por 69,05% da arrecadação
total, contra 70,05% em 2011. Os Estados responderam por 25,16% (ante
24,44%) e os municípios por 5,79% (5,52% em 2011). Em 2012 as
desonerações corresponderam a 0,34% do PIB, ou R$ 14,782 bilhões.
Já a carga tributária líquida, que corresponde à CTB bruta descontada
das transferências de assistência, previdência e subsídios, fechou 2012
em 19,82% do PIB, contra 20,17% do PIB em 2011. Tal percentual é o
maior desde 2002, início da série histórica disponibilizada pela
Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda.
A Previdência Social desconta 7,33% do PIB da carga tributária bruta,
sendo o principal fator de desconto, seguido pelo regime de previdência
do servidor público, com 4,3%.
Em valores absolutos, a carga líquida foi de R$ 870,7 bilhões em 2012, contra R$ 835,5 bilhões em 2011.
(Lucas Marchesini | Valor)
Nenhum comentário:
Postar um comentário